O mundo do Linux e suas particularidades, é comum vermos usuários com dúvidas sobre o que devem ou não fazer e, para a maioria delas, a resposta é “depende”. Antes de se debruçar sobre se vale a pena mudar de uma distro LTS para Rolling Release, saibamos diferenciar essas duas coisas.
Qual a diferença de uma distro LTS para Rolling Release?
LTS é uma sigla para Long-term Support, ou suporte a longo prazo. Isso significa que o lançamento LTS de uma distro receberá suporte de seus criadores por bastante tempo. A distro com lançamentos LTS mais famosa, é o Ubuntu, com uma nova edição do tipo a cada 2 anos.
O Ubuntu LTS continua oferecendo atualizações para usuários comuns por até 5 anos, dessa forma, você pode permanecer todo esse tempo sem formatar o computador, mantendo um sistema funcional e seguro. Entretanto, você não deverá receber versões recentes de componentes, como o kernel e a interface gráfica, algo indesejável por quem possui algum hardware novo, ou quer desfrutar de recursos atuais.
A estabilidade de versões LTS do Ubuntu é a base sólida sobre a qual diversas outras distros são construídas, como o Pop!_OS, o Linux Mint e o Zorin OS, ao utilizar qualquer um deles, de certa forma, você está utilizando um Ubuntu LTS modificado em algum grau.
Por outro lado, distros Rolling Release são praticamente o contrário. Elas não têm um lançamento periódico, basicamente você instala e segue atualizando continuamente todos os componentes, conforme são lançados. Tanto que em português, o termo significa “lançamento contínuo”.
Existem diversas distros Rolling Release, cada uma funciona ao seu modo. O Arch Linux, por exemplo, por padrão é uma das primeiras distros a receber novas versões da maioria dos componentes, mas isso não significa que a adesão a tudo é imediata, tanto que é famosa por demorar um pouco para receber novas versões do GNOME ou do KDE.
Se você quer uma distro Rolling Release que só adere pacotes já um bocado testados pela comunidade, existe o Manjaro, ele é baseado no Arch e espera um pouco pelo feedback do público, acumulando um número de atualizações antes de soltar tudo junto aos usuários.
Agora, para quem busca uma distro que adere indiscriminadamente os últimos pacotes e pode quebrar a qualquer momento, existe o Debian Sid, uma versão do Debian feita para a equipe de testes do sistema, que até pode ser utilizada pelo público geral, mas não é recomendável como seu sistema principal.
Vale a pena fazer a mudança?
Respondendo à pergunta inicial, só depende de você. Certamente isso mudará seu fluxo de trabalho, você lidará com um número muito maior de atualizações e provavelmente precisará mudar de base, sendo obrigado a reaprender certas coisas.
Coloque no papel os benefícios de uma distro LTS e de uma Rolling Release para seu caso de uso e veja se vale a pena o tempo para se acostumar. Se o que você quer é aprender mais sobre Linux, essa é uma ótima mudança, vale muito a pena. Só de instalar o Arch Linux, por exemplo, você já conhece muita coisa nova.
Por outro lado, se você só quer um computador sempre funcionando como de costume, para focar em seu trabalho ou na diversão, sem nem lembrar que o sistema operacional existe, e se não costuma comprar os hardwares mais recentes do mercado, distros LTS são a melhor escolha.
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