Zorin OS 17, uma boa alternativa ao Windows?

O lançamento do Zorin OS 17 chegou com melhorias interessantes, a interface foi lapidada aperfeiçoando vários elementos que fazem desse sistema uma boa porta de entrada para usuários acostumados ao Windows, com formas simples de usar o computador que não requerem conhecimento técnico, e o melhor, você não precisa pagar nada por ele, a menos que queira. Ainda comparamos o desempenho com a versão anterior do Zorin, para ajudar quem tem dúvida sobre se vale a pena fazer a atualização.

O que o Zorin OS 17 tem de novo?

Um sistema operacional baseado em Linux criado na Irlanda pela empresa Zorin Group, o objetivo do Zorin OS 17 é conquistar espaço em computadores domésticos e empresariais. A versão 17 foi muito esperada, já que fazia mais de dois anos que não tínhamos um novo lançamento do sistema, ela chegou no final de 2023, entrando em 2024 como um das distros Linux mais amigáveis para iniciantes.

Já contamos todas as novidades do Zorin OS 17, vale a pena conferir, basicamente ele tem uma interface gráfica baseada no GNOME 43.9 chamada de Zorin Shell, essa não é a versão mais recente, mesmo assim se mantém atual e otimizada. De fato, o novo Zorin OS parece ainda mais rápido e responsivo no computador.

Um sistema que se adapta ao seu uso

Facilitando a vida de quem está acostumado com outros sistemas operacionais, o Zorin OS tem o Zorin Appearence, um aplicativo exclusivo que permite algumas configurações visuais adicionais. Gratuitamente, temos acesso a 4 layouts de desktop diferentes, uma semelhante ao Windows, outra organiza os programas abertos na barra de tarefas como versões antigas do Windows, temos uma como o GNOME com poucas modificações e, por fim, a Touch, otimizada para telas sensíveis ao toque.
Caso você compre o Zorin OS 17  PRO, ainda tem outros 6 layouts disponíveis, um com visual estilo macOS, um semelhante ao Windows 11, um que lembra o Unity, um que lembra a organização do Windows ainda mais antigo, outro inspirado no Chrome OS e, por fim, parecido com o GNOME 2.

A versão PRO do Zorin OS custa 200 reais, num pagamento único, trazendo, além dos estilos visuais extras, mais aplicativos pré-instalados, mais papéis de parede e claro, ajuda o projeto a continuar se desenvolvendo. Podemos encarar esse valor como uma forma de doação para o Zorin OS, mais do que qualquer outra coisa, já que os recursos básicos da versão Core, já são o suficiente.

Como é uma distro Linux, você pode customizar manualmente o visual para chegar a algo parecido com o oferecido no Premium, mas aqui você paga por praticidade, e apoia o projeto. Se gosta do Zorin e tem condições, vale a pena ajudar.

Retornando ao Zorin Appearence, esse é o aplicativo onde você customiza o visual do sistema, então aqui encontra opções de tema, fontes e ícones no desktop, além disso, temos novidades. Na sessão de efeitos, onde a gente já tinha o divertido “modo gelatina”, que deixa as janelas flexíveis ao arrastar, podemos mudar as áreas de trabalho num cubo 3D, além de uma opção que modifica o comportamento padrão do atalho alt+tab, também apresentando as janelas em efeito 3D. Todos são efeitos muito legais, mas podem ser pesados em computadores mais fracos.

Na sessão interface, agora temos a “Janela em mosaico avançado”, uma função igual ao que o Ubuntu implementou em lançamentos recentes, facilitando o manuseio de janelas no desktop, semelhante aquela ferramenta disponível no Powertoys do Windows.

Uma nova loja de aplicativos

Outra atualização importante da versão 17 do Zorin OS está na sua loja de aplicativos, a GNOME Software, que está na versão 45, essa sim a última disponível. Isso quer dizer que o Zorin seleciona os softwares que quer usar, não se limitando a ficar no que está disponível no repositório do Ubuntu, base do sistema.

A loja é rápida, bonita e eficiente, mais do que isso, suporta snaps e flatpaks ao mesmo tempo, ou seja, tem todo o ecossistema de aplicativos Linux disponível para instalar imediatamente. Ao clicar num aplicativo é fácil perceber qual o formato dele, a loja também permite a automação de atualizações, prático para muitos. O Zorin não vem com nenhum snap instalado, mas vários flatpaks como o Firefox, incluindo temas para os aplicativos ficarem com o visual adequado.

Na página de atualizações, temos um novo painel de configurações rápidas e um novo menu de seleção de dispositivos de som, assim como a não tão nova ferramenta de captura de tela do GNOME, que já não é tão nova assim fora do Zorin.

Como foi o desempenho do sistema em nossos testes?

Para saber se vale a pena trocar o Windows pelo novo Zorin OS, ou atualizar da versão 16 para a 17,  vamos como a distro se saiu em nossos testes. Como utilizamos o mesmo computador de testes, o Zorin 16.2 usava o kernel 5.15, Xorg como servidor gráfico e o Mesa, para os drivers Intel, estava na versão 22.2.6. Já a versão 17 do Zorin está rodando com o kernel 6.2, Wayland e Mesa 23.

Comparando as duas versões no teste de renderização com o Blender, apesar da pequena oscilação, os resultados foram basicamente os mesmos nas 3 cenas.

Na Unigine superposition, tivemos uma melhora bem considerável, de quase 200 pontos, no teste com geekbench tivemos resultados próximos, especialmente em single-core. O teste de navegação Web com o Firefox recebeu uma grande melhoria comparado ao resultado na versão anterior, mas isso pode ter mais a ver com a evolução do próprio Firefox.

Testamos também o Zorin 17 em alguns jogos, porém, não temos muita margem de comparação, já que o CS:GO que sempre utilizamos não existe mais. Também desistimos de usar o Universe Sandbox, pois desde que perdeu a versão nativa para Linux, perdeu muito desempenho em nosso computador de testes, deixando de ser um bom parâmetro de comparação.

Não tem como dizer que a versão 17 do Zorin OS entrega muito mais desempenho do que a última atualização versão 16, fora o resultado da Uningine superposition, o restante teve uma variação tão leve, que pode ser desconsiderada.

Vale a pena migrar para o Zorin OS 17?

Com as novas tecnologias, como Wayland, com um kernel mais recente e atualização no GNOME, você deve ter uma experiência melhor e mais fluida do que com a versão 16. Não há motivos para não atualizar.

O Zorin é um projeto tão bem feito, que não encontramos nada que parecesse quebrado, algo raro, porém existem coisas que certamente poderia ser melhores. São pequenos ajustes, que provavelmente requerem bastante engenharia, mas com certeza, o Zorin, acerta muito mais do que erra

• Zorin Appeareance é uma ferramenta útil, mas ela não deveria ser algo à parte das configurações do sistema, sim no GNOME Settings, na sessão de aparência, desktop, ou algo do tipo. Entretanto deve ser mais fácil manter assim, do que fazer o caminho correto e aplicar patches para o GNOME Settings;
• Assim como o Ubuntu, o Zorin tem um software à parte da loja para gerir atualizações, o que é uma redundância, já que a loja de aplicativos, em tese, teria essa função também, não é algo que estraga o uso, mas poderia ser evitado.

Agora para atualizar para o Zorin 17 ou atualizar da versão Core para a PRO, tem uma ferramenta nova, algo simples, mas necessário para aumentar o conforto dos usuários e dar ainda mais personalidade ao produto.

A estrutura está se formando, com o Zorin para empresas, para escolas, com ferramentas como o Zorin GRID, e agora computadores vendidos com o sistema, dá orgulho ver de onde eles saíram, e até onde chegaram. Ousamos dizer, olhando como Zorin funciona, com tanta modificação, tem realmente alguma vantagem em usar o GNOME por padrão? 
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