Sempre que precisamos digitar textos rápidos, desenvolver aplicações via linha de comando, editar arquivos de configuração em nossa distribuição, precisamos de editores de texto para agilizar nossas tarefas.
Os editores de texto são considerados os softwares mais usados no mundo da informática, e neste post separamos 3 opções para serem utilizadas via terminal, vamos conhecer mais sobre elas.
O editor de textos Vim
O Vim é uma versão mais poderosa do Vi e consome relativamente mais memória. Esta versão é mantida como software livre e acompanha a maioria das distribuições Linux.
Curiosamente também está disponível para variantes de sistemas *NIX, Windows, Amiga, OS/2 e MacOS.
Uma breve história
Vim é um clone do programa editor de textos vi para Unix feito por Bill Joy, ele foi escrito por Bram Moolenaar baseado na fonte para um porte do editor Stevie para o sistema operacional Amiga, seu primeiro lançamento público foi em 2 de novembro de 1991.
Algumas funções do Vim
O editor Vim é modular, possui teclas do teclado e diferentes funções em cada modo de operação.
Este popular editor tem destaque de sintaxe com suporte a mais de 500 linguagens e pode ser configurado para comandos automáticos a serem executados para eventos específicos.
Abaixo vemos às diferenças de operação em cada um dos módulos:
- Modo normal: boa parte dos comandos pode ser digitada, por exemplo: “help x”
- Modo visual: apenas navegação no arquivo, sem a capacidade de editar: “help v_u”
- Modo de inserção: ao pressionar a tecla i, pode-se inserir conteúdo: “help i_,Esc>”
Os principais comandos utilizados no Vim
Estes são os principais comandos deste editor tão popular, acredito ser o suficiente para você já “sair editando” e criando os seus shell script, se for o seu caso.
Principais comandos de inserção
- i – insere conteúdo no local da barra, habilita o modo de inserção;
- o -insere na linha abaixo do cursor;
- O -insere na linha de cima do cursor;
- a -modo de inserção, após o cursor;
- A -modo de inserção, insere no final da linha.
Principais comandos de ação nos arquivos
- :w – salva o arquivo;
- :q – sai do arquivo sem salvar;
- :q! – força a saída sem salvar;
- :wq s- alva e sai do arquivo;
- : x – sai e salva;
- :wq! – força a saída salvando, ! serve para forçar;
- ZZ – sai e salva o arquivo.
Um comando muito utilizado para produtividade no editor de texto Vim é o split. Com ele você pode dividir a tela do editor ao meio e de um lado abrir um script em que está trabalhando e do outro um arquivo de configuração, por exemplo, o que pode facilitar muito o andamento dos seus projetos.
No Github oficial do projeto você pode obter mais informações, inclusive de como contribuir para o projeto.
O editor de textos Nano
Este editor de texto para sistemas Unix-like ou ambientes que utilizam interface de linha de comando que emula o editor de texto Pico, parte do cliente de email Pine. O Nano é licenciado sob o GNU General Public License (GPL).
Um pouco da história do Nano
O editor de texto Nano foi criado em 1999 primeiro com o nome TIP em inglês “This isn’t Pico”, por Chris Allegretta, com a motivação de criar um substituto livre para o Pico, o projeto foi renomeado para Nano em 10 de janeiro de 2000 e em fevereiro 2001 o Nano tornou-se parte do GNU Project.
Em 11 de agosto de 2003, Chris Allegretta oficialmente passou a manutenção do código do seu querido editor para David Lawrence Ramsey, que saiu do projeto em 20 de dezembro de 2007.
Algumas funções do Nano
O Nano trouxe implementações e habilidades que faltam no Pico, entre elas são:
- Coloração de texto;
- Busca e substituição com expressões; regulares;
- Rolagem suave;
- Múltiplos buffers;
- Suporte a mudança das teclas de atalho;
- Re-fazer e desfazer sobre as mudanças na edição.
Comando mais utilizados em manipulação de arquivos:
- Ctrl+S – Salvar arquivo atual;
- Ctrl+O – Gravar arquivo (“Salvar como”);
- Ctrl+R – Insere um arquivo no atual;
- Ctrl+X – Fechar buffer, sair do Nano.
Comandos mais utilizados para edição:
- Ctrl+K – Corta a linha atual;
- Alt+6 – Copia a linha atual;
- Ctrl+U – Cola o conteúdo;
- Alt+T – Corta até o fim do buffer;
- Ctrl+] – Completa a palavra atual;
- Alt+3 – Comentário/remoção de linha/região;
- Alt+U – Desfazer última ação;
- Alt+E – Refazer a última ação desfeita.
No seu site oficial, em inglês, pode-se fazer download do editor, ver toda a documentação, novidades e sua história completa, screenshots oficiais e contactar os desenvolvedores.
Tilde, um editor de linha de comando quase gráfico
Tilde é um dos editores de texto para linha de comando, que fornece uma interface intuitiva para aqueles que estão acostumados com ambientes gráficos como o Gnome, KDE e Windows.
Podemos perceber rapidamente, pois o atalho para copiar a seleção atual é Control-C e Control-V para colar o texto copiado.
Como outro exemplo, o menu Arquivo pode ser acessado pressionando o atalho Alt-F.
O principal público do Tilde são os usuários que trabalham em ambientes gráficos, mas precisam de um editor para um ambiente de linha de comando, como um servidor que está sendo acessado remotamente por SSH.
Você pode editar arquivos facilmente sem a necessidade de memorizar muitos comandos, porém, você perderá em funções mais poderosas, pois o Tilde tende a trabalhar de forma simples.
A breve história do Tilde
Este editor criado e mantido pela holandesa ghalkes, que também mantém outros projetos de código livre, tem uma história recente ao menos observando suas atualizações.
No site oficial do editor, com registro desde 2011, vemos que a última atualização é de 29 de janeiro deste ano e a primeira é de 12 de dezembro de 2019.
Aprendendo a trabalhar com linha de comando e scripts
Se você tem interesse em aprender mais como utilizar estes editores de texto de linha comando, pode ser que se interesse pelo curso “Desvende os segredos do Shell Script”.
Serão 6 aulas, ao vivo, online e gratuitas. Sempre aos sábados, às 20 horas, começando no dia 19 de março.
Mais opções neste mundo dos editores de texto
Neste mundo dos editores de texto em linha de comando existem muitos outros editores que não abordamos aqui, por exemplo, o Emacs e o Neovim, mas fique ligado, pois, teremos mais conteúdo a respeito deste assunto aqui no blog! Para você poder conhecer as opções e escolher o seu editor preferido.
Obrigado pela leitura. Até a próxima!
