Quem nunca se viu tentado a usar uma versão pirata de um software que atire o primeiro mouse! A pirataria de softwares sempre foi uma prática comum, marcando, por exemplo, a época do PlayStation 2 e das lan houses, onde a maioria dos jogos era pirata. Com o passar do tempo, a acessibilidade a softwares originais aumentou, e a pirataria parecia estar em declínio. Porém, dados recentes indicam que o Brasil continua entre os cinco países que mais pirateiam softwares no mundo.
Por que a pirataria continua a ser uma prática tão comum? Muitos usuários pirateiam softwares não por malícia, mas por questões econômicas, práticas, ou por não conhecer alternativas. No entanto, há diversos motivos para evitar o uso de softwares piratas, que vão desde problemas legais até questões de segurança.
Prática legada
Para garantir que está utilizando um determinado software que tem como referência, muitas pessoas se submetem a baixar pirataria, sem saber que existem alternativas acessíveis ou até gratuitas que satisfariam sua demanda, tudo regularizado. É intrigante pensar que há computadores com versões novas e antigas do Windows pirateadas para cumprir tarefas facilmente acessíveis por uma distro Linux e algum software open source.
O uso de softwares piratas não só infringe leis de direitos autorais, mas também pode trazer problemas significativos para indivíduos e empresas. No Brasil, as leis sobre pirataria datam de 1998 e preveem multas para quem é pego usando softwares não licenciados, entretanto, elas não compreendem novos modelos, como os softwares por assinatura, implicando em incertezas legais.
Além dos problemas legais, os softwares piratas vêm muitas vezes acompanhados de riscos de segurança. Muitos desses programas são modificados e podem conter malware, como vírus e ransomware, que comprometem a integridade do sistema e a segurança dos dados locais e da sua rede, algo particularmente preocupante para empresas.
Na verdade, empresas que utilizam softwares piratas, sofrem sobretudo de um problema de gestão que só pode ser resolvido com mais conhecimento.
Windows pirata
Hoje em dia conseguimos baixar a versão de demonstração do Windows 10 e do 11 diretamente do site da Microsoft. Essas versões são originais, mas não tem uma licença de uso, você supostamente deveria comprar depois.
Após trinta dias, acaba o seu período de avaliação do Windows, caso leia os termos de uso do serviço, descobrirá que usar o Windows dessa maneira é uma violação do contrato com o usuário da Microsoft. Isso seria uma forma de pirataria tecnicamente, você terá aquela marca d’água no desktop pedindo por ativação e algumas funcionalidades restritas, mas pelo menos continua sendo o Windows original, só que não ativado.
O outro tipo de pirataria é quando você está realmente usando uma versão adulterada do programa, e esse é bem mais problemático do que só usar o Windows desativado.
Se você está aberto a mudanças, considere experimentar sistemas operacionais alternativos, como distribuições Linux. O Linux Mint e o Zorin OS são especialmente amigáveis para quem vem do Windows e oferecem uma gama completa de softwares gratuitos e seguros, como o LibreOffice e o GIMP.
Alternativas honestas e acessíveis
Quem deseja evitar a pirataria dispõe de várias alternativas para obter os softwares necessários sem comprometer a segurança ou a legalidade. Há uma vasta gama de softwares gratuitos e de código aberto disponíveis para diversas finalidades. Por exemplo, o LibreOffice pode substituir o Microsoft Office, o GIMP é uma alternativa ao Photoshop, e o Inkscape pode substituir o Illustrator.
Esses softwares são robustos e mantidos por comunidades ativas, oferecendo suporte e atualizações regulares. É incrível pensar que alguém pirateia o WinRAR quando há disponível o 7 Zip, mais absurdo ainda piratear um antivírus quando o Windows já traz uma alternativa competente, o Windows Defender.
Por outro lado, muitos desenvolvedores oferecem versões gratuitas de seus softwares com funcionalidades básicas ou de avaliação. Aproveitar essas versões pode ser uma excelente forma de testar o software antes de decidir investir na versão completa.
Algumas empresas oferecem descontos significativos ou até versões completas de seus softwares para estudantes e professores. Verifique se a sua instituição de ensino oferece tais benefícios. Além disso:
- Em vez de comprar licenças perpétuas, considere planos de assinatura que podem ser mais acessíveis e ajustáveis às suas necessidades. Muitas vezes, uma assinatura mensal ou anual pode se encaixar melhor no orçamento;
- Ferramentas online e softwares online não necessitam de instalação, o que pode ser uma vantagem em ambientes com restrições. O Google Docs e o Office Online são boas opções gratuitas para tarefas básicas de escritório;
- Visite os sites oficiais dos desenvolvedores para obter informações sobre licenças e versões gratuitas. Participe de fóruns e comunidades online para descobrir alternativas e obter dicas de outros usuários. Um exemplo rico de informações é o fórum Diolinux Plus.
Evitar a pirataria é uma questão de escolher alternativas viáveis e econômicas que atendam às suas necessidades. Em vez de recorrer a softwares piratas, explore opções gratuitas, aproveite descontos e alternativas legítimas. Adotar práticas honestas não só ajuda a manter a legalidade, mas também melhora a segurança do seu sistema e a integridade de seus dados. Por mais que a tentação de usar softwares piratas possa ser grande, os riscos envolvidos e as alternativas disponíveis tornam a escolha por soluções legítimas uma decisão mais sensata e segura.A busca por uma computação livre de pirataria traz muitas pessoas ao Linux. Confira algumas dicas que selecionamos na nossa comunidade para te inspirar a começar uma migração de sistema operacional!