O Solus é um sistema robusto, estável, inovador e totalmente independente de outras distribuições, trazendo consigo o gerenciador de pacotes eopkg, além de sua própria interface gráfica, o Budgie Desktop.
Recentemente, Joshua Strobl, um dos líderes do projeto Solus anunciou que pretende abandonar o GTK no desenvolvimento da interface e aplicativos da distribuição.
Menos customização e mais dor de cabeça
Com o lançamento do GTK 4 e algumas mudanças como a libadwaita que não oferece mais suporte a temas de terceiros, muitos projetos vêm tentando se afastar da interface e criar soluções próprias, como, por exemplo, o Pop!_OS com seus planos ambiciosos.
De acordo com Joshua, a implementação do Adwaita como “único” tema e a remoção de APIs para personalização trouxe várias dores de cabeça para desenvolvedores que utilizam o GNOME ou tecnologias da interface em sua distribuição.
GTK 4, um lançamento (não tão) incrível para o Solus
Outro motivo para a migração se deve ao fato do GTK 4 ter proibido a herança direta, que acabou deixando a tarefa de trabalhar com o código de alguns widgets ainda mais difícil.
Segundo Joshua, o GTK 4 não correspondeu às expectativas da equipe que estava esperando por uma série de mudanças no libhandy que traria melhorias de responsividade e, ao que tudo indica, o roadmap do GTK 5 irá apertar ainda mais os parafusos quando o assunto é customização.
Em que o Budgie vai se basear?
Após refletirem um pouco sobre o futuro do projeto, os líderes do Solus decidiram abandonar o uso do GTK e minimizar a presença do GNOME em seu ambiente gráfico.
Embora várias pessoas acreditassem que o Qt seria escolhido, os desenvolvedores da interface não querem escrever código em C++ e ficaram um pouco confusos com a licença comercial da tecnologia.
A equipe do Solus anunciou que irão utilizar o EFL (biblioteca do Enlightment Desktop) como base e que gradualmente irão disponibilizar a mudança para seus usuários. Segundo os desenvolvedores, o Budgie 11 não terá nenhuma dependência do GTK.
Você utiliza o Budgie Desktop? O que acha desta mudança no projeto Solus? Deixe sua opinião nos comentários e até o próximo artigo!