Uma nova distro que deve ter seu primeiro lançamento neste ano, é a Serpent OS, ela é totalmente independente, ou seja, não utiliza nenhuma outra como base, sendo construída com tecnologias recentes, como o Rust, linguagem utilizada para construir pacotes importantes do sistema, assim como o gerenciador de pacotes Boulder.
O desenvolvimento do Serpent OS está sendo liderado por Ikey Doherty, o criador do Solus OS, inclusive, as duas distros passarão a compartilhar a mesma base. Embora o Solus OS seja a casa original do Budgie, não foi divulgado nenhum plano de incluir o ambiente gráfico ao Serpent OS.
Na verdade, até então, o Serpent OS tem sido apresentado com a interface GNOME, com informações sobre a inclusão de pacotes e tecnologias do GNOME ao gestor Boulder. Os desenvolvedores divulgaram, inclusive, que já incluíram ao sistema, a GNOME Software e o suporte ao Flatpak ao Serpent OS.
Uma novidade interessante compartilhada por Ikey Doherty, é que ele se aproximou da equipe da System 76 que está desenvolvendo a nova interface COSMIC, que também utiliza a linguagem Rust. Com isso, vem acompanhando o desenvolvimento da interface de perto para oferecê-la no Serpent OS.
Ainda não há uma data definida para o lançamento do Serpent OS, segundo o cronograma divulgado, a primeira pré-Alpha deve começar a ser distribuída para os patrocinadores do projeto até o final de abril.
A ISO do sistema está sendo construída com uma ferramenta desenvolvida internamente, chamada MOSS, também feita em Rust. Segundo os desenvolvedores, eles já conseguem gerar uma ISO em 20 segundos e instalar o GNOME desktop inteiro quase instantaneamente utilizando a MOSS.
Atualmente, os desenvolvedores do Serpent OS estão focados em habilitar componentes de baixo nível que aumentam a compatibilidade de aplicativos, como um gerenciador de redes e a integração Vulkan + mesa. Eles consideram importante fazer isso antes de adicionar uma grande quantidade de pacotes ao Boulder.
Ademais, estão expandindo o suporte nativo a mais hardwares, estão adicionando um certificado SSL compatível com o Fedora e trabalham num gerenciador de boot para MOSS, tudo isso enquanto criam uma documentação para ajudar os usuários a aproveitarem todo o potencial do sistema.
Segundo o site do Serpent OS, o objetivo é criar uma distro que:
- Tenha controle sobre o computador;
- Obtenha o máximo do hardware;
- Ofereça uma experiência confiável;
- Tenha um desenvolvimento rápido e eficiente;
- Seja parte de uma comunidade envolvida.
Mal podemos esperar para saber como será esta nova distro Linux! O Solus OS, por exemplo, embora tenha uma proposta bacana, tem passado por altos e baixos, esperamos que a base compartilhada ajude a manter os projetos num crescimento estável.
