COSMIC superará GNOME e KDE? TI depois dos 50 anos e Android “fechado”
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Hoje, mergulhamos em questões que vão desde o futuro do COSMIC como possível rival do GNOME e KDE até os desafios do mercado de TI para profissionais acima dos 50 anos. Sem esquecer, é claro, da polêmica recente sobre o Android e suas mudanças no desenvolvimento. Vamos lá?
Qual distro Linux usar para programar?

A pergunta do Jeiel trouxe um tema clássico: qual distribuição Linux é a melhor para desenvolvimento? A resposta curta é o também clássico: depende.
Existem distros mais populares entre desenvolvedores, como Ubuntu e Arch Linux, cada uma com suas vantagens. O Ubuntu, por exemplo, é amplamente usado em servidores, o que pode facilitar o deploy de aplicações. Já o Arch atrai quem prefere um sistema mais minimalista e personalizável, com o AUR um repositório comunitário repleto de opções.
Mas será que a escolha da distro ainda importa tanto assim? Com ferramentas como Docker e Distrobox, é possível rodar praticamente qualquer ambiente de desenvolvimento independentemente da distribuição base. Ou seja, a distro acaba sendo mais uma questão de preferência pessoal do que uma limitação técnica.
Claro, se você optar por algo menos comum, como o openSUSE, pode enfrentar desafios como disponibilidade de pacotes ou documentação mais escassa. Mas no fim das contas, o que realmente importa é a produtividade — e não o nome do sistema que está rodando.
Mercado de TI depois dos 50 Anos

O Almir, um membro do canal, levantou uma questão fascinante: será que pessoas que entraram no mercado de trabalho antes da popularização dos computadores têm mais dificuldade com tecnologia?
A resposta não é tão simples. É verdade que quem nasceu nos anos 60 ou 70 não cresceu cercado por smartphones e internet, mas isso não significa incapacidade de aprender. Na verdade, muitos profissionais mais experientes trazem habilidades valiosas, como paciência, organização e resiliência — coisas que, ironicamente, às vezes faltam em gerações mais jovens.
Um exemplo curioso: na era pré-streaming, assistir TV exigia planejamento. Não havia “play” ou “pause”. Se você perdesse um episódio do seu programa favorito, só veria na semana seguinte, e ainda seria outro episódio. Isso criava um senso de disciplina que hoje parece raro.
Já quem cresceu com jogos antigos aprendeu desde cedo que errar faz parte do processo. Não havia saves automáticos — se morresse, voltava ao início. Essa mentalidade pode ser extremamente útil na carreira de TI, onde problemas complexos exigem persistência.
No fim, o interesse por tecnologia não tem idade. Se você está lendo isso, seja aos 20, 50 ou 70 anos, já está provando que nunca é tarde para aprender.
COSMIC: O novo desafio ao GNOME e KDE?

A pergunta do Zenraiuga foi direta: “O COSMIC vai superar GNOME e KDE?”
A resposta honesta? É improvável, mas não impossível.
O COSMIC, ambiente gráfico desenvolvido pela System76 (criadora do Pop!_OS), tem potencial. Ele é moderno, construído em Rust (uma linguagem em alta) e foi projetado com Wayland em mente desde o início. Além disso, mesmo em estágio alpha já está disponível em várias distros, como Fedora, Arch Linux e NixOS, uma vantagem clara, por exemplo, ao falecido Unity do Ubuntu.
Mas superar GNOME e KDE? Isso exigiria uma revolução.
O GNOME e o KDE têm décadas de desenvolvimento, comunidades gigantes e estão profundamente integrados em distribuições mainstream. Para o COSMIC alcançá-los, seria necessário:
- Adoção massiva por distros grandes no papel de interface principal (algo que ainda não aconteceu);
- Um crescimento explosivo do Pop!_OS (o que é difícil, considerando a dominância de Ubuntu e Fedora);
- Vantagens claras sobre os concorrentes (e, por enquanto, ele ainda está em estágio alpha).
Num cenário menos improvável, o COSMIC pode se tornar a terceira opção mais popular, superando XFCE e Cinnamon. Mas passar GNOME e KDE? Só o tempo dirá.
O Android está ficando mais fechado?

Por fim, o InvestFacilShorts trouxe a polêmica: “O Android agora tem o código fechado?”
A resposta é não… pelo menos não totalmente.
O que mudou foi o processo de desenvolvimento. Antes, o Android tinha duas branches:
- Interna (usada pela Google).
- Pública (onde qualquer um podia contribuir).
Agora, a Google decidiu unificar tudo em uma única branch interna, liberando o código-fonte apenas quando uma versão estável for lançada.
O que isso significa?
- Projetos como LineageOS terão que esperar a versão final para fazer seus builds;
- Menos vazamentos durante o desenvolvimento (algo que a Google certamente aprecia);
- Menos contribuições externas diretas, já que o código não estará aberto durante o processo.
Mas o Android continua sendo open-source. A diferença é que, em vez de ser desenvolvido abertamente, o código só será publicado quando pronto.
E aí, vamos discutir mais?
Essas foram apenas algumas das perguntas respondidas no Diolinux Responde deste mês. As demais, os membros podem encontrar em nosso vídeo exclusivo. Se você quer participar desse debate, torne-se um membro do canal! Além de enviar suas dúvidas, você ganha acesso a conteúdos exclusivos, cursos, um grupo secreto no Discord e muito mais.