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Editorial

A minha experiência com o navegador Opera

O navegador Opera é um dos mais populares da atualidade, junto com outros grandes nomes como Google Chrome, Microsoft Edge, Mozilla Firefox, Brave e Vivaldi, é mais um dos grandes navegadores multiplataforma do mercado.

Este artigo é um relato da minha experiência com o navegador Opera e não uma tentativa de quantificar a qualidade do software. Cada pessoa tem as suas próprias preferências e necessidades e cabe a cada um decidir se uma aplicação é ou não boa para si.

Os diferenciais do navegador Opera

Em um mercado com tanta competitividade, quem quiser se destacar, terá que oferecer diferenciais bons o suficiente para atrair as pessoas para si e evitar que escolham um dos outros navegadores. 

Para isso, o Opera apostou em oferecer recursos gratuitos como: VPN, o seu próprio bloqueador de anúncios, suporte a extensões do Chrome e uma barra lateral com integração com as principais redes sociais da atualidade, como o Instagram, o WhatsApp e o Facebook.

Além de todos esses “mimos” que o navegador Opera oferece aos seus usuários, o navegador é baseado no projeto Chromium, base de outros navegadores como o Google Chrome, o Microsoft Edge e o Brave. Essa base sólida proporciona ao software uma navegação rápida e compatibilidade com as tecnologias mais modernas utilizadas nos websites atuais.

A minha experiência com navegadores antes do Opera

O número de aplicações que utilizei como ferramenta padrão de navegação na internet ao longo dos anos é pequena. Comecei a utilizar a internet na segunda metade dos anos 2000, inicialmente utilizando o clássico, porém mal falado, Internet Explorer.

Pouco tempo depois migrei para o Mozilla Firefox, onde permaneci por muitos anos. Apenas em 2016 migrei para o Google Chrome, que é o meu navegador padrão até agora.

Ao longo destes anos, utilizei outros navegadores apenas em momentos pontuais. Porém, nunca havia realizado um teste aprofundado em nenhum deles. Até que, recentemente, decidi testar o navegador Opera como o meu único navegador por uma semana e contar para vocês como foi a minha experiência.

Métodos de download e instalação

A primeira experiência que qualquer pessoa tem com um navegador, neste caso o Opera, é a de baixar e instalar o software. 

O navegador Opera não está disponível nos repositórios oficiais do Fedora Workstation, que era a distro que eu estava utilizando no momento dos testes. Por isso, recorri ao site oficial do software.

Na página de downloads, descobri que o mesmo encontra-se disponível para Linux através de dois formatos. Snap e “.rpm”. Todavia, variações importantes do software como o Opera GX e o Opera Mini não estão disponíveis para o “sistema do Pinguim”. Por isso, escolhi a versão padrão do navegador.

download navegador opera

Testei ambos os instaladores, tanto em Snap quanto em “.rpm”, as instalações ocorreram conforme o esperado, sendo que a versão em snap pode ser instalada com apenas um comando e o instalador em “.rpm” pode ser utilizado via interface gráfica, clicando duas vezes sobre o mesmo e depois em “Instalar”.

Posso dizer que não foi, nem um pouco, difícil instalar o navegador Opera no Linux e considerando que o formato Snap pode ser instalado na grande maioria das distros, não possuo críticas em relação aos métodos de instalação disponíveis.

Sincronização com outros navegadores e com a nuvem

Ao migrar de um navegador para o outro, é importante que a nova escolha possua algum método para importar favoritos, histórico e outros dados que você possui no navegador que você está deixando.

navegador opera

O Opera não me ofereceu a opção de importar favoritos diretamente dos outros navegadores instalados na minha máquina. Sendo necessário exportar, manualmente, um arquivo de configurações em HTML do outro navegador e importá-lo para o Opera.

Certamente, a falta dessa funcionalidade não é um fator decisivo, mas seria legal se o navegador oferecesse esse conforto para os novos usuários.

Visual e possibilidades de personalização

Além de possuir a sua própria loja de extensões, o navegador Opera é compatível com os “addons” disponíveis na “Chrome Web Store”, incluindo a sessão de temas.

Isso faz com que seja possível utilizar um número muito grande de extensões e temas, criados para o Google Chrome. Além disso, o visual padrão do navegador possui temas claros e escuros, é moderno e deve agradar a maioria das pessoas.

A única coisa que pode deixar a desejar para usuários de distros Linux, é que os botões de fechar, restaurar e minimizar a janela do Opera não se adequam a interface que você está utilizando. Mesmo em distros que utilizam o GNOME Shell, que tem apenas o botão de fechar, na janela do navegador Opera serão exibidos os três botões seguindo o design do Windows.

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As funcionalidades “exclusivas” do Opera

O navegador Opera possui algumas funcionalidades exclusivas, que são o principal atrativo do navegador. Entre elas, a VPN gratuita e a barra lateral integrada às redes sociais.

Os recursos e o desempenho da VPN do navegador Opera

O serviço de VPN do Opera oferece apenas 3 localidades para você escolher, sendo elas: europa, américas e ásia. Não é possível escolher países específicos. 

Realizei testes para tentar acessar conteúdos dos serviços de streaming que não estão disponíveis no Brasil, porém, não obtive sucesso. Os conteúdos continuam aparecendo como “não disponíveis na sua região” mesmo com a VPN ativada.

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A velocidade também é bastante reduzida. Para carregar a página do blog Diolinux pela primeira vez, por exemplo, foram necessários cerca de 12 segundos. Enquanto com a VPN desativada o tempo de carregamento não chega a 2 segundos.

A barra lateral do Opera foi útil para mim?

Esse é um tema bastante subjetivo, afinal, cada pessoa utiliza o navegador de uma forma. No meu caso, a única utilidade da barra lateral do navegador Opera foi ocupar espaço em tela.

Hoje em dia, raramente utilizo redes sociais pelo computador e, as poucas que utilizo, como o Discord, prefiro fazê-lo através das aplicações nativas para o próprio sistema operacional.

Isso não significa que a barra lateral do Opera seja inútil, para outros usuários, pode ser uma “mão na roda”. Outras funcionalidades atreladas a ela, como o gerenciamento de “áreas de trabalho” no navegador, podem ser bastante úteis para determinados perfis de usuários.

Uma funcionalidade bastante útil

Um recurso do navegador Opera que eu gostei bastante é a janela de “arquivos baixados recentemente” que aparece ao fazer upload de uma imagem, ou vídeo. Essa janela mostra os arquivos que você baixou recentemente, para que você possa “subí-los” em outro lugar com, apenas, um clique.

downloaded images opera

Essa funcionalidade me ajudou bastante a economizar tempo quando precisei realizar o upload de imagens ou vídeos para, por exemplo, criar um post para o blog Diolinux. Já que não precisei abrir a janela do gerenciador de arquivos para procurar e selecionar cada imagem.

Apesar de serem apenas poucos segundos economizados, quando somados, podem fazer uma diferença considerável.

Compatibilidade e carregamento de páginas e vídeos

Talvez por ser mais um dos navegadores baseado no Chromium, a velocidade de carregamento das páginas e dos vídeos é excelente. Em nenhum momento me deparei com uma página que não pode ser carregada pela incompatibilidade do navegador com alguma tecnologia.

Porém, o mesmo não pode ser dito a respeito dos vídeos.

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Na imagem acima, a “lives” do YouTube e os conteúdos de outros serviços de streaming, simplesmente não funcionam no navegador Opera. Percebi o problema, inicialmente, na versão em Snap do navegador. Porém, o mesmo se repetiu na versão instalada através do pacote “.rpm”.

A pior parte é que o navegador não apresenta algo como um link para uma página com a solução do problema, ou algo do tipo. Deixando o usuário, totalmente, por conta própria para identificar, encontrar e aplicar uma possível solução.

A origem do problema

Após alguns minutos de pesquisa, consegui encontrar um paliativo que consegue fazer o navegador reproduzir todos os vídeos, porém, está longe de poder ser chamado de “solução”.

Segundo informações encontradas (em inglês) no fórum oficial do Opera, tal comportamento acontece porque, por razões legais, o Opera para Linux não pode ser distribuído com um codec chamado “ffmpeg”, o responsável por viabilizar a reprodução de alguns tipos de vídeo através do navegador.

Sabendo disso, a primeira coisa que eu tentei fazer foi instalar o pacote “ffmpeg” que está disponível nos repositórios do Fedora, porém, de nada adiantou.

A solução encontrada

Ao continuar lendo os posts deste fórum, finalmente, cheguei a solução: para os vídeos funcionarem normalmente, é necessário baixar a versão correta do “ffmpeg” para a específica do Opera que você está utilizando, depois, colar o arquivo baixado na pasta correta para que o navegador possa reconhecê-lo.

Além disso, pode ser necessário repetir este procedimento cada vez que o navegador Opera for atualizado.

Apesar deste problema existir por razões legais e não técnicas, o fato é que, na minha experiência, jamais os presenciei em outros navegadores como o Google Chrome e o Mozilla Firefox. Sendo assim, este é um grande “contra” para o navegador Opera.

Outros problemas que tive com o Opera

Utilizar apenas o Opera por uma semana também me trouxe algumas outras “dores de cabeça”, além do que já mencionei.

O primeiro problema que tive foi com a extensão do gerenciador de senhas BitWarden, muito importante no meu dia a dia. Após tê-la instalado na versão em “.rpm” do navegador, o mesmo parava de funcionar toda vez que eu clicava sobre a extensão. O problema não se repetiu na versão em Snap do Opera.

Além disso, em ambas as versões, a janela nunca abria maximizada. Sendo necessário que eu a maximizasse manualmente, toda vez que iniciava o navegador.

O navegador Opera respeita a minha privacidade?

Durante o pouco tempo que passei utilizando o Opera, não tive nenhum problema em relação à privacidade. Porém, é notável o número de pessoas que possuem ressalvas em relação a este aspecto do navegador.

Um indício deste fato pode ser observado na página de comentários do nosso post sobre o Opera GX, onde várias pessoas expressam a sua preocupação em relação ao Opera e à empresa que o mantém.

Eu jamais presenciei ou percebi qualquer problema em relação a minha privacidade ao utilizar o Opera, mas como muitas pessoas estão falando a mesma coisa, eu prefiro tomar muito cuidado.

Vou continuar utilizando o Opera?

Após ter testado o navegador Opera por uma semana, posso afirmar que as velocidades de navegação e downloads são excelentes, o software possui algumas funcionalidades que são bastante interessantes para mim. Porém, a maioria desses pontos positivos eu também encontro em outros navegadores, como o Google Chrome, então não chegam a ser um grande diferencial.

Os “contras” em relação ao uso do Opera, como o problema do “ffmpeg”, o colocam em grande desvantagem, já que os seus principais concorrentes não “sofrem” do mesmo mal. Portanto, não pretendo voltar a utilizar o Opera tão cedo.

Você utiliza ou já testou o navegador Opera? Como foi a sua experiência com ele? Conte-nos, nos comentários abaixo.

Isso é tudo pessoal! 😉

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