Vanilla OS 2 Alpha – saiba como está ficando a distro que roda qualquer programa! 

Testamos o Vanilla OS 2 Alpha, para mostrar como está ficando essa distro que visa rodar aplicativos de vários repositórios nativamente, com tudo isolado em contêineres, apresentando o GNOME puro como interface. Para o segundo lançamento, os desenvolvedores estão mudando completamente a base do sistema, de Ubuntu para Debian. 

Quais as novidades do Vanilla OS 2 Orchid?

Esta edição que testamos está em pleno desenvolvimento, não retratando exatamente o que podemos esperar do lançamento final. Nosso objetivo é apenas conferir a evolução do sistema, como está se saindo na viabilização do projeto, não uma análise detalhada de cada recurso.

Dentre os softwares em desenvolvimento ou adaptação para o Vanilla OS, temos:

• APX, gerenciador de pacotes, capaz de interagir com os contêineres;
• ABRoot, utilitário que provê a imutabilidade e atomicidade do sistema;
• Vanillla Installer, o instalador original desenvolvido pelo projeto;
• First Setup, aplicativo de boas-vindas e configuração inicial do usuário.

Ao todo, são mais de 80 repositórios que cobrem partes críticas da instalação e manutenção do Vanilla OS 2 Orchid, incluindo ferramentas para gerenciar sistemas com gráficos híbridos e GPUs Nvidia.

O ABRoot, alternativa ao OSTree, similar a ferramentas utilizadas em grandes servidores, garante um sistema estável e seguro, ao ligar o computador, podemos escolher entre duas imagens, A e B, cada uma criada em momentos diferentes, uma espécie de restauração rápida, mantendo sempre ao menos uma imagem funcional.

Algo importante para o Vanilla OS, é o papel dos contêineres como forma de isolar aplicações e processos entre si e do sistema operacional. Com isso, podemos rodar diferentes versões de programas ou bibliotecas, sem se preocupar com conflitos ou dependências.

No Vanilla OS 2 Orchid, encontramos imagens de diversos outros sistemas Linux, como Ubuntu, Alpine, Fedora, Crystal e OpenSUSE, incluindo consoles para interagir. Outro recurso prometido, é a integração com o Waydroid, projeto que permite rodar aplicativos Android no Linux, usando Wayland, ainda indisponível.

Deixando o sistema de segurança ainda mais robusto, o Vanilla OS adotou o LUKS, que criptografa o sistema de arquivos, impedindo o acesso sem a senha.

O que encontramos no Vanilla OS 2 Alpha?

Tanto na máquina virtual, quanto no computador de testes, a instalação foi fácil e rápida. A inicialização do sistema também não apresentou demora, mesmo após trocar a imagem do sistema pelo ABRoot.

Porém, na máquina virtual, encontramos um bug que faz a instalação congelar após terminar todos o pacotes do sistema, tivemos que reiniciar para continuar com a instalação, problema já conhecido pelos desenvolvedores.

Em ambos os testes, notamos que a consistência entre os roots A e B, não foi mantida após alternar, os aplicativos instalados não foram exibidos corretamente no menu do sistema, uma possível solução poderia ser separar a partição /home, assim como fazem outros sistemas com base imutável.

Outro problema foi no aplicativo de terminal, o GNOME Console não abria na máquina virtual, sendo bloqueado por um script. Não sabemos o que exatamente causou o problema, mas conseguimos contornar utilizando outro aplicativo da loja, empacotado em Flatpak, formato que funciona perfeitamente no Vanilla OS 2 Alpha.

Além disso, não conseguimos testar o console gráfico para interagir com os contêineres, pois ele ainda não estava disponível, mas é algo que deve ser liberado em breve, afinal, é uma das principais novidades.

Para testar o Vanilla OS 2 Orchid, você precisa estar conectado a uma conta do GitHub. O projeto recomenda montar o pendrive bootável com o Balena Etcher, em nossos testes, esse foi realmente o único software que funcionou corretamente. Em máquinas virtuais, não deve apresentar problemas.

Gosta da proposta do Vanilla OS? Confira os testes que fizemos com a primeira versão do sistema, ainda baseada no Ubuntu.