Atualizamos para o Linux Mint 21.3 e testamos sua nova tecnologia!
Sob o codinome “Virgínia”, o Linux Mint 21.3 baseia-se no Ubuntu 22.04 LTS, trazendo atualizações de segurança e estabilidade até 2027. Como de costume, o Linux Mint não fez uma atualização com grandes mudanças, mas esta edição marca a implantação de tecnologias que podem impactar a comunidade no futuro.
O período entre a versão beta e o lançamento da versão final demorou um pouco mais do que o normal, logo que o sistema ficou pronto, corremos testar. Veja o que encontramos neste lançamento de uma das distros Linux mais populares!
Atualizando para o Linux Mint 21.3
Estamos falando da atualização de uma distro sólida, como tal, possui uma solução robusta para gerenciar atualizações do sistema, basta clicar sobre o ícone de escudo no canto inferior direito para abrir o Gerenciador de Atualizações do Linux Mint. Confira nosso tutorial sobre como atualizar a versão do Linux Mint.
Basicamente, precisa instalar todas as atualizações disponíveis para o sistema, para então clicar em “Atualizar para o Linux Mint 21.3”. Embora a atualização entre versões costume ser segura, pode acontecer algum erro, sendo assim, faça uma cópia de segurança dos seus arquivos pessoais.
Quem utiliza outro sistema operacional, mas quer testar o Linux Mint 21.3, deve baixar a imagem do sistema no site oficial, para então testar numa máquina virtual ou criar uma mídia de instalação, um pendrive com pelo menos 4 GB, para usar diretamente do PC.
O que o Linux Mint 21.3 tem de novo?
Uma das grandes novidades dessa edição do Linux Mint é o retorno do suporte ao Secure Boot, algo que foi perdido na versão 21.2 devido a um bug nas ferramentas de assinatura do Ubuntu. Felizmente, a correção ficou pronta a tempo para este lançamento, agora está fácil de fazer dual boot com Windows.
Por baixo do capô, o Linux Mint 21.3 apresenta o kernel Linux 5.15, Suíte MESA 23.04 e, embora o X.Org seja o servidor gráfico padrão, iniciou-se o suporte ao Wayland, que pode ser acessado de forma experimental, ainda com muitos bugs.
A compatibilização ao Wayland envolve modificar a interface gráfica padrão, o Cinnamon, que também é mantido pela mesma equipe de desenvolvimento. Na versão 6.0, que chegou junto ao último Mint, houve muito trabalho nesse sentido, ainda assim, não há data para o Wayland se tornar o novo padrão para o sistema.
Em nossos testes, conseguimos navegar pela internet, editar imagens e redigir textos normalmente no Linux Mint com Wayland, mas em alguns softwares, a acentuação não foi reconhecida corretamente, um bug que também encontramos no KDE Plasma 6, algo que deve ser corrigido em breve.
Os Spices são mais uma característica interessante do Linux Mint, eles permitem mudar a aparência e o comportamento do sistema facilmente. No Linux Mint 21.3 há melhor compatibilidade com os Spices e uma nova categoria chamada Actions, itens personalizados para o menu do gerenciador de arquivos Nemo. Isso pode facilitar a vida dos usuários, permitindo reduzir tarefas repetitivas, como, converter formatos de arquivos ou copiar arquivos para o armazenamento externo, com poucos cliques no mouse.
Além da melhora no desempenho e correção de bugs, a nova atualização do Linux Mint ganhou pequenos novos recursos, como adicionar atalhos ao menu iniciar, o retorno da escala de elementos na tela em 75%, podemos escolher qual monitor exibirá notificações, e ainda há um novo gesto para zoom em telas sensíveis ao toque e touchpads.
Quais aplicativos foram melhorados com o Linux Mint 21.3?
Com atualizações do sistema, costumamos ver alguma novidade em softwares do ecossistema:
- O Hypnotix, aplicativo para assistir televisão pela internet (IPTV) permite salvar canais como favoritos, criar listas personalizadas, inclusive com vídeos de outras plataformas de streaming e ainda tem um modo que permite assistir numa janela pequena, sobreposta às demais (Picture in Picture);
- O aplicativo de anotações Sticky suporta comandos DBUS, que permitem organizar por termos-chave;
- Na tela de login Slick Greeter, o alinhamento da caixa de texto está configurável;
- O tocador multimídia Pix orienta o vídeo conforme os metadados.
Devo atualizar para o Linux Mint 21.3?
Considerando que todas as edições do Linux Mint série 21 tem suporte a atualizações de segurança até 2027, atualizar entre elas só realmente vale a pena para quem encontrou alguma novidade interessante. Podemos elencar o início da implantação do Wayland como a mudança mais marcante no Linux Mint 21.3, mas no estado atual, não é algo para utilizar no dia a dia.
O Linux Mint 21.3 segue uma distribuição Linux fácil e completa, excelente para iniciantes e usuários experientes. Se você deseja testar o sistema no seu computador, mais uma vez recomendamos a versão mais recente, que, por enquanto, é esta.
Mesmo em computadores mais antigos, o Linux Mint padrão, com interface Cinnamon, costuma funcionar bem, mas se você quer ressuscitar aquele PC bem antigo, pode optar pelas interfaces MATE ou Xfce.
Focado em estabilidade, o kernel padrão do Linux Mint é antigo, não suportando certos componentes mais recentes, se isso for um problema para você, pode optar pela versão Edge, que durante a publicação, continua na edição 21.2.
Conheça outra distro também baseada no Ubuntu LTS, focada em estabilidade e leveza, o Zorin OS 17!