Algo que podemos ter certeza no mundo Linux é que, ao menos em médio prazo, o Wayland será o principal padrão entre distros Linux, substituindo o X11 na maioria dos casos. Ainda assim ele está longe de ser perfeito.
Dentre as vantagens do Wayland sobre o X11, podemos destacar o código-fonte enxuto e atualizado, mais fácil para novos contribuidores, o tempo de resposta entre a ação do usuário e a tela consideravelmente mais rápido, há melhor compatibilidade com novas tecnologias, tanto em hardware como software, mais desempenho, mesmo em computadores antigos, além disso, cada programa é renderizado isoladamente, aumentando a segurança do computador.
Entretanto, nem tudo é perfeito, para certos usos, o X11 continua sendo uma opção melhor, por exemplo, o driver proprietário da NVIDIA segue com compatibilidade incompleta ao Wayland, apresentando diversos bugs, sendo necessário em muitos casos, utilizar os drivers de código aberto, como o Noveau ou o NVK, ainda incapazes de aproveitar todos os recursos da placa de vídeo. Além disso, há relatos de diversos programas que não funcionam bem com o Wayland, como o OBS Studio e, notavelmente, recursos de acessibilidade, como leitores de tela, importantes para pessoas com limitações visuais.
Essas limitações devem ser superadas com o tempo, principalmente com o crescente número de pessoas aderindo o Wayland, impulsionado pelo grande número de projetos importantes que estão migrando, exemplos notáveis são o KDE Plasma 6, o GNOME, Ubuntu e o Fedora, que inclusive, deverá deixar de trazer o XOrg instalado por padrão ainda neste ano.
De toda forma, mesmo utilizando um sistema operacional com Wayland, você pode utilizar programas que dependem do X11, graças à camada de compatibilidade XWayland. Existem relatos de que com a camada de compatibilidade, certos programas chegaram a apresentar melhor desempenho do que rodando nativamente no X11, mas isso pode variar conforme o sistema operacional e hardware.
Outra novidade que o Wayland promete viabilizar, é a compatibilidade completa com HDR, o recurso que aumenta o número de cores que o monitor é capaz de reproduzir e permite controle dinâmico de brilho, que pode variar em cada parte da tela, gerando imagens com maior fidelidade de cor.
O vídeo de hoje é um corte do Diocast! Assista ao episódio na íntegra, onde falamos sobre algumas das grandes novidades no mundo Linux, como os problemas que ocorreram no lançamento do KDE Plasma 6 e por que recomendamos que você não atualize para o KDE 6 antes de ouvir este programa! Falamos também sobre a chegada do Zorin OS 7.1 e muito mais, incluindo novidades que estão por vir com o GNOME 46.
Conte para a gente nos comentários sobre a sua experiência com o Wayland e o que você acha que falta nele para dominar o mundo Linux!
