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Parrot OS, um sistema Linux versátil para hackers

No mundo Hacker, o sistema operacional que ganhou mais fama, foi o Kali Linux, quase todo fã de tecnologia já ouviu falar dele. A fama é devida, o Kali é realmente uma ótima ferramenta, mas não é o único para este propósito. Hoje vamos conhecer um projeto chamado Parrot OS, que apesar de ter algumas semelhanças com o Kali, também tem uma diferença muito importante, ele quer ser útil para você mesmo quando você não está hackeando.

A vida de um hacker não é só hackear

O Parrot OS é um sistema operacional Linux, baseado no Debian, que procura atender um público bem específico, especialistas em segurança, pessoas que trabalham que computação forense, estudantes de ciência da computação e engenharia, pesquisadores, desenvolvedores de software e, claro, os hackers. Apesar do escopo bem definido, ainda assim são ocupações consideravelmente diferentes, e esse é um dos pontos que destaca um pouco o Parrot OS do Kali Linux.

Ele tem a versão “Security”, que vem com várias ferramentas para pentesting, segurança e outras ferramentas mais específicas, essa é a edição mais parecida com o Kali Linux, mas, ao mesmo tempo, também traz instalados pacotes para uso diário com privacidade.

Os desenvolvedores comentam na documentação que essa decisão foi feita para tornar o Parrot OS um companheiro de trabalho, não uma mera ferramenta que você usa e depois tem que ir para outro computador ou reiniciar a máquina para fazer alguma outra atividade cotidiana.

Para aqueles que querem acesso às ferramentas do Parrot OS, mas não precisam do kit completo, ou vão fazer uso mais esporádico delas, há a versão home. Ela não traz ferramentas de pentesting pré-instaladas, você pode instalar o que quiser usando a linha de comando ou o synaptic.

A versão home ainda vem com várias ferramentas de privacidade e anonimato, como o TOR e o Anonsurf, assim como algumas ferramentas mais tradicionais, como o GIMP, VLC, VSCodium e o LibreOffice, o que faz com que seja perfeitamente possível usar o Parrot OS para as suas atividades diárias, assim como seria possível usar o Debian.

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O Parrot OS ainda tem outras versões, como a usada no Hack the Box, uma versão para WSL do Windows, uma versão Cloud, outra para Raspberry Pi, e uma versão chamada Architect, onde você pode escolher o que quer instalar, incluindo a interface gráfica.

Por padrão, tanto a versão Home, quanto a security, usam o MATE como interface, mas bastante customizado com temas diferentes para dar um estilo um pouco mais moderno. O MATE vem com o visual padrão, com duas barras, uma em cima e outra em baixo, mas o Parrot OS decidiu usar dois menus com estilos diferentes que dão acesso as mesmas aplicações, um em lista e cascata na parte superior, oriundo ainda dos tempos de GNOME 2, outro um pouco mais moderno, com campo de busca, que fica na parte inferior esquerda. Como em qualquer sistema Linux, você pode customizar a interface manualmente.

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Assim como o próprio Debian no qual é baseado, você pode instalar suporte a flatpak, snap e o Wine no Parrot OS, sem problemas, a documentação indica isso com bastante clareza. 

Público alvo bem definido

Apesar de ser um pouco mais flexível quanto ao uso, os desenvolvedores são bem claros também sobre “para quem” o Parrot OS foi pensado. O sistema foi criado para ser familiar para especialistas em segurança e para estudantes, ao mesmo tempo que ele pode parecer mais “cru” e técnico aos olhos de quem está acostumado com sistemas voltados para o usuário doméstico ou de propósito mais geral.

Sem dúvida, a versão mais única do Parrot OS é a Security, não que a home não tenha o seu apelo, mas existem vários ótimos sistemas para usar no computador de forma mais tradicional. A versão Security não apenas traz muitas ferramentas voltadas para pentesting, estudos forenses, privacidade e rede, ela também tem algumas modificações no próprio funcionamento do sistema.

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O Parrot OS Security desabilita todos os serviços de rede pré-instalados no sistema, isso tem a consequência de menor uso de RAM, mas também evita que serviços sejam expostos numa rede que está sendo testada, porém, pode ser um inconveniente ter que iniciar esses serviços manualmente em alguns casos.

Ele também tem perfis customizados para o AppArmor e usa tecnologias de outras distros populares por segurança, privacidade e hardening, como o Tails Linux e o Whonix.

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Essas alterações oferecem um nível de segurança superior, mas acabam tendo efeitos colaterais, por exemplo, não é possível entrar como usuário root diretamente da tela de login, como no Kali, ainda que dê para escalar privilégios via terminal.

Existem ainda algumas mudanças bem sensíveis para quem trabalha com computação forense. O melhor exemplo é uma política global no recurso de montagem automática de unidades de disco, modificado para não fazer alterações em unidades sem a interversão direta do usuário, mantendo ainda a funcionalidade de plug & play, assim você não compromete evidências numa investigação, e ainda tem a facilidade de montar as unidades sem precisar recorrer ao terminal.

É praticamente impossível dizer que o Parrot OS é melhor que o Kali Linux, tem muito a ver com o seu gosto pessoal e como você prefere que as coisas sejam feitas, um aditivo que pode contar muito para o Parrot OS é essa ideia de poder ser usada para trabalho não hacker, ainda que nesse caso, a concorrência seja bem maior.

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