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WWDC 2020: As novidades que a gente já tinha visto em algum lugar

Todos os anos a Apple realiza a WWDC: uma conferência para desenvolvedores com diversas palestras, conversas e workshops com foco nos sistemas operacionais da maçã. Para dar início à conferência, a gigante de Cupertino realiza uma apresentação exibindo a nova versão dos seus sistemas, com as principais novidades.

Este ano, por conta da pandemia, o evento foi diferente da tradicional apresentação ao vivo. Ao invés disso, houve um vídeo pré-gravado e editado, exibindo diversas partes do novo Apple Park, com direito a efeitos de câmera e tudo o que tinha direito.

Apesar de terem sido apresentadas com diversas novidades interessantes, nenhuma delas é completamente nova no mercado de tecnologia, e neste post iremos fazer algumas comparações com seus principais concorrentes.

Novidades no iOS

O primeiro sistema operacional a ser abordado na apresentação foi o iOS, que atualmente é o carro-chefe da empresa. 

Widgets

A primeira novidade apresentada foi a adição de widgets. Os widgets já são conhecidos pelos usuários de Android há muitos anos, mas a aplicação da Apple se assemelha mais ao falecido Windows Phone.

Apesar das bordas arredondadas, os widgets estão disponíveis em formato quadrado ou retangular, exibindo informações sobre um determinado aplicativo, bem similar ao que os tiles da Microsoft faziam.

A partir do iOS 14 será possível adicionar widgets na tela inicial

Biblioteca de aplicativos

Outra novidade muito aguardada pelos usuários e que existe literalmente desde a primeira versão do Android é uma biblioteca de aplicativos.

Mas é claro que a solução não seria exatamente igual à existente no Android. Agora é possível esconder algumas páginas de aplicativos, e agrupá-los na aba Biblioteca de Aplicativos, separados por categoria. Clicando na caixa de pesquisa na parte superior da página, será possível encontrar uma lista em ordem alfabética de todos os aplicativos.

Depois de 13 anos, o iOS finalmente possui uma biblioteca de aplicativos
Depois de 13 anos, o iOS finalmente possui uma biblioteca de aplicativos

Picture-in-picture

Mais uma novidade que já existia no sistema operacional do Google e chega na versão 14 do iOS é a funcionalidade de picture-in-picture. Agora será possível assistir vídeos no iPhone enquanto navega em outros aplicativos.

Aplicativo padrão

Outra novidade muito aguardada pelos usuários, mas que foi anunciada de maneira bem escondida é a possibilidade de mudar o navegador e o cliente de e-mail padrão. Além do aplicativo Mail receber diversas críticas dos usuários, o ecossistema da maçã conta com uma infinidade de aplicativos desta categoria, a maioria sendo de uma qualidade impecável.

Apesar de ser uma vantagem também poder mudar o navegador padrão, infelizmente por trás dos panos todos eles são apenas uma modificação do Safari. Isso porque, a Apple obriga que todos os navegadores disponíveis em seu sistema operacional mobile utilizem o motor Webkit.

Provavelmente, esta mudança veio para evitar processos de antitrust que estão acontecendo na Europa.

Translate

Um novo aplicativo anunciado foi o Translate, uma alternativa ao já difundido Google Translate. Infelizmente, ele só está disponível inicialmente em 11 idiomas diferentes, contra 109 idiomas no Google Translate. Com o aplicativo da maçã, também será possível conversar com pessoas que falam línguas distintas da sua através de áudio.

iMessage

O aplicativo iMessage finalmente recebeu funcionalidade de respostas, de maneira semelhante ao Slack, além da possibilidade de marcar participantes em uma conversa.

App Clips

Uma ferramenta que promete ser muito poderosa se houver adesão dos desenvolvedores é o novo App Clips. Com ele, será possível baixar apenas partes pequenas de um aplicativo em um momento de necessidade, como na hora de pagar um estacionamento ou pedir um delivery de comida, sem a necessidade de realizar o download do aplicativo completo.

No Android temos uma ferramenta similar chamada Instant Apps, que é utilizada normalmente para testar aplicativos sem precisar baixá-lo completamente. Infelizmente a adesão pelos desenvolvedores não foi muito grande, e por isso são poucos os aplicativos que possuem essa funcionalidade.

App Clips anunciado na WWDC 2020

Novidades do iPadOS

O iPad também receberá os widgets que foram apresentados para o iOS, porém, existem algumas outras novidades muito interessantes (e outras, nem tanto).

Mudanças visuais

Agora alguns aplicativos da Apple para o iPad terão suporte para uma barra lateral, que torna a experiência mais parecida com a de um computador.

Ao receber uma ligação no iPad, ele não ocupará mais a tela inteira com a notificação, aparecendo apenas um pop-up na parte superior com as opções de aceitar ou rejeitar.

O iPadOS também irá receber uma busca universal, assim como o Spotlight que já existe no MacOS há muitos anos. A interface GNOME possui uma busca similar na página de aplicativos e até o Windows recebeu, através do Power Toys, uma ferramenta semelhante.

Scribble

A novidade mais interessante do iPad é a ferramenta Scribble. Utilizando a Apple Pencil, será possível escrever em qualquer caixa de texto, e o sistema transformará automaticamente em texto. Já é possível fazer algo similar no Android, mas de uma maneira mais simples utilizando o teclado Gboard.

Novidades do MacOS

Mudanças visuais

O novo MacOS Big Sur, veio com uma enxurrada de novidades e algumas delas geraram polêmicas dentro da comunidade Linux.

O visual do novo Finder e do navegador Safari tem sido apontado como uma cópia do novo Deepin 20. Veja uma comparação abaixo e tire suas próprias conclusões:

MacOS Big Sur versus Deepin 20
MacOS Big Sur versus Deepin 20: Quem se inspirou em quem?

O MacOS agora possui ainda mais blur, que está presente no menu global, nos widgets e até no novo Safari. Ao utilizar um papel de parede claro, como foi demonstrado na Keynote, o texto fica praticamente ilegível.

Migração para o ARM

A maior novidade da apresentação veio para confirmar alguns rumores: a Apple está transicionando seus dispositivos para o ARM. O planejamento é que esta transição dure dois anos, e para rodar os aplicativos feito para a arquitetura da Intel nos processadores ARM, foi apresentado o Rosetta 2, uma camada de tradução similar ao Wine.

O nome Rosetta faz referência à Pedra de Roseta, um pedaço de granito encontrado em 1799 no Egito e que foi a chave para os historiadores conseguirem entender os hieróglifos.

O próprio Linux deu as caras na keynote, demonstrando que será possível rodá-lo virtualizado no MacOS nos futuros Macs com ARM.

Para exemplificar, foi utilizado o software de virtualização Parallels Desktop rodando uma VM do Debian 10, com interface GNOME. Curiosamente, o Windows não foi listado como compatível com a nova arquitetura.

O que você achou das novidades? Ficou interessado para ver o resultado final, ou também teve a sensação de que já tinha visto algo do tipo antes? Deixe sua opinião nos comentários.

Até a próxima!

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