O lançamento do último Fedora foi um tanto conturbado, programado para o dia 17 de outubro, o sistema ficou pronto em 07 de novembro, 21 dias de atraso. No fim das contas, foi uma boa data, um dia após o aniversário de 20 anos desde a primeira versão da distro.
Se o sistema em si não apresentou nenhuma grande novidade, a maioria se refere à adoção do GNOME 45, o que pode ter desencadeado o atraso? O principal motivo para o atraso do Fedora 39, foi a imagem para Raspberry Pi 5. O Raspeberry Pi é um computador com arquitetura ARM, ou seja, construído conforme o modelo SoC, com diversos componentes integrados a um chip. Cada chip ARM pode ter uma combinação diferente, por isso, frequentemente as distros precisam ser criadas visando um modelo específico.
Apesar dos bugs, como os problemas se restringiam à imagem para Raspeberry Pi, cogitaram lançar mesmo assim, com um aviso e a promessa da correção. Mas outros bugs também vieram na hora de montar a imagem principal, para computadores pessoais, pressionando ainda mais os desenvolvedores para adiar.
Este vídeo é um corte do Diocast, assista ao episódio completo onde conversamos sobre as novidades que o Fedora 39 trouxe para os usuários de Linux, após enfrentar alguns problemas no seu lançamento. Ainda comentamos o reconhecimento do GNOME como um projeto de infraestrutura de interesse público pela Sovering Tech Fund, garantindo acesso a um fundo de 1 milhão de Euros. Por fim, falamos sobre o Wayland, um protocolo que define a comunicação entre o servidor gráfico e as aplicações. Ele é uma alternativa ao X11, que é o protocolo mais usado atualmente no Linux. O Wayland promete ser mais seguro, eficiente e moderno que o X11, mas ainda enfrenta alguns desafios para se tornar o padrão no desktop Linux. No entanto, muitos projetos e distros estão trabalhando para melhorar o suporte ao Wayland, e algumas já anunciaram que adotarão ele como padrão.
