O Linux é um grande facilitador de processos, permitindo produtos incríveis, como os smartphones que utilizam o Android, sistema operacional do Google com o kernel Linux. No caso do Android, ele não tem exatamente o kernel mantido pelo Linus Torvalds, mas uma versão com algumas adições feitas pelo Google.
A boa notícia é que o Google decidiu aumentar o tempo de suporte a atualizações para o kernel Linux do Android, o ruim é que, na prática, teremos menos tempo de suporte do que estávamos acostumados. Entendamos.
Soma negativa no Linux do Android
No final de 2023, os mantenedores do kernel Linux optaram por cortar o tempo de suporte para seus lançamentos LTS. Até então, ocorria por um período de 6 anos, agora, apenas 2 anos. Após este prazo, pararão de fazer correções de bugs, com um ano adicional para prover eventuais ajustes de segurança.
As duas principais razões para a decisão, foi combater a sobrecarga de trabalho dos desenvolvedores e por poucas pessoas utilizarem versões mais antigas do kernel Linux. A novidade deu a entender que versões do kernel lançadas até então não seriam afetadas, mas parece que o Google não quer ser pego de calça curta com mais uma surpresa para o kernel de seu sistema operacional.
O Google estendeu o tempo de suporte para as versões do kernel utilizadas por seu sistema operacional para 4 anos. Isso significa que após o fim do suporte oficial do kernel, o Google fornecerá mais 2, procurando por bugs e erros que podem afetar seu sistema operacional.

A tabela acima foi compartilhada numa documentação oficial do Android comprovando que, apesar de agora o Google começar a fornecer dois anos de suporte ao kernel, no fim, temos menos tempo de suporte do que antes. Caso não haja nenhuma novidade, dispositivos com Android na versão 15 terão um tempo de vida menor do que com o Android 14, aumentando a necessidade de fazer atualizações do sistema.
Até então, tem sido difícil encontrar dispositivos Android que recebem atualizações tão consistentes quanto, por exemplo, as de iPhones. Por isso, a Qualcomm está investindo em formas de mantê-lo atualizado, ampliando a comunicação com as fabricantes de smartphones.
Isso também reforça a necesidade do projeto do Google em unificar ChromeOS e Android, afinal, são dois sistemas Linux diferentes para o Google trabalhar no suporte ao kernel. Unir os dois poderia significar menos trabalho nesse sentido e a possibilidade de manter dispositivos seguros por mais tempo.
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