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Como configurar um SSD no Ubuntu? Simples, liga e usa.

Os dispositivos de armazenamento sólido, os SSDs, são o sonho de consumo de muitas pessoas, eles ainda são um pouco caros mas seus valores tendem a cair com o passar do tempo, eles são capazes de fornecer um excelente desempenho para o seu computador e muita gente pode se perguntar, é preciso configurar alguma coisa para usar ele no Ubuntu?

Dicas para usar um SSD no Ubuntu

Objeto de desejo de muitos, os SSDs são às alternativas aos populares HDs mecânicos, populares nos computadores da população. As pessoas gostam da ideia de ter um SSD no computador especialmente por conta da velocidade de transferência de dados do equipamento, isso torna o uso do computador muito mais ágil do que com um hard disk convencional.

O Ubuntu e o TRIM

O TRIM é um recurso que muitas pessoas que usam Linux preocupam-se em ativar para melhorar a vida do SSD, ele é um comando que permite que o sistema operacional informe ao SSD que os blocos de dados outrora ocupados, estão agora livres para serem reutilizados com novos dados. TRIM é escrito assim, em maiúsculas, mas não é um acrônimo. É apenas um comando.

Para os preocupados, segundo o Ask Ubuntu, à partir da versão 14.04.2, a LTS atual, e superiores o TRIM já vem habilitado por padrão, ou seja, é ligar e usar. Se você usa outra distribuição Linux é interessante verificar na documentação do sistema qual a configuração do sistema à este respeito. Para versões mais antigas do Ubuntu, no caso a outra LTS, 12.04 é necessário ativá-lo, mas acredito que poucos usuários domésticos o usem hoje em dia.

Dicas para quem quer usar um SSD no Ubuntu (ou outras distros)

Apesar de ser basicamente “ligar e usar”, ainda podem restar algumas dúvidas para a utilização de um SSD no Linux, pois na hora de instalar um sistema Linux nós temos muitas opções de sistemas de arquivos, partições para criar, configuração de SWAP, etc. Com tudo isso algumas dúvidas podem surgir, então aqui vão algumas sugestões.

Sobre os sistemas de arquivos, basicamente qualquer um dos principais usados nas distros Linux atualmente funcionam corretamente com os SSDs, então você pode escolher de acordo com o seu gosto entre: Btrfs, Ext4, XFS ou JFS.

Existem também sistemas de arquivos especiais que foram desenvolvidos e otimizados para os SSDs, como por exemplo o F2FS, desenvolvido pela Samsung, ele é open source.

tools F2FS

SWAP – A ideia não é explicar sobre a partição de SWAP aqui, se você não conhece muito bem a função dela ou para que ela serve pode ser interessante você ler este artigo aqui, no que tange o seu uso em um SSD não é realmente a melhor opção colocá-la no SSD, uma vez que ela é uma partição que sofre de uma escrita constante.

Apesar dos SSDs terem uma vida útil menor que a de um HD convencional pode acreditar que eles vão durar o suficiente para você mudar de computador “umas 10 vezes”, à menos que aconteça, alguns modelos da Kingston (os quais eu consultei) suportaria a escrita de 40 GB diários por mais de 100 anos, ou seja, você estará bem servido.

Desta forma colocar a SWAP no SSD não é o ideal, mas pode ser feito, se você não quiser usar a SWAP ali é interessante colocar uma área de troca da memória (caso você tenha de sobra) com o zRAM, você pode saber mais disso por aqui.

Particionamento – Uma das grandes vantagens de poder usar um SSD no Linux em comparação com o Windows é a possibilidade da separação das partições de maneira minuciosa.

Se você tem um HD e pretende usar um SSD em conjunto pode ser uma boa ideia particionar o sistema da seguinte forma:

/ no SSD (partição raiz no SSD)

/home no HD (partição do usuário no HD)

Neste modelo você não irá aproveitar a velocidade total do SSD mas além de aumentar a vída útil do dispositivo você ainda não precisará de um SSD muito grande, acredito que com 40 GB na raiz você poderá instalar tudo e mais um pouco, ou seja, com um SSD de 40 GB no Linux utilizando o /home num HD em separado você pode dar um upgrade no desempenho do computador sem gasta tanto, uma vez que você não precisa comprar um SSD com muitos Gigas.

Espero que você tenha esclarecido algumas dúvidas, até a próxima!

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