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O Linux é acessível para pessoas com deficiência?

Um dos motores da tecnologia é a superação de dificuldades, da roda ao computador, tudo foi criado para suprir algo que nosso corpo não consegue fazer. O ser humano não apenas sente a necessidade agir em seu próprio interesse, mas também para ajudar outras pessoas, esta forma de pensar contribui muito para o desenvolvimento de softwares colaborativos de código aberto, como o Linux e os sistemas operacionais baseados nele. Ainda assim, podemos considerar que o Linux é acessível para pessoas com deficiência?

Esta pergunta pode ser respondida com um “depende”. Convenhamos que a informática como um todo, tem excelentes recursos de acessibilidade, ao mesmo tempo que, dependendo da deficiência, ainda pode ser muito restrito, por características intrínsecas da tecnologia. Por padrão, utilizar um computador depende de mouse, teclado e uma tela, não conseguir utilizar alguns desses itens começa a trazer certas dificuldades. 

Ainda assim, comparado ao Windows e ao macOS, o ambiente Linux possui menos recursos de acessibilidade, dependendo principalmente do interesse de desenvolvedores com deficiência. Para quem tem a visão comprometida, ambientes gráficos, como o GNOME e o KDE, possuem recursos de ajuste de imagem e são compatíveis com leitores de tela e outras ferramentas que podem facilitar o uso do computador.

Um pinguim e uma gaivota

Notavelmente, o Wayland ainda possui pouca compatibilidade com softwares relacionados à acessibilidade. Pessoas com deficiência podem optar por distros tradicionais, como o Ubuntu, configuradas para atender suas necessidades, ainda assim, existem distros que já vem prontas para este propósito. Vamos conhecer algumas:

  • Accessible Coconut: baseada no Ubuntu MATE, a distro inclui leitores de tela que suportam sintetizadores de voz e braile, leitor de tela para o terminal, lupa, leitor de ebook e mais, sendo uma boa opção para quem não sabe quais ferramentas de acessibilidade buscar e gostaria de uma distro que já venha com boas opções;
  • Vojtux: uma distro baseada no Fedora, mantida por um desenvolvedor com deficiência visual, já vem com o leitor de tela Orca habilitado desde o login, a acessibilidade do Qt também está habilitada, além de um repositório customizado com mais sintetizadores de voz e outras aplicações relacionadas. Mas tem um porém, a mídia de instalação precisa ser construída pelo próprio usuário, demandando conhecimento técnico;
  • Trisquel: outra distro baseada no Ubuntu MATE, com o leitor de tela Orca habilitado por padrão, assim como outras ferramentas de acessibilidade. Ela tem um propósito mais genérico, atendendo bem todo tipo de usuário doméstico, utilizando apenas pacotes livres;
  • Ubuntu MATE: como vimos, o Ubuntu MATE é a base para outras distros preparadas para a acessibilidade, ele mesmo já vem com bons recursos pré-instalados e habilitados, como o leitor de tela Orca.

Quais distros ou aplicações você considera importantes para tornar o Linux acessível a todos? Conte para a gente nos comentários e interaja com a comunidade do fórum Diolinux Plus!

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