O ano de 2025 está trazendo atualizações importantes para o ecossistema Linux, com distros refinando suas experiências e outras prometendo revoluções… que ainda não saíram do forno. Enquanto algumas distribuições lançaram versões incrementais com melhorias bem-vindas, outras continuam sendo um “em breve” eterno, deixando a comunidade ansiosa.
Vamos mergulhar nas novidades, desde o Zorin OS 17.3, que trouxe funcionalidades inteligentes para novos usuários, até o aguardadíssimo Pop!_OS Cosmic, que ainda não mostrou sua cara definitiva. E, claro, não podemos esquecer daquelas distros que vivem no “quase lá”, como o SteamOS, que insiste em não sair para o público geral.
Zorin OS 17.3: facilitando a vida dos migrantes do Windows
O Zorin OS sempre se destacou por ser uma das melhores opções para quem está vindo do Windows, e a versão 17.3 trouxe ajustes que tornam a experiência ainda mais fluida. Uma das novidades mais interessantes é o aprimoramento do recurso que sugere alternativas nativas para aplicativos do Windows.
Outra mudança polêmica foi a troca do Firefox pelo Brave como navegador padrão. A decisão gerou debates, já que o Brave, embora seja uma opção sólida, não é tão universalmente aceito quanto o Chromium (que poderia ter sido uma alternativa mais neutra). Resta saber se a comunidade vai adotar essa mudança ou se muitos usuários voltarão ao Firefox manualmente.
Por fim, o Zorin Connect (um fork do KDE Connect) recebeu melhorias de desempenho e estabilidade, tornando a integração entre dispositivos ainda mais suave.
elementary OS 8.0.1 um pouco melhor
O elementary OS é conhecido por seu design minimalista e foco em experiência do usuário, e a versão 8.0.1 trouxe uma série de polimentos que melhoram a coesão visual.
Um dos destaques foi a correção na loja de aplicativos, que agora respeita melhor os temas claro e escuro. Antes, algumas imagens de pré-visualização não adaptavam corretamente, criando uma experiência inconsistente. Agora, se um desenvolvedor especificar as imagens para diferentes temas, o Elementary OS as exibe corretamente.
Outra adição simples, mas útil, foi a possibilidade de definir preferências de rede diretamente nas configurações, incluindo opções para reduzir o uso de dados em segundo plano. São ajustes pequenos, mas que mostram o cuidado do projeto em refinar a experiência existente em vez de continuar reinventando a roda a cada atualização.
Pop!_OS COSMIC: uma espera sem fim
Se há uma distro que está no centro das expectativas da comunidade, é o novo Pop!_OS com o ambiente COSMIC. Desenvolvido pela System76, o COSMIC promete ser uma reinvenção do desktop Linux, com um gerenciamento de janelas moderno e integração profunda com o ecossistema da empresa.
O problema? Ele ainda não saiu.
Inicialmente, esperava-se que o COSMIC chegasse em 2025 com base no Ubuntu 24.04, mas o ritmo de desenvolvimento sugere que talvez espere até o 26.04 para um lançamento mais estável. Enquanto isso, os usuários ficam naquele limbo entre a curiosidade e o medo de que, quando finalmente sair, não atenda às altas expectativas criadas.
Deepin 25: a aposta Chinesa em IA integrada
O Deepin sempre foi uma distro que chamou atenção pelo visual elegante e pelas escolhas ousadas, e a versão 25 parece estar levando isso adiante com uma forte aposta em inteligência artificial.
A nova versão traz um assistente de IA integrado, seguindo uma tendência similar ao Copilot da Microsoft. A diferença? O Deepin está tentando manter a coisa mais aberta, permitindo o uso sem login obrigatório em serviços chineses (algo que foi um problema em versões anteriores).
Se isso vai ser um diferencial real ou apenas um “enfeite high-tech” ainda está para ser visto, mas é inegável que o Deepin continua sendo uma das distros mais ousadas em termos de inovação de interface. Não que isso seja algo necessariamente bom.
GNOME OS e KDE Linux: mostrando como as coisas “deveriam ser”
Duas iniciativas interessantes (mas ainda em estágio experimental) são o GNOME OS e o KDE Linux (também conhecido como “Project Banana”).
O GNOME OS não é apenas uma distro, mas sim uma visão do time do GNOME sobre como um sistema operacional baseado em suas tecnologias “deveria” funcionar. Com base imutável e foco total na experiência GNOME pura, ele promete ser uma referência para quem quer o projeto em seu estado mais idealizado.
Já o KDE Linux é a tentativa do time do Plasma de criar sua própria distro de referência. Ainda não está claro como ela se diferenciará do KDE Neon, mas a ideia é oferecer uma experiência mais coesa e oficial do que as opções existentes.
SteamOS: o sistema que todo mundo quer, mas quase ninguém tem
E, claro, não podemos falar de lançamentos esperados sem mencionar o SteamOS. A Valve segue protelando uma versão pública do sistema, limitando-o a parcerias com OEMs (como o Legion Go da Lenovo).
O maior obstáculo? Suporte a hardware diversificado. Enquanto o SteamOS roda bem em dispositivos AMD (como o Steam Deck), a compatibilidade com Nvidia ainda é problemática. Até que isso seja resolvido, é improvável que vejamos uma ISO oficial para instalação em qualquer máquina.
Enquanto isso, os fãs continuam esperando… e improvisando com alternativas como o ChimeraOS.
Este conteúdo é um corte do Diocast! Assista ao episódio completo, onde conferimos alguns dos lançamentos mais aguardados para 2025 e quais distros Linux têm potencial para bombar!
