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Migrei para o Galaxy S25 após 7 anos usando Xiaomi

Sobre a mesa, repousa uma coleção peculiar: todos os smartphones usados nos últimos sete anos. Eles compartilham uma característica inconfundível – cada um deles é um Xiaomi. Mas esse legado chegou ao fim. Agora, nas mãos, está o recém-chegado Samsung Galaxy S25, um topo de linha que marca um retorno à Samsung depois de mais de uma década de ausência.

A transição não foi simples. Há peculiaridades, funcionalidades surpreendentes e algumas frustrações. Por que trocar um Xiaomi funcional por um dispositivo que custa o equivalente a uma moto usada? Será que o investimento valeu a pena? Vamos explorar cada detalhe dessa mudança radical, desde as motivações até as experiências práticas do dia a dia.

Por que abandonei o Xiaomi

Durante anos, os smartphones da Xiaomi foram sinônimo de custo-benefício. Modelos como o Redmi Note 11 Pro+ 5G ofereciam desempenho sólido por uma fração do preço de um topo de linha. Mas, com o tempo, pequenos incômodos começaram a se acumular.

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A MIUI, a interface personalizada da Xiaomi, sempre teve seus caprichos. Anúncios intrusivos, apps pré-instalados que resistiam à desinstalação e atualizações que pareciam mais interessadas em vender serviços do que em melhorar a experiência do usuário foram fatores que gradualmente minaram a minha satisfação. Não era mais um caso de estar satisfeito, mas sim de estar conformado.

Além disso, havia a questão das limitações técnicas. Enquanto o Xiaomi atendia bem às necessidades básicas, recursos mais avançados – como carregamento sem fio, eSIM, câmeras de alta qualidade e integração mais profunda com ecossistemas – simplesmente não estavam disponíveis. E, claro, havia a curiosidade: como seria a experiência com um verdadeiro topo de linha?

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Por que não um iPhone?

Na hora de escolher um substituto, duas opções se destacavam: o iPhone e o Galaxy S25. Ambos representam o que há de melhor em suas respectivas plataformas, mas a decisão acabou recaindo sobre o Samsung.

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O iPhone, sem dúvida, é uma ferramenta poderosa, especialmente para criadores de conteúdo. Suas câmeras são lendárias, e a integração com outros dispositivos Apple é imbatível. No entanto, para uso pessoal, a rigidez do iOS e a falta de customização foram fatores decisivos. Além disso, o preço – já que o modelo equivalente da Apple custaria ainda mais – e a vontade de explorar as novidades do Android pesaram na balança.

O Galaxy S25, por outro lado, oferecia o melhor dos dois mundos: a liberdade do Android com o refinamento da One UI, além de recursos exclusivos como o DeX, que transforma o smartphone em um computador desktop. E, claro, havia a promoção relâmpago que reduziu o preço de R$ 7.000 para a casa dos R$ 4.000, algo mais palatável (embora ainda salgado).

Primeiras impressões

Com um Snapdragon 8 Elite customizado pela Samsung, o Galaxy S25 é uma máquina. Jogos pesados, edição de vídeo e multitarefa intensa são executados sem esforço. Mas, honestamente, isso era o mínimo esperado de um celular nessa faixa de preço.

O que realmente chamou a atenção foi a fluidez da interface. A taxa de atualização adaptável (VRR) faz com que tudo – desde rolagem de páginas até animações – pareça incrivelmente suave. Comparado ao Xiaomi, que limitava a escolha entre 60 Hz ou 120 Hz fixos, a diferença é perceptível.

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Tela: menor, mas mais nítida

A primeira impressão foi estranha: a tela de 6,1 polegadas do S25 pareceu significativamente menor que os 6,67 polegadas do Redmi Note 11 Pro+. No entanto, após alguns dias de uso, a adaptação foi natural. A densidade de pixels mais alta tornou textos e imagens mais nítidos, e o tamanho compacto facilitou o uso com uma só mão.

Para consumo de conteúdo, a qualidade HDR e os pretos profundos do painel AMOLED da Samsung se destacam, embora a diferença não seja tão drástica em comparação ao Xiaomi.

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Bateria: o ponto mais fraco?

Aqui, a surpresa foi menos positiva. Enquanto o Xiaomi carregava 64% em 10 minutos, o Galaxy S25 mal atingia 24% no mesmo tempo. Para quem estava acostumado a recargas ultrarrápidas, foi um notável.

A autonomia, por outro lado, é satisfatória. Um dia e meio de uso moderado é alcançável.

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Recursos exclusivos

DeX: transformando o smartphone em um PC

Um dos maiores diferenciais do Galaxy S25 é o DeX, um modo que permite usar o celular como um computador desktop quando conectado a um monitor. Para quem trabalha remotamente ou precisa de produtividade em movimento, é um recurso valioso.

A experiência não é perfeita – alguns apps ainda não são otimizados – mas a possibilidade de editar documentos, navegar na web e até mesmo programar em um ambiente parecido com o de um PC é impressionante.

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Modo manutenção e anti-roubo

Outro destaque é o modo manutenção, que permite deixar o celular com um técnico sem expor dados pessoais. Após uma experiência traumática com uma assistência técnica insistindo para que o aparelho fosse deixado desbloqueado, essa função se tornou um alívio.

Já o sistema anti-roubo vai além do Find My Device do Google, usando uma rede de dispositivos Samsung para rastrear o aparelho mesmo offline. E se alguém tentar fugir com o celular, a tela se bloqueia automaticamente.

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eSIM e carregamento sem fio

Para viajantes, o suporte a eSIM é um divisor de águas. Nada mais de ficar procurando chips locais ou lidando com cortadores de SIM. E o carregamento sem fio, embora comum em outros dispositivos, foi uma novidade bem-vinda.

O que não funcionou tão bem

Bloatware: menos pior que o Xiaomi, mas ainda presente

O Galaxy S25 vem com vários apps pré-instalados, desde ferramentas da Microsoft até serviços da Samsung. A boa notícia é que a maioria pode ser desinstalada – algo que no Xiaomi exigia truques avançados. A má notícia é que alguns, como a Galaxy Store, permanecem como visitantes indesejados.

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Teclado: troca imediata

O teclado padrão da Samsung deixou a desejar. Previsão de texto menos precisa e botões muito próximos levaram à instalação rápida do Gboard, o mesmo usado no Xiaomi.

IA: curioso, mas dispensável

O Galaxy AI oferece ferramentas interessantes, como edição de fotos assistida e tradução em tempo real. No entanto, para quem não vive de redes sociais, muitas dessas funções acabam ignoradas. A possibilidade de desativar a maioria delas foi um alívio.

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Vale a pena?

Para quem busca o melhor desempenho e recursos premium como DeX e eSIM, o Galaxy S25 é uma escolha sólida. Mas se a prioridade é custo-benefício, um Xiaomi ou mesmo um modelo intermediário da Samsung podem oferecer uma ótima experiência por metade do preço.

Quanto à pergunta – por que trocar? – a resposta está na busca por algo além do “bom o suficiente”. Às vezes, basta se conformar, mas experimentar o que há de melhor pode valer a pena, se isso não for comprometer suas finanças.

Que tal aproveitar que estamos falando sobre se equipar e conferir um smartwatch que pode deixar seu visual tech mais completo? E você ainda acaba conferindo um pouco do desempenho da câmera do Samsung Galaxy S25 em comparação a uma câmera semiprofissional – a captura do relógio foi feita com o smartphone.

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Sobre o autor
Redator, além de estudante de engenharia e computação.
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