A Microsoft está celebrando 50 anos, e nada melhor do que comemorar com uma dose generosa de inteligência artificial. O Copilot, o assistente de IA da empresa, acaba de ganhar uma série de atualizações que prometem torná-lo mais pessoal, útil e, dependendo do seu gosto, um pouco invasivo.
Vamos explorar o que há de novo nessa evolução do Copilot, desde sua capacidade de lembrar detalhes da sua vida até a habilidade de agir por você na internet. Isso inclui comprar presentes e até analisar suas plantas morrendo no vaso.
Memory: quando sua IA lembra mais que você
A grande novidade é o Memory (Memória), um recurso que permite ao Copilot guardar informações pessoais — como o nome do seu cachorro, seu prato favorito ou até aquele projeto complicado no trabalho. Com o tempo, o assistente aprende seus gostos e preferências, oferecendo respostas mais personalizadas.

Claro, isso ressuscita a eterna questão: será que queremos mesmo que uma IA saiba tudo sobre nós? Como podíamos esperar, a Microsoft garante que o usuário tem controle total sobre o que é armazenado, com opções para desativar a funcionalidade ou apagar dados a qualquer momento. Mas, convenhamos, depois de um tempo, o Copilot pode acabar sabendo mais da sua vida do que sua mãe.
Actions: seu computador trabalhando para você
Quem nunca sonhou em ter um assistente pessoal para resolver tarefas chatas? Com o Actions, o Copilot agora pode agir por você na internet. Quer reservar um jantar? Ele liga para o restaurante. Precisa comprar ingressos para um show? Ele faz a busca e garante os melhores lugares.
A funcionalidade integra-se a sites como Booking.com, Expedia e OpenTable, tornando mais fácil delegar tarefas repetitivas. Resta saber se, no futuro, o Copilot também vai conseguir organizar o board no Trello, ou fazer relatórios.
Copilot Vision: vê e dá pitaco
Agora, o Copilot ganhou olhos. Com o Copilot Vision, a IA pode analisar imagens da câmera do seu celular ou fotos da galeria. Precisa de dicas para decorar a sala? Basta apontar a câmera e pedir sugestões. Suas plantas estão morrendo? Tire uma foto e tenha alguma ideia do que fazer para salvá-las — mas já adianto, é falta ou excesso de água, ou sol.
No Windows, a novidade é ainda mais poderosa: o Copilot pode ler a tela do seu computador, ajudando a organizar arquivos, ajustar configurações e até colaborar em projetos. A funcionalidade ainda está em fase de testes para os Windows Insiders, mas já promete ser útil.

Pages e Podcasts: organização e conteúdo sob demanda
Se você é do tipo que tem mil abas abertas e notas espalhadas por todos os cantos, o Pages pode ser seu salvador. O recurso organiza suas anotações, pesquisas e rascunhos em um único espaço, ajudando desde o primeiro esboço até a versão final.

Já o Podcasts é para quem prefere ouvir em vez de ler. O Copilot agora gera podcasts personalizados com base nos seus interesses, resumindo artigos longos ou comparando opções de viagem. É como ter um narrador particular, só que sem a parte em que ele fica cansado de falar.
Deep Research e Shopping
Precisa de uma pesquisa detalhada para um projeto? O Deep Research promete reduzir horas de trabalho, analisando múltiplas fontes e documentos para entregar respostas completas e bem fundamentadas.
E se o problema for comprar algo sem cair em armadilhas de marketing, o Shopping do Copilot atua como um consultor imparcial, buscando os melhores preços e avisando sobre promoções. Assim, você pode comprar sem culpa — ou pelo menos com a desculpa de que foi a IA que decidiu.
Como será daqui pra frente?
A Microsoft reforça que, apesar de todas essas novidades, o usuário continua no comando. O Copilot aprende com você, mas deverá respeitar seus limites. Enquanto isso, resta esperar para ver até onde essa relação entre humanos e máquinas vai chegar. Será que o Copilot já sabe dos seus segredos mais embaraçosos?
Se quiser testar as novidades, algumas delas já estão disponíveis no Copilot para Windows, iOS e Android. Outras podem ser acessadas via Windows Insider.
E se com todas essas novidades você fica curioso sobre os planos da Microsoft, saiba que a empresa começou a divulgá-los de forma (não tão) clara.