lts vs rolling release
Editorial

As diferenças entre LTS e Rolling Release

Uma das coisas que mais confundem as pessoas que estão testando o Linux no desktop pela primeira vez é a quantidade de termos, até então desconhecidos, que este novo usuário passa a encontrar em vídeos e fóruns internet afora.

Termos como: LTS, rolling release, distro, desktop environment, kernel, entre outros, podem acabar causando uma grande confusão na cabeça de um usuário “comum” que passou a vida inteira utilizando Windows ou MacOS.

Tanto “LTS” quanto “Rolling Release” e “Fixed Release” são formas que os desenvolvedores escolheram para lançar os seus produtos para os consumidores finais. Então por que existem “tantas” formas de lançamento diferentes e quais são as principais diferenças entre elas?

O que é um software LTS?

A sigla “LTS” é uma abreviação para “Long Term Support” (Suporte de Longo Termo). Como o próprio nome já diz, as versões de softwares rotuladas como “LTS” normalmente recebem suporte dos desenvolvedores por vários anos, enquanto as que não possuem essa identificação geralmente são suportadas por apenas um período curto de tempo.

Um dos melhores exemplos que nós temos sobre o assunto é o próprio Ubuntu. O sistema operacional da Canonical tem uma nova versão lançada a cada seis meses, o que significa que este é um sistema “Fixed Release” (de lançamentos fixos). Porém, as versões “LTS” são disponibilizadas apenas de dois em dois anos.

A versão 21.04 do Ubuntu, por exemplo, não é uma LTS e por isso será suportada pela empresa por cerca de 10 meses. O Ubuntu 20.04, por sua vez, é uma “LTS” e por isso será suportado por um período de cinco anos.

Os softwares “LTS” são mais estáveis?

O principal foco das distros e aplicações “LTS” é a estabilidade, por isso na maioria dos casos, após algum tempo, estas passam a receber apenas atualizações relacionadas a segurança e ao bom funcionamento do produto, de forma que muitas novidades podem acabar ficando de fora dos planos dos desenvolvedores para estes softwares.

Todavia, com o passar do tempo tem ficado cada vez mais fácil instalar versões recentes de aplicações em distros LTS de maneira segura. A introdução de tecnologias como os Snaps e os Flatpaks permitem que em apenas poucos passos o usuário possa instalar a última versão de um software, até mesmo em um sistema de cinco anos atrás, sem comprometer a segurança e estabilidade do mesmo.

O que é um sistema operacional “Rolling Release”?

Sistemas “Rolling Release”, por outro lado, são lançados apenas uma vez e a partir daí apenas continuam recebendo atualizações, sem que haja a necessidade do lançamento de novas versões.

Justamente por fazer uso deste método de trabalho, os sistemas operacionais que adotam o formato “Rolling Release” de lançamento acabam recebendo todas as versões mais recentes dos softwares que o compõem.

Utilizar uma distro “Rolling Release” é muito bom para quem gosta de estar sempre testando as novidades mais recentes, porém, essa é uma vantagem que acaba vindo por um preço.

O quão confiável é um sistema “Rolling Release”?

O que faz um software “LTS” ser mais estável é justamente o período de tempo prolongado pelo qual o mesmo é submetido a testes, tanto pelos desenvolvedores como pelos próprios usuários. Isso não acontece na mesma proporção em sistemas “Rolling Release”, já que as atualizações continuam chegando quase todos os dias.

É claro que isso não significa que as distros “Rolling Release” não sejam confiáveis para serem utilizadas para propósitos sérios e duradouros. Apesar de que na teoria estes sistemas sejam menos estáveis do que os “LTS”, muitos usuários relatam que têm utilizado distros “Rolling Release” por anos sem maiores problemas.

Quais distros são “Rolling Release” e quais são “LTS”?

Confira algumas das principais distros que trabalham com um sistema de lançamento fixo e periodicamente disponibilizam versões “LTS”:

Exemplos de distros que são consideradas “Rolling Release”:

Nem pior, nem melhor, muito pelo contrário

O objetivo deste artigo não é dizer que “Rolling Release” é melhor do que “LTS”, ou vice-versa, mas sim explicar as diferenças para que você que está chegando agora no mundo Linux possa ter uma boa noção de qual desses formatos melhor se adequa às suas necessidades.

Caso você seja uma daquelas pessoas que prefere consumir conteúdo audiovisual, confira o vídeo a seguir da época em que o Dio ainda tinha cabelo que é um excelente material complementar para este artigo.

Agora que você já sabe o que significam os termos “LTS”, “Rolling Release” e “Fixed Release”, diga nos comentários abaixo qual destes sistemas é o seu preferido e porquê.

Isso é tudo pessoal! 😉

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