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O que é uma distro Linux?

Diferente de quando se fala sobre outros sistemas operacionais, quando o assunto é Linux, não se trata de uma coisa só. Hoje entenderemos o que é uma distro Linux e o motivo pelo qual existem várias delas, enquanto o Windows, por exemplo, é um só.

Uma abordagem diferente para a criação de softwares

O Linux foi criado num contexto totalmente diferente de outros sistemas operacionais populares. Windows e o macOS são essencialmente de código fechado, exceto por alguns pacotes. Sendo assim, o código-fonte deles permanece sob segredo industrial, inacessível ao público geral. O código-fonte é nada menos do que o conteúdo escrito pelos programadores que depois é convertido para linguagem de máquina, resultando no software.

Por outro lado, o Linux é feito e distribuído gratuitamente com o código-fonte completamente aberto, sua licença permite qualquer pessoa ter acesso para estudar, copiar e utilizar como base para criar coisas novas.

A base para criar uma distro Linux

Tendo uma licença tão permissiva, sendo pioneiro em seu propósito e com mil e uma utilidades, o Linux rapidamente ganhou popularidade, com empresas pelo mundo todo adotando e contribuindo para a melhoria o Linux. 

Mas o que é exatamente o Linux?

Convencionou-se chamar Linux de sistema operacional, mas, na prática, ele não pode ser comparado diretamente com outros sistemas operacionais. O Linux é na realidade um kernel, o nome dado à plataforma sobre a qual um sistema operacional é construído. Outros sistemas operacionais têm seu próprio kernel, desenvolvido de forma independente, com suas particularidades.

O kernel é a ponte que faz a comunicação entre o hardware (parte física do computador) e o software (os aplicativos). No caso, o Linux foi construído inspirado em um sistema operacional popular no início dos anos 90, o Unix. O termo Linux é a junção entre o nome de seu criador, Linus, com a palavra Unix.

Criar e manter um kernel é uma tarefa muito complexa e o Linus Pauling merece todo o reconhecimento que tem pelo seu trabalho. Ele não apenas desenvolveu o Linux, como teve papel central na estruturação de modelos eficientes de desenvolvimento de software de maneira decentralizada, com contribuidores independentes pelo mundo. Podemos considerá-lo um dos homens mais influentes no mundo da informática e até mesmo da tecnologia!

Entendendo as distro Linux

Agora já sabemos o necessário para entender o que é uma distro Linux. Tendo o Linux como um kernel de alta qualidade sendo distribuído abertamente, não é necessário reinventar a roda na hora de criar um sistema operacional. Pessoas e empresas que concordam com a licença do Linux podem simplesmente utilizá-lo como uma base sólida e amplamente adotada pela indústria para criar seu novo sistema operacional. A cada um desses sistemas, chamamos distro Linux.

Dessa forma, além de economizar tempo e dinheiro para a criação de um sistema operacional robusto, os desenvolvedores de distro Linux ainda contam com uma grande coleção de aplicativos que podem ser facilmente compatibilizados.

Existem centenas, talvez milhares de distros Linux e devido à licença do kernel do pinguim, o código-fonte delas também precisa ser aberto. Isso gerou a particularidade de existirem distros baseadas em outras distros. Uma forma curiosa e criativa de diferentes pessoas exporem seu próprio ponto de vista sobre o caminho que acreditam que a informática deve seguir.

Por exemplo, uma distro Linux criada bem no início é o Debian, seu desenvolvimento segue até hoje e ele é base para uma das distro Linux mais populares, o Ubuntu. Por sua vez, o Ubuntu é base para tantas outras distros, como o Linux Mint, Pop!_OS e Zorin OS.

Outro caso curioso é a linha de desenvolvimento da Red Hat, uma das empresas mais influentes do mundo Linux. O sistema operacional que mais gera renda à empresa é o RHEL, voltado ao uso empresarial e em servidores. Ele precisa ter uma construção sólida que garanta que estabilidade aos clientes. Para proporcionar isso, a Red Hat tem o Fedora, uma distro Linux popular entre usuários domésticos, que acaba servindo como um laboratório de testes para os desenvolvedores refinarem e decidirem o que passa para a próxima etapa, o Cent OS.

O Cent OS é uma distro quase igual ao RHEL, ele recebe do Fedora os pacotes que passaram por rígidos testes para sofrerem mais etapas de refinamento, num ambiente similar ao produto final antes de chegar no RHEL. Dessa forma, o RHEL puxa o desenvolvimento de outras duas distros, ficando até difícil determinar exatamente quem é base de quem, entrando num loop de “ovo e galinha”.

Gostou de entender um pouco sobre as distro Linux? Aprenda mais com o nosso episódio do Diocast onde expomos ainda mais particularidades sobre a maneira que o universo do Linux funciona!

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