A transição do Windows 10 para Linux pode parecer desafiadora para alguns usuários, especialmente quando o assunto envolve periféricos. Embora na maioria das vezes não haja problemas, alguns dispositivos possuem softwares proprietários ou drivers específicos que podem não ser suportados diretamente no Linux. Para ajudar nesse processo, vamos explorar como preparar seu setup para que seus periféricos funcionem de maneira eficiente no novo sistema.
Faça uma lista dos seus periféricos
Antes de migrar, é importante identificar os periféricos que você usa no dia a dia. Itens como mouses, teclados, headsets, webcams, microfones e caixas de som podem variar bastante em termos de drivers. Faça uma lista detalhada de cada dispositivo, incluindo marca e modelo, para verificar o suporte no Linux. Grandes marcas, como Logitech e Redragon, oferecem produtos que funcionam bem sem necessidade de software adicional, o que pode ser uma vantagem significativa.
Um dos principais desafios no Linux é a falta de softwares proprietários para configurar dispositivos. Muitos periféricos modernos dependem de aplicativos específicos para acessar funções avançadas, como ajustes de RGB ou macros. No entanto, optar por dispositivos que tenham botões físicos para configurações básicas pode economizar tempo e dores de cabeça. Por exemplo:
Mas de toda forma, a maioria dos dispositivos de entrada, como teclados e mouses, mesmos os genéricos, utiliza o protocolo HID (Human Interface Device), amplamente suportado em todas as plataformas. Isso significa que, mesmo que um produto indique suporte apenas para Windows ou macOS, ele provavelmente funcionará no Linux para funções básicas.
Ferramentas alternativas para gerenciamento
No ecossistema Linux, existem ferramentas desenvolvidas pela comunidade para ajudar no gerenciamento de periféricos. Por exemplo:
- Piper: Um software excelente para configurar dispositivos da Logitech, permitindo ajustes de botões, DPI e iluminação;
- OpenRGB: Suporte para personalizar iluminação RGB em dispositivos de diferentes marcas;
- Solaar: Gerenciador para dispositivos Logitech sem fio, como mouses e teclados.
Embora essas ferramentas não substituam completamente os softwares oficiais, elas oferecem soluções práticas para muitos usuários.
Se você possui dispositivos altamente dependentes de softwares proprietários, avalie suas necessidades antes de migrar. Algumas funcionalidades podem ser replicadas com ferramentas alternativas, enquanto outras podem exigir soluções criativas ou ajustes manuais. Em casos extremos, considere substituir o hardware por opções mais amigáveis ao Linux.
Colaborativamente, a comunidade de usuários do Linux do mundo inteiro está construindo um banco de dados com informações sobre compatibilidade de componentes. Vale a pena conferir para saber sobre a compatibilidade e dicas dos usuários.
Conclusão
Uma migração tranquila do Windows 10 para Linux pode demandar planejamento, especialmente em setups com múltiplos periféricos, teclados macro, ou marcas e modelos “exóticos”. Escolher dispositivos que funcionem sem softwares proprietários e explorar as ferramentas da comunidade são passos que ajudam a ter uma experiência tranquila. Lembre-se de que o suporte a periféricos no Linux vem melhorando constantemente, e a comunidade está sempre desenvolvendo novas soluções. Com as escolhas certas, você pode aproveitar o melhor do Linux sem abrir mão da funcionalidade do seu setup.
Mas, de toda forma, você pode primeiro testar o Linux em seu computador para saber o que funciona bem e o que não funciona. Confira alguns métodos para rodar o Linux em seu computador sem comprometer o Windows, nem colocar seus dados em risco!
Este conteúdo é um corte do Diocast. Assista na íntegra o episódio onde conversamos sobre o encerramento do suporte ao Windows 10, que a partir de 2025 terá seu ciclo de vida encerrado pela Microsoft.
