Quando foi anunciada a doação de 1 milhão de euros para o GNOME, pessoas da comunidade ficaram preocupadas com a possibilidade desse dinheiro trazer amarras, obrigações com o doador. Entretanto, a natureza da transação demonstra que não é nada disso, os desenvolvedores continuarão trabalhando no que acreditam.
A equipe do GNOME elaborou e enviou uma proposta ao Sovereign Tech Fund explicando o porquê deveria receber o dinheiro, o que faria com o valor, além de demonstrar a importância social do projeto. Membros do fundo criado pelo governo alemão para promover o desenvolvimento de softwares com código aberto, focando em segurança, resiliência, diversidade tecnológica e as pessoas por trás dos projetos, analisaram o documento e consideraram o GNOME digno de receber o valor, uma verdadeira infraestrutura de interesse público.
Conheça oito pontos-chave dos planos do GNOME para empregar o fundo de 1 milhão de euros:
- Melhorar o estado atual de acessibilidade;
- Projetar e prototipar uma nova stack de acessibilidade;
- Criptografar os diretórios dos usuários;
- Modernizar o armazenamento de segredos;
- Aumentar o alcance e a qualidade do suporte de hardware;
- Garantir a qualidade e experiência do desenvolvedor;
- Expandir e ampliar as APIs do Freedesktop, medida que deve beneficiar outros projetos;
- Consolidar e melhorar os componentes da plataforma.
Pode-se dizer que estes são objetivos abertos, mas devem impulsionar novidades importantes no projeto, apesar de dificilmente algo realmente revolucionário. Considerando o tamanho da equipe do GNOME e os gastos do projeto, certamente o valor é relevante, mas é improvável catalisar um ponto de inflexão no projeto.
Este vídeo é um corte do Diocast, seu podcast sobre Linux e tecnologia. Assista na íntegra ao episódio onde conversamos sobre o futuro do GNOME, do protocolo Wayland, que ganha espaço no mundo Linux, além do atraso e novidades do Fedora 39.