Um dos formatos de aplicativos que mais ganharam notoriedade recentemente no mundo Linux é o Flatpak. Ele mantém os programas isolados num pacote com todas as dependências necessárias para funcionar, evitando recorrer à biblioteca do sistema.
O repositório oficial do Flatpak, o Flathub, é um dos importantes responsáveis pela popularização do formato. Ele tem um estilo de loja de aplicativos moderna, similar, por exemplo, à App Store ou ao Google Play, com um bom sistema de pesquisa, uma página inicial que valoriza os programas que oferece, além de informações bem completas para cada aplicativo, com uma curadoria considerada por muitos, eficiente.
Mas não é só o Flathub que faz do Flatpak especial, a abordagem do formato é considerada mais segura e estável do que, por exemplo, o DEB, onde a biblioteca do sistema é utilizada e pode ser alterada. Além disso, no DEB, a falta de algum arquivo no sistema somada a algum erro no gerenciador de pacotes pode ocasionar no não funcionamento de alguma aplicação, demandando um conhecimento mais aprofundado, ou tempo de pesquisa do usuário para resolver o problema.
Entretanto, uma das críticas ao Flatpak é que o formato ocupa muito espaço de armazenamento. Por exemplo, um DEB baixa apenas as dependências que faltam para o aplicativo funcionar, enquanto o Flatpak pode repetir as mesmas dependências para cada programa. Este problema não é tão grande em computadores com bastante espaço, mas pode ser uma bola de neve, pois o formato vai acumulando uma série de arquivos conforme os programas atualizam, dependendo da gestão do usuário para removê-los.
Apesar de todas as facilidades proporcionadas pelo Flatpak, sua gestão não é tão intuitiva para quem não sabe utilizar o terminal, tanto que criamos um material para te ajudar a gerir seus Flatpaks. Mas agora, com a atualização do Flatpak 1.15.7, que teve seu pré-lançamento em 27 de março, a gestão de armazenamento começa a melhorar.
Uma das principais novidades do Flatpak 1.15.7 é a deleção automática de drivers e outras referências em versões obsoletas. Dessa maneira, quando o aplicativo é atualizado para utilizar novas versões, as antigas são removidas. Isso pode ajudar a liberar um espaço considerável, dependendo do que você tem instalado e de quanto tempo não faz a limpeza.
Além disso, o Flatpak 1.15.7 adiciona o argumento “–socket=inherit-wayland-socket” para o socket Wayland, para garantir que serviços D-Bus sejam reconhecidos. Outras correções relacionadas ao D-Bus e Wayland foram feitas evitando o vazamento de memória e melhorando a segurança do sistema.
O suporte ao Autotools foi completamente removido no Flatpak 1.15.7, agora ele utiliza apenas o sistema de compilação Meson, que tem trabalhado bem com o Flatpak, assim como em outros projetos open source.
Cada distro receberá a atualização para o Flatpak 1.15.7 conforme seu próprio cronograma, fique de olho no seu gestor de atualizações!
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