Utilizar um DNS personalizado nas versões IPv4 e IPv6 pode trazer diversas melhorias para a sua navegação na internet, como: carregamento de páginas mais rápido, conexão mais estável, valores mais baixos de ping, proteção contra ataques DDoS, entre outros.
Além dos servidores DNS pertencentes às provedoras de internet, existem várias outras opções, gratuitas e pagas, que você pode escolher. Neste conteúdo iremos focar em um dos mais populares, que é o DNS do Google.
O que é o DNS?
DNS é uma sigla que significa “Domain Name System” (em português: “sistema de nomes de domínios”) e é como se fosse uma lista de endereços da internet.
Cada página existente na internet possui o seu próprio número de identificação, o seu endereço de IP. Quando você digita um link na barra de endereços, por debaixo do capô, o DNS “traduz” esse link para o endereço de IP correspondente ao site que você quer acessar.
Se o DNS não existisse, ao invés de “diolinux.com.br” você precisaria digitar uma longa sequência de números para acessar o nosso site.
Um dos fatores que impactam a velocidade de carregamento de uma página é o tempo que o servidor DNS que você utiliza leva para realizar essa “tradução”. Por isso, utilizar um servidor DNS alternativo, como o do Google, pode surtir bons resultados na sua experiência de uso da rede.
Conheça o servidor DNS do Google
O Google possui um servidor de DNS aberto ao público e por contar com toda a infraestrutura da empresa, tem surtido efeitos bons o suficiente para torná-lo um dos servidores DNS mais populares da internet, desde 2009.
Além disso, o serviço de DNS do Google monitora a sua infraestrutura para garantir que as respostas sejam autênticas, minimizando as possibilidades de falsificação de DNS.
Como utilizar o DNS do Google nas principais distribuições Linux
Aprenda a ativar o DNS do Google nas versões IPv4 e IPv6, sem o uso do terminal, nas principais interfaces gráficas do mundo Linux: o GNOME Shell, o XFCE e o KDE Plasma.
Utilize o DNS do Google no GNOME Shell
Acesse a seção “Rede” na janela de configurações do GNOME Shell. Em seguida, localize a sua conexão com a internet e clique no botão com o ícone de engrenagem.
Na janela que se abriu, acesse a aba “IPv4”. Desative o botão de “Automático” e, no campo DNS, cole o texto a seguir e clique em “Aplicar”.
8.8.8.8,8.8.4.4Estes são os endereços de DNS primário e secundário do Google. Sempre utilize um sinal de “,” (vírgula) para separar endereços diferentes.
Na aba “IPv6”, desative o botão “Automático” e no campo DNS, cole o texto abaixo:
2001:4860:4860::8888,2001:4860:4860::8844
Clique em “Aplicar, e pronto! O DNS do Google já está ativado na sua distro Linux.
Em sistemas rodando o XFCE
No XFCE, pesquise pelo termo “rede” no menu de aplicativos e acesse o item “Configuração avançada de rede”. Na janela que se abriu, selecione a sua conexão de rede e clique no botão com o ícone de engrenagem.
Na aba “Configurações IPv4”, selecione o método “Somente endereços (DHCP) automáticos” e no campo “Servidores DNS” cole:
8.8.8.8,8.8.4.4Clique em “Salvar”.
Na aba “Configurações IPv6”, selecione o método “Somente endereços (DHCP) automáticos” e no campo “Servidores DNS” cole:
2001:4860:4860::8888,2001:4860:4860::8844Clique em “Salvar”, e pronto!
Mudando o DNS no KDE Plasma
Abra a janela de configurações do Plasma e na seção “Rede” acesse a aba “Conexões”. Na coluna à direita, selecione a sua conexão de rede e, novamente à direita, acesse a aba “IPv4”.
Em “Método” selecione a opção “Automático (apenas endereços)” e em “Servidores DNS” cole:
8.8.8.8,8.8.4.4Clique em “Aplicar” para confirmar as modificações.
Em seguida, acesse a aba “IPv6”, escolha o método “Automático (apenas endereços)” e cole o DNS do Google no campo “Servidores DNS”.
2001:4860:4860::8888,2001:4860:4860::8844
Pronto! O DNS do Google já está ativado na sua distribuição Linux.
A minha experiência com o DNS do Google
Muitas pessoas encontram vantagens ao utilizar o DNS do Google, porém, atualmente, esse não é o meu caso. Ao testar o serviço em diversos sistemas operacionais, não percebi nenhuma diferença nos parâmetros da minha conexão.
Como os relatos em relação à eficácia do serviço são conflitantes, chegamos à conclusão de que os resultados são variáveis de acordo com cada provedor e conexão. Por isso, a única forma de descobrir se o DNS do Google é uma boa escolha para você é testando.
Outras alternativas para alterar o DNS
É claro que o DNS do Google não é a única opção para substituir o modo automático. Existem diversas empresas que oferecem os seus próprios serviços de DNS, como a Cloudflare e o OpenDNS, que contam com o seu próprio filtro contra malwares.
Outra forma de selecionar um DNS personalizado é utilizando uma ferramenta como o Pi-hole, que roda até mesmo em um Raspberry Pi.
Você já testou o DNS do Google ou algum outro? Qual a sua experiência com este tipo de serviço? Compartilhe conosco, nos comentários abaixo!
Isso é tudo pessoal! 😉
