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O que tem de novo no KDE Plasma 6? Testamos as principais novidades!

KDE Plasma é um dos mais importantes ambientes de desktop com código aberto, várias distros Linux dão suporte para ele, incluindo o Steam OS da Valve, sistema que roda no Steam Deck. Apresentamos as principais novidades da sua mais recente grande atualização, o KDE Plasma 6.

O primeiro lançamento estável do KDE Plasma 6 chegou no dia 28 de fevereiro. Em nossos testes, usamos o KDE Neon na versão Dev, já com o Plasma 6.1, o que nos permite ver até um pouco do que vem por aí.

As novidades do KDE Plasma 6

Um dos méritos deste lançamento, é que essa mudança de versão trouxe a oportunidade de repensar alguns padrões do KDE Plasma. Já tivemos uma boa primeira impressão no KDE Plasma 6, com o novo papel de parede, super colorido, chamativo, e claro, o painel flutuante na parte inferior, um recurso que já existia, mas agora é o padrão. 

É interessante ver como um simples ajuste na barra de tarefas já deixa o sistema com um aspecto mais moderno. Tudo tem cantos arredondados, os menus e pop-ups sobre o painel, como o calendário e o volume, também tem um espaço, reforçando a ideia dos componentes flutuarem.

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Ao abrir um aplicativo e colocar ele em tela cheia, a barra preenche os espaço na parte inferior e fica opaca, a gente pode trocar a cor do sistema, para o modo escuro e ver como fica, um design muito agradável para o sistema operacional.

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Acessando as configurações do painel, vemos um redesenho nessa sessão também, que agora deixa mais inteligível as configurações de aparência e funcionalidade, permitindo mudar o painel de lado, mudar o alinhamento dos widgets, alterar o tamanho da barra, e também, desligar o modo flutuante do painel, restaurando a aparência antiga do Plasma.

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Ao abrir o Discover, a loja de aplicativos do Plasma, vemos mais alguns ajustes, deixando os itens com uma separação mais clara, principalmente a sessão Home, Instalados, Atualizações, Configurações e Sobre, agora ficam na parte superior da coluna esquerda, antes ela ficava na parte de baixo, realmente não fazia sentido o botão de Home ficar no fim da tela.

Caso você integre flatpaks e snaps na loja, a página principal vai mostrar alguns aplicativos em destaque, com base em metadados desses repositórios, customizando um pouco a aparência do software e aumentando o dinamismo dele ao mostrar aplicações diferentes.

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No Dolphin, uma novidade simples, mas bem-vinda, foi a mudança do comportamento padrão para o clique do mouse, antes ele abria as pastas direto, agora é necessário dois cliques, se na sua distro já era assim, é porque ela já trocava isso por você.

O aplicativo de configurações do Plasma recebeu a reorganização de alguns itens na barra lateral esquerda Alguns deles podem fazer especial sentido para os gamers, especialmente devido ao Steam Deck. Mas não para por aí, outra coisa que fazia muito tempo que era requisitada, era a integração da sessão de papéis de parede no painel de controle.

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Infelizmente, ao clicar com o botão direito na área de trabalho para trocar o wallpaper, a sessão que se abre é diferente daquela que está no painel de controle, mas é um passo na direção correta para unificar as configurações.

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Pela sessão sobre, podemos ver que o Wayland é a plataforma gráfica do novo Plasma, esse ciclo de desenvolvimento gastou bastante tempo para compatibilizar o Plasma de uma forma mais completa com essa nova tecnologia, o que deve melhorar a vida dos usuários em vários sentidos. Desde o suporte para escala fracionada um pouco mais funcional, até suporte inicial para HDR.

O novo sistema de alt+tab para alternar entre aplicativos chegou, ele não é nada novo, na verdade, não poderia ser mais tradicional, mas por vezes, voltar ao simples e funcional não é uma má ideia. Esse recurso também já existia no Plasma em versões anteriores, ele só não era o padrão. Como as demais, essa novidade pode ser revertida para funcionar como antes.

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Uma nova sessão com visual remodelado que temos no ambiente, é a sessão de “Night Light”, feita para poupar um pouco os seus olhos, especialmente em ambientes mais escuros. Mais um recurso que já existia, mas foi remodelado. A sessão Accent Color também recebeu algumas melhorias, você pode selecionar uma cor específica e pre-visualizar como as janelas se parecerão, ou deixar o próprio Plasma selecionar a cor, baseado no papel de parede que você está usando.

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A sessão para você configurar os aplicativos padrão do sistema e a associação de arquivos também foi alterada, agora com uma divisão mais clara e uma gama mais ampla de tipos de aplicativos para selecionar. Outra mudança, foi o tema de som do Plasma 6, chamado de Ocean.

Por fim, mencionaremos mais algumas novidades menores:

  • Com um simples clique, podemos permitir aumentar o volume em até 150%, o que ajuda em alguns casos específicos, e isso foi feito com um design simples e eficiente;
  • Ao clicar em desligar, o Plasma não mostra mais todas as opções de energia possíveis, e foca especificamente na ação que você deseja fazer;
  • O KDE Connect agora mostra menos ícones para funções diferentes numa pesquisa no menu, e o ícone não é mais simbólico.

Ainda há o que melhorar!

No geral, as aplicações estão mais coerentes entre si, ainda assim, o KDE Plasma poderia mostrar melhor o que ele tem, do que ele é capaz, muitas qualidades permanecem escondidas. Um exemplo é o Krunner, é uma ferramenta que funciona como o Spotlight do macOS, com suas próprias vantagens e desvantagens, mas olhando para a área de trabalho, fica difícil saber que ele existe.

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Sabia que o KDE Plasma tem áreas de trabalho virtuais, igual ao Windows? Eu não te culparia se você não conseguisse encontrar, mesmo elas existindo desde o início dos anos 2000, décadas antes do Windows ter a funcionalidade, pressione a Tecla do Windows+W para ver o que acontece.

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O próprio conceito de atividades, tão interessante e tão único do Plasma, é mais um recurso que nunca vai ser achado. Porque o Plasma não consegue guiar o usuário para descobrir a ferramenta.

Claro, certas coisas estão no “Welcome Center”, mas se o usuário perder a leitura disso, nunca mais ele encontra, e pior ainda, é achar que o usuário vai ler um livro, mesmo que pequeno, antes de começar a usar o sistema.

Onde posso utilizar o KDE Plasma 6?

O KDE Plasma 6 deve chegar em breve para todas as distros Rolling Release, como Arch Linux, openSUSE Tumbleed, semelhantes e derivados. No mundo Ubuntu, o Kubuntu 24.04 LTS de abril parece que não vai trazer o Plasma 6 ainda, por ser uma versão LTS, vai ficar com o 5.27, assim como o Debian estável vai continuar nas versões mais antigas do Plasma, pelo menos por enquanto.

Para os que gostam da base Ubuntu e querem usar o novo Plasma, o KDE Neon já está disponível, e muito provavelmente o Tuxedo OS também. O novo Fedora 40 deve ter uma versão com o novo Plasma também, e é possível que a versão 39 receba a atualização ao longo do tempo da mesma forma.

Apesar disso, pode ser uma boa esperar um pouco para atualizar se for possível, especialmente na sua máquina de trabalho. No nosso fórum alguns usuários relataram bugs com o upgrade para o KDE Plasma 6, especialmente no KDE Neon.

É normal que bugs não detectados na fase Beta apareçam quando o ambiente vai para o público, com muito mais pessoas e muitos hardwares diferentes fazendo uso. Pouco menos de um mês depois do lançamento oficial, alguns dos principais problemas já foram corrigidos e as coisas ficaram bem mais estáveis.

Falando em Tuxedo OS, confira nossa avaliação do sistema operacional com proposta similar ao Pop!_OS, mas utilizando a interface KDE Plasma!

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