Se você é um técnico em redes ou um administrador de TI de uma empresa, provavelmente já se deparou com o momento de escolher o sistema operacional que será executado nos servidores de algum projeto.
Infelizmente, esta nem sempre é uma decisão muito simples, pois muitas coisas devem ser consideradas para esta escolha, como o tempo do sistema no mercado, forma de funcionamento, pacotes disponíveis, frequência de atualização, garantia de suporte e compatibilidade com softwares de mercado.
No artigo de hoje, vamos falar do AlmaLinux, uma distribuição para servidores que pode ser a próxima escolha do setor de TI de sua empresa ou daquela máquina parada na sua casa que poderia virar um servidor.
Continuando o legado do CentOS
O CentOS sempre foi uma das distribuições queridinhas para o uso em servidores, por ser gratuito e estável, além do fato de estar sobre o guarda-chuva da Red Hat, que trazia aindamais confiança para os profissionais de TI.
Porém, após as mudanças que a Red Hat trouxe para este projeto, matando a versão estável e oferecendo apenas sua versão “Stream” que funciona como um midstream entre o Fedora e o RHEL, diversos profissionais resolveram abandonar este sistema operacional.
Visando carregar o legado do antigo CentOS e atender aos profissionais que ficaram órfãos deste poderoso sistema para servidores, alguns desenvolvedores criaram o AlmaLinux, uma distribuição comunitária que vai te fazer esquecer do CentOS.
Ela vem crescendo bastante entre a comunidade de usuários Linux, sendo utilizada em várias empresas que precisavam de migrar o CentOS e sua imagem docker oficial já alcançou a marca de 1 milhão de downloads que convenhamos, é bastante para um projeto relativamente novo.
Elevate your soul…
Embora o sistema operacional AlmaLinux seja incrível por si só, a organização do projeto também está trabalhando em soluções que para auxiliar os profissionais de TI a migrar o legado CentOS para outra base sem perda de dados.
Pensando nisso, eles criaram o ELevate Project, uma iniciativa de código aberto que auxiliará os usuários na migração de distribuições baseadas ou derivadas do RHEL.
Atualmente, é possível migrar do CentOS 7 ou 8 para:
- AlmaLinux OS 8;
- CentOS Stream;
- Oracle Linux 8;
- Rocky Linux 8.
Talvez você esteja se perguntando o motivo da ferramenta do projeto AlmaLinux dar suporte a instalação de outras distribuições? Segundo a equipe, ela espera que esse projeto seja algo que todos possam usar e contribuir, não importando o sistema operacional que você prefira, afinal, esta é a maneira open source de trabalhar.
Um projeto com apoiadores de peso
Recentemente, a fabricante de chips de computador AMD ingressou na lista de apoiadores da AlmaLinux OS Foundation para auxiliar que este sistema gratuito fique cada vez mais popular no mundo corporativo.
Como o projeto vem sendo amplamente utilizado por provedores de nuvem, servidores dedicados e ambientes anteriormente dominados pelo CentOS, não é uma surpresa ver a empresa por trás dos processadores EPYC que estão dominando vários data centers apoiando este sistema que é o futuro do mundo corporativo.
Além da AMD, vale dizer que diversas corporações estão auxiliando este projeto a sobreviver, como a Amazon, Microsoft, Mattermost, cPanel, ARM, Cloud Linux e várias outras.

Utilizando tudo que o AlmaLinux tem a oferecer
Sem dúvida nenhuma, o AlmaLinux está no caminho certo para se tornar o sucessor do CentOS, oferecendo um ambiente atualizado e estável para seus usuários, além de trazer diversos recursos que auxiliarão o seu trabalho.
Com uma versão focada em alto desempenho, um script para migração do CentOS 8 (caso você não queira utilizar o ELevate), perfis OpenSCAP adicionais para aumentar sua proteção e atualizações pontuais com melhorias e recursos, o AlmaLinux quer garantir um espaço em seu servidor.
Caso queira, você pode realizar o download do AlmaLinux gratuitamente em seu site oficial e quem sabe após alguns testes, ele não possa se tornar a solução perfeita para sua infraestrutura?
Já conhecia o AlmaLinux? O que acha deste projeto? Deixe sua opinião nos comentários e até o próximo artigo!