Notícias

openSUSE Leap passará por grandes mudanças após a versão 15.5

O openSUSE Leap é a versão de longo suporte da distribuição Linux mantida pela empresa multinacional de software open source, baseada na Alemanha, SUSE. Ao lado da versão Leap também existe o openSUSE Tumbleweed, sendo a variação “rolling release” da distro.

Ambas as distros são baseadas no SUSE Linux Enterprise, focado no mundo empresarial.

O atual modelo de desenvolvimento do openSUSE Leap

O openSUSE Leap utiliza o método de manutenção de versão chamado “tick tock”, que vem do SUSE Linux Enterprise. Isso significa que após o lançamento principal são lançadas sub-versões, sendo a primeira com novas funcionalidades e a segunda apenas com correções de bugs.

Também seguindo a sua versão empresarial, durante o seu desenvolvimento, o código-fonte do openSUSE Leap é mantido privado e só após finalizado é liberado para a comunidade.

opensuse leap

A versão 15.5 do openSUSE Leap será a última subversão da “geração 15” do sistema. Após isso, os desenvolvedores irão seguir os mesmos passos da versão “enterprise” e adotar um novo modelo de desenvolvimento que a empresa está chamando de “Adaptable Linux Platform” (Plataforma linux adaptável).

O que é a “Adaptable Linux Platform”

A Adaptable Linux Platform (ALP) é uma iniciativa para tornar o desenvolvimento do SUSE Linux Enterprise mais aberto e, por serem baseados nele, as versões Leap e Tumbleweed seguirão os mesmos passos.

Ao contrário do que tem sido feito pela empresa até então, com a iniciativa ALP, o código-fonte dos sistemas da SUSE estarão abertos para a comunidade desde o início. Desta forma, as pessoas poderão acompanhar o que está acontecendo e contribuir para o desenvolvimento do sistema desde o primeiro dia.

Outra mudança importante que faz parte da ALP diz respeito a forma com que cada “parte” do sistema operacional é desenvolvida. Até então, o openSUSE é criado de uma forma “genérica”, sendo que todo o sistema é apenas um projeto de desenvolvimento. Agora, esse projeto será dividido em duas partes, sendo:

  1. O sistema operacional “base”: que consiste na implementação do Kernel Linux e todos os softwares mais básicos que o compõem;
  2. A camada “superior” do sistema, onde irão rodar as aplicações.

Este segundo módulo do desenvolvimento do openSUSE será desenvolvido com base em contêineres, o que nos leva a entender que o sistema irá adotar uma filosofia semelhante ao Fedora Silverblue.

O que levou a SUSE a realizar essas mudanças?

A versão 15 do openSUSE Leap e das suas contrapartes foi lançada em junho de 2018 e vem sendo mantida com o lançamento de subversões desde então. O “problema” é que, no mundo do desenvolvimento de softwares, tudo evolui muito rapidamente.

Isso faz com que seja difícil adaptar certos componentes do sistema operacional às tecnologias mais recentes, apenas com o lançamento de “patches”. Permitir que a comunidade se envolva mais no processo de desenvolvimento do sistema irá tirar uma grande carga de trabalho da equipe da SUSE e viabilizar o lançamento mais frequente de novas versões.

O ALP é uma prova de que o Silverblue é o futuro?

Além dos claros benefícios de abrir o desenvolvimento para a comunidade mais cedo, uma mudança que nos “salta aos olhos” é a implementação de um sistema de contêineres na “camada superior” do sistema operacional.

Precisamos aguardar o lançamento da primeira versão do openSUSE com o Adaptable Linux Platform para sabermos, exatamente, como o sistema irá funcionar. Porém, as informações que temos até o momento parecem ser um forte indício de que o “modo de funcionamento” baseado em contêineres do Fedora Silverblue é, realmente, o futuro das distribuições Linux.

O quê você pensa sobre o método de desenvolvimento mais aberto, modular e baseado em contêineres do openSUSE? Comente, abaixo, como você acredita que será o futuro do sistema e o futuro das distros Linux, em geral.

Isso é tudo pessoal! 😉

Diolinux Ofertas - Aproveite os melhores descontos em diversos produtos!