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Lançado Ubuntu 17.10 Artful Aardvark, faça o download agora!

A versão mais “diferente” do Ubuntu nos últimos anos acabou de sair. Depois de aproximadamente 6 meses de desenvolvimento, o Ubuntu 17.10 Artful Aarvark está disponível para download gratuito, confira as novidades:

Essa certamente é uma edição marcante do Ubuntu, assim como foi a 11.04 (uma das primeiras que usei), que trouxe o ambiente Unity pela primeira vez para o sistema, a versão 17.10 marca a volta do ambiente GNOME para o Ubuntu.

Se você acompanha o canal e o blog com frequência deve ter visto que cobrimos as principais novidades da versão, se você não viu e vai baixar o sistema pela primeira vez depois de usar por dois anos o Ubuntu 16.04 LTS, amigo…  (ou amiga), você terá uma grande “surpresa”!

A nova aparência

O GNOME Shell é o mesmo que você encontra em outras distros, como Fedora, Manjaro, Debian, etc., no entanto ele tem um visual um pouco diferente por conta da temática e de algumas extensões.

Ubuntu 17.10

Não entenda mal, continua sendo o GNOME Shell, mas ele tem um “feel” de Unity ainda. Isso deve acontecido devido a pesquisas que a Canonical fez com os usuários para que os mesmos se manifestassem quanto a extensões para o GNOME Shell e características que gostariam de ver no novo Ubuntu.

O resultado disso foi um GNOME Shell que tem uma barra translúcida na esquerda da tela (que pode ser mudada para baixo ou para a direita), que lembra um pouco a aparência do Unity, mas com o lançador na parte inferior, ao invés de em cima, como era na antiga interface padrão. Falando ainda desta barra, ela contém contadores e barras de progresso sob os ícones que indicam que alguma tarefa está em andamento, como uma atualização, um download ou uma movimentação de arquivos.

Na parte superior do painel nós temos um adaptação para que sejam exibidos os indicadores na barra superior, o GNOME Shell por padrão os mostrava no canto esquerdo inferior (lugar estranho!), fazendo com a experiência de uso seja, novamente, mais semelhante ao que tínhamos com o Unity.

Os temas “Ambiance” e “Radiance” foram adaptados para o GNOME Shell (que agora está na versão mais recente atualmente, a 3.26). Entretanto, apesar de ter “ficado com cara de Ubuntu”, eu percebi que estes temas não possuem aquela variação escura que o tema Adawaita, padrão do GNOME, possui, o que impede que determinadas aplicações mudem o seu visual. Fora isso, bem, a crítica de muitos anos, o tema precisa ser atualizado. Quer um exemplo que nem precisa de tanto esforço para compreenção?

–  Este é o Ubuntu 17.10 original com o tema GTK “Ambiance” e ícones “Ubuntu Mono Dark”.

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–  Este é o Ubuntu 17.10 com o tema GTK alternativo de cores mais claras, “Radiance” e ícones “Ubuntu Mono Light”.

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E que tal se fosse assim?

Tema Ubuntu

Eu sei, bem melhor, né? Este é o tema “United Darker” em conjunto com o tema de ícones “Diolinux Paper Orange“, que eu modifiquei à partir do tema Paper. Aliás, se você adicionar a extensão ao GNOME Shell que permite que você carregue temas para o Shell do seu diretório pessoal e colocar o United nele também, ele fica bem parecido com o visual do Unity 8 para tablets, se liga só:

Ubuntu 17.10 tema United

Confira no vídeo mais detalhes sobre o tema do Ubuntu, incluindo a tela de Login:

Mas agora chega de falar dos temas, o Ubuntu 17.10 traz muitas coisas novas também no sistema operacional em si.

Um novo GNOME, com novos recursos

Agora que o Ubuntu voltou a usar um GNOME “mais puro”, se comparado ao Unity, os desenvolvedores do Ubuntu GNOME e os da Canonical se juntaram ao time de desenvolvimento do próprio GNOME, criando uma comunidade maior, de modo que os benefícios, modificações e novidades que o projeto GNOME Shell introduzir no GNOME padrão, o que podemos chamar de “GNOME Vanilla”, em tese, o Ubuntu deve aproveitar também (assim como todas as distros). 

Antigamente os patches que eram aplicados nos softwares GNOME que rodam no Unity inviabilizavam o sistema de ter as últimas versões desses aplicativos, com um desktop “full GNOME”, esse problema não existe mais e o Ubuntu deve se manter sempre atualizado em relação a isso. Uma das novidades que chegaram no GNOME 3.26 (que acompanha a distro) é o novo painel de configurações, confira:

Esse novo visual dividiu opiniões, mas no fim das contas, até o novo KDE Plasma 5.11 aderiu a ele, então… paciência.

Tivemos novas implementações da GNOME Software, ou simplesmente “Programas”, como é traduzido em português do Brasil, ou ainda, loja de aplicativos, como todo mundo chama. Nela você encontra os pacotes Snap, que crescem em variedade e qualidade a cada mês, para poder instalar à um clique de distância (literalmente) e que agora não exigem mais login na Snap Store. Ativar suporte aos pacotes FlatkPak é igualmente simples, basta ativar um plugin na própria GNOME Software.

Saiba mais sobre os Snaps e como eles podem mudar a vida de todas as distros.

Talvez você se interesse também em ler sobre os pacotes flatpak.

Dentro da GNOME Software eu gostaria de chamar a atenção para uma categoria específica que já existe há algum tempo, mas raramente vejo alguém comentado, a sessão “complementos”.

Ubuntu Gnome Software 17.10

Clicando nessa opção você tem uma série de coisas interessantes:

1 – Um local para instalar codecs de áudio e vídeo de forma simples, basta clicar neles e clicar no botão “instalar”.

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2 – Um gerenciador de drivers (Yeah baby!) que, by the way, me mostrou um driver Intel que eu poderia instalar no meu Ultrabook que nunca tinha mostrado antes. Bacana.

Aqui vale observar também que apesar de ser possível instalar drivers por aqui (aparentemente), o aplicativo tradicional do Ubuntu de gerenciamento de drivers, repositórios, e PPAs em modo gráfico continua no sistema, basta procurar no Dash por “Programas e atualizações”, ou clicar em “Programas” na barra superior quando a central de aplicativos estiver aberta e ir para a mesma opção.

3 – Temos também um local para você configurar as extensões do GNOME sem precisar o GNOME Tweak Tool. Esse modo te dá muito menos opções de configurações, então caso você queira “fazer um estrago”, é melhor utilizar o GNOME Tweak Tool ainda.

Desta três extensões abaixo, as primeiras duas são nativas do Ubuntu e criam o comportamento da Dock que originalmente fica do lado esquerdo e os ícones indicadores que eu comentei mais acima no artigo.

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4 – Você também pode gerenciar fontes por aqui, instalar algumas, remover outras. É um recurso bacana, sem dúvida. Ainda não muito completo, mas é um começo.

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Vale mencionar que o aplicativo “fontes” continua vindo com o sistema, então você pode instalar fontes que você baixar da internet por ele como sempre fez.

Aplicativo de fontes do Ubuntu

5 – Temos também uma forma simples de instalar novos métodos de entrada de teclado. Algo que raramente mechemos no dia a dia, pois o sistema tente a ajustar estas funções na própria instalação, mas, aqui está caso você queira brincar com isso.

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Debaixo do capô

Depois disso, podemos descer mais ao nível “molecular da coisa”. O novo Ubuntu vem com Kernel Linux 4.13.x, Mesa 17.2.x, driver Nvidia 384.x (com outros para placas diferentes, como o 375), Snapd 2.28.x, AMDGPU 1.4 (que acompanha o X.org), driver Intel 1.8.3.x para placas HD Graphics e versão 2:2.99.x para chips mais antigos.

Apesar do driver Nvidia ser relativamente novo, eu utilizo e recomendo o PPA de drivers Nvidia para quem quiser ter sempre acesso a última versão assim que ela for lançada e até mesmo a drivers beta para fazer testes. Minha GTX 1060 agradece.

Outra coisa importante para você saber é que essa versão do Ubuntu já não terá mais suporte para arquiteturas de processadores de 32 bits, ou seja, se você pretende usar o Ubuntu em processadores antigos, o Ubuntu 16.04 LTS continua sendo a sua opção até 2021. No entanto, alguns flavors oficiais do Ubuntu ainda continuarão lançando ISOs de 32 bits, como o Lubuntu, Xubuntu, Kubuntu, Ubuntu MATE e Ubuntu Budgie, o Ubuntu Server já é só 64 bits, mas possui também suporte para arquiteturas ARM64 e PPC64el. 

Esse tipo de mudança é natural, conforme o tempo passa até mesmo os computadores “antigos” serão 64 bits, contudo, algumas distribuições que tem foco em rodar em computadores “realmente antigos” deverão manter o suporte, o Lubuntu, entre outras, é uma forte candidato a isso, e nós sabemos o quão milagroso o Lubuntu pode ser.

Outro demonstrativo legal pra você ver é este da utilização em telas touch screen. Isso mostra o quanto o Kernel do Ubuntu (e o GNOME Shell) estão consideravelmente bem em suportar hardware que não foi especificamente desenvolvido para eles:

Por último, mas não menos importante, agora nós temos o servidor gráfico Wayland no lugar do X.org como padrão, exatamente, como padrão! Mas não se incomode, como mostrei nos vídeos anteriores, você pode facilmente mudar de um para o outro diretamente na tela de login do Ubuntu através de um ícone de engrenagem. 

E por que você mudaria?

 Bom, a verdade é que o Wayland ainda não é maduro o suficiente para lidar com algumas aplicações, que podem simplesmente não abrir, mas acima de tudo, se você precisa de drivers proprietários, como os da Nvidia, há uma grande chance do Wayland não funcionar ainda, pra isso o bom e velho X.org está lá. Aliás, se você instalar um destes drivers o próprio Ubuntu vai remover a sessão Wayland da tela de login para evitar que você tenha problemas.

Outra pergunta inevitável é: Se o Wayland ainda não está plenamente funcional, por que colocar ele na distro? Ainda mais como padrão!

Eu te explico: O Ubuntu 17.10 faz parte do que a gente pode chamar de versões transicionais entre as versões de longo suporte, também conhecidas pelo termo de LTS (Long Term Support), essas versões intermediárias tem suporte reduzido (8 meses) se comparado com as LTS (que tem 5 fucking anos!), nestas versões são normalmente testadas novas tecnologias que podem (ou não) ser implementadas nas futuras LTS.

A próxima LTS do Ubuntu sai em Abril de 2018, o Ubuntu 18.04 LTS ainda não tem um nome, mas ele será a primeira LTS que virá com GNOME Shell e como as mudanças foram muito drásticas, é melhor testar muito. Se  você quer uma LTS mais sólida, ajude a testar o Ubuntu 17.10 e reporte bugs. Pode ser que essa fase intensiva de testes onde muitas pessoas vão tentar utilizar o Wayland ajude ele a evoluir mais rápido, o que é bom para todas as distros, não somente o Ubuntu.

E o Unity?

Ele foi deixado parcialmente de lado. O Unity funciona de uma forma diferente do GNOME Shell, usa outro compositor de janelas, o Compiz, e depende de uma série de ajustes (que não serão feitos provavelmente) para adaptar a interface ao novo GTK do GNOME que a versão padrão agora usa. Isso permite que quem quiser possa instalar o Unity através do repositório, mas também indica que experiência não vai ser tão polida.

Não vejo muito interesse em torno disso, mas daqui a pouco pode ser que exista uma versão “Remix” do Ubuntu com Unity, assim como temos com outras interfaces, como o XFCE, KDE Plasma, etc.

Será que seria o nascimento do “UUbuntu” (bizarro)? 😀 Provavelmente se tiver vai ser Ubuntu Unity, ou Ubuntu Unity Remix.

Apesar dos pesares, a árvore do projeto Unity tem dois galhos. Um se refere ao Unity 7 que utiliza o Compiz, o outro é o Unity 8, feito pensado na convergência entre dispositivos e praticamente escrito todo com Qt, ao invés de GTK, esse ganhou um apoio mais forte da comunidade por ser utilizável em Smartphones e segue através de um fork/continuação chamado Yunit, então se você tem interesse do Unity 8, fique ligado neste projeto.

Download

Agora que você já sabe tudo que é preciso saber sobre essa nova versão, é hora de baixar o novo Ubuntu 17.10 Artful Aarvark. O download do sistema está disponível apenas para máquinas de 64 bits em download direto ou torrent com todas as novidades comentadas. Aproveite:

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Baixe também (32 e 64 bits, download direto e torrent):

Xubuntu 17.10

Lubuntu 17.10

Lubuntu Next 17.10

Kubuntu 17.10

Ubuntu MATE 17.10

Ubuntu Budgie 17.10

Ubuntu Kylin 17.10

Ubuntu Server 17.10

ISOs com código fonte do Ubuntu

Mais downloads aqui (incluindo torrent).

Agora é a sua vez de participar!

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Até a próxima e bons downloads.

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