Zorin OS 17 traz menos aplicativos e mais personalização

Testamos o pré-lançamento da nova edição do Zorin OS 17 Core, o popular sistema operacional Linux baseado no Ubuntu, com sua interface gráfica toda customizada, bastante característica. Lançado mais de dois anos após a primeira versão da edição 16, será que ele traz novidades relevantes? 

Um sistema conservador

O Zorin OS 17 permanece incrementando seu padrão visual próprio, cheio de opções, mantendo certa coesão. Para deixar tudo isso estável, utiliza como base, versões LTS do Ubuntu. Se o Zorin 16 era criticado por permanecer no Ubuntu 20.04 mesmo após o lançamento do 22.04, em 2024 poderemos começar a ver críticas semelhantes ao Zorin OS 17, após o próximo Ubuntu LTS.

Com lançamento marcado para 20 de dezembro, o sistema terá suporte para atualizações até 2027, seu kernel é o 6.2, enquanto tem como interface, o GNOME 43, uma versão à frente da sua base, consideravelmente mais avançado do que o 3.38 do lançamento anterior. Não são os mais recentes, fazendo do Zorin, um sistema estável, que consegue utilizar todas as extensões antigas, mas incompatível com algumas tecnologias atuais e carente de certos novos recursos do GNOME.

No anúncio oficial com as principais novidades do Zorin OS 17, há a promessa de que com toda a nova base, somada a diversos ajustes, ele está ainda mais rápido, com menos tempo de carregamento, mantendo-se uma boa opção para computadores modestos. O Zorin OS 17 ainda apresenta um novo logotipo, com fontes mais negritadas e sóbrias.

O que o Zorin OS 17 traz de novo?

Uma das novidades mais notáveis, é o aprimoramento da extensão do menu do sistema. Além de encontrar aplicativos instalados, a barra de busca torna-se universal, prometendo procurar por aplicativos na loja, arquivos, compromissos na agenda, contatos, horários em fusos diferentes e tudo que o GNOME Shell consegue fazer ou mostrar. Em nossa experiência, ele consegue fazer contas simples e encontrar arquivos, mas para a maioria das tarefas, apenas sugere um aplicativo instalado ou da loja.

Podemos ajustar o escopo da busca pelas configurações do sistema, ou clicando sobre o menu com o botão direito do mouse e em “Configurações de pesquisa”. O menu ainda conta com uma nova categoria que reúne todos os aplicativos instalados numa lista ordenada alfabeticamente.

Quem está no mundo Linux há algum tempo, deve se lembrar do efeito de transição entre áreas de trabalho “Desktop Cube”, que, inclusive, deve retornar com o KDE Plasma 6. Mas o Zorin se adiantou e introduziu sua própria versão, com um visual moderno e design bem integrado a um número maior de áreas de trabalho.

Este recurso faz parte de uma série de aprimoramentos que o sistema multitarefas recebeu, por padrão, ele organiza as áreas de trabalho numa fila horizontal, exibida pelo gesto de três dedos no touchpad, ou teclando Super. Com um duplo clique em Super, acessamos a lista de aplicativos típica do botão Atividades do GNOME, onde podemos arrastar os aplicativos que queremos abrir em cada área de trabalho.

O atalho Alt+Tab tem como alternativa, um efeito de transição entre os aplicativos denominado Spatial Desktop, com um etilo que combina com o Desktop Cube. Ele ainda introduz a extensão de tiling do Ubuntu 23.10, facilitando a organização rápida de janelas na vertical, horizontal, ocupando ¼ da tela, além de sugestões inteligentes para outros formatos.

O menu de configurações rápidas foi repaginado, ele é bem semelhante ao do GNOME atualmente, por lá podemos ajustar o brilho da tela, o som, ativar o modo escuro, escolher nossas conexões, capturar a tela e mais!

Seguindo a tendência do Ubuntu, deixando o sistema mais minimalista, e ainda, amigável ao ambiente de trabalho após a instalação, o Zorin OS não traz mais certos aplicativos, como jogos, Mapas e o GIMP, mas tudo ainda pode ser baixado pela loja.

Falando nisso, a loja de aplicativos recebeu alguns ajustes, segundo os desenvolvedores, está mais rápida, responsiva, a página principal conta com uma “lista sem fim” para explorar quais aplicativos estão disponíveis. A página com os detalhes de cada aplicativo apresenta capturas de telas maiores e mais campos com informações relacionadas.

Na versão Pro do Zorin OS 17, há dois novos layouts para o sistema, um baseado no Chrome OS, o outro, no visual do GNOME 2, para os mais nostálgicos. Os demais usuários permanecem com as quatro opções de tema de sempre, uma semelhante ao Windows, outra organiza os programas abertos como versões antigas do Windows, temos uma como o GNOME original e, por fim, a Touch.

Como atualizar para o Zorin OS 17

Para quem utiliza o Zorin OS 16, este é um upgrade natural, ainda mais considerando o novo atualizador do sistema, que permite fazer isso com pouco trabalho e pouco risco. Tão logo a versão final estiver disponível, conseguiremos atualizar por lá, mas como podem encontrar mais bugs no início, é recomendável esperar alguns dias para implementar em sua máquina de produção.

Para quem quer conhecer a distro, esta é uma boa oportunidade, pois os recursos do sistema estão consideravelmente pareados com as tecnologias mais modernas. O público alvo do Zorin são pessoas que buscam um sistema estável e sólido, para não se preocupar com isso por algum tempo.

Não é sempre que o Zorin faz uma atualização importante com essa, mas ele não é a única distro focada em estabilidade, com atualizações esporádicas, que ganhou uma nova edição neste ano. Confira as principais novidades do Debian 12!