O lançamento do CentOS Stream 10 “Coughlan” é um passo importante no desenvolvimento do ecossistema Linux empresarial. Desenvolvido pela equipe da Red Hat Enterprise Linux (RHEL), essa distribuição chegou servindo como a base para as versões menores do RHEL e está repleta de novidades, atualizações e mudanças, moldando o futuro do Linux corporativo.
Novas exigências
O CentOS Stream é conhecido por definir o caminho do RHEL, funcionando como uma espécie de “prévia contínua” das futuras atualizações e versões da plataforma. Com um ciclo de vida de aproximadamente cinco anos, o CentOS Stream 10 será mantido até 2030, alinhado ao suporte completo do RHEL 10.
Essa nova versão vem com suporte para diversas arquiteturas, incluindo AMD/Intel 64-bit (x86_64_v3), ARM 64-bit (ARMv8.0-A), IBM Power (POWER9) e IBM Z (z14). Vale ressaltar que a build para AMD/Intel agora exige CPUs com suporte à microarquitetura v3, visando otimizações mais avançadas. Processadores Intel contam com a microarquitetura v3 a partir da geração Haswell, lançada em 2013, enquanto a AMD começou a implementar em 2015, com os processadores Excavator.
Para saber se seu processador é compatível com o Cent OS 10, a Red Hat recomenda utilizar o comando:
ld.so --help
Principais Destaques
Entre as melhorias e mudanças introduzidas no CentOS Stream 10, destacam-se:
Kernel e Componentes Atualizados:
- Kernel Linux 6.12 LTS;
- Novas versões de linguagens e ferramentas, como Python 3.12, GCC 14, Rust 1.82, Ruby 3.3, e Node.js 22;
- Atualizações em servidores web e bancos de dados: nginx 1.26, Apache 2.4.62, MySQL 8.4, e PostgreSQL 16.
Interface Gráfica Modernizada:
- O GNOME 47 é a interface padrão;
- O suporte ao XOrg Server foi removido, sendo substituído pelo Wayland como padrão, com Xwayland como camada de compatibilidade para aplicativos legados.
Gerenciamento de Pacotes: agora conta com o uso do DNF 4.20 e RPM 4.19, com a transição para pacotes RPM não modulares, abandonando o sistema de modularidade.
Mudanças nos Aplicativos: remoção de aplicativos gráficos tradicionais, como Firefox e LibreOffice, em favor do modelo Flatpak, incentivando o uso do Flathub.
Além disso, o Redis foi substituído pelo Valkey (v7.2), um fork otimizado e livre.
Repositórios e ciclo de vida
O CentOS Stream 10 está distribuído por meio dos repositórios BaseOS e AppStream, que fornecem funcionalidades e aplicativos de espaço de usuário, respectivamente. Um terceiro repositório, CRB, é voltado para casos de desenvolvimento, mas vem desabilitado por padrão.
É importante notar que o CentOS Stream 10 atualmente não é compatível com o SecureBoot, sendo necessário desabilitá-lo para instalar o sistema. Ainda assim, essa versão representa uma grande evolução no ecossistema Linux empresarial, alinhando-se com as tendências modernas e preparando o terreno para o futuro RHEL 10.
Para quem quiser testar, o CentOS Stream 10 já está disponível para download em imagens instaláveis no site oficial, oferecendo uma plataforma robusta para desenvolvedores, empresas e entusiastas do Linux.Fique por dentro das principais notícias da semana sobre tecnologia e Linux, assine nossa newsletter!