Os contêineres estão dominando o mundo, corram para as montanhas! A tecnologia parece ter caído no gosto da comunidade Linux e empresas como Intel, Canonical e Red Hat encabeçam soluções. Sejam em formatos de empacotamento, como Snap e Flatpak ou sistemas voltados a essa forma de trabalho.
O Fedora CoreOS é o sucessor do Fedora Atomic Host, que terá seu fim quando o suporte da versão 29 do sistema acabar, e do CoreOS Container Linux. Este adquirido pela Red Hat a pouco mais de um ano. Ambos os sistemas possuem foco em contêineres. O suporte do CoreOS Container Linux, findará seis meses após o Fedora CoreOS ser considerado estável.
Mas porque utilizar contêineres em um sistema operacional?
Resumidamente os contêineres permitem que as implementações em um sistema sejam feitas conforme a carga de trabalho, sendo dimensionadas automaticamente para atender às demandas. O isolamento oferecido, permite que o sistema operacional seja muito pequeno, contando com apenas poucos componentes, como: o kernel Linux, systemd, um “tempo de execução” do contêiner e alguns serviços adicionais (um servidor SSH, por exemplo).
Isso permite atualizações atômicas, significando que caso algo dê errado durante o processo de update seu sistema retornará ao estado anterior antes mesmo de aplicar as mudanças e comprometer o SO. Maior controle sobre as aplicações e pacotes, segurança por manter um isolamento dos softwares e o sistema, além de obter atualizações automáticas que não prejudicam o funcionamento da máquina. Essas são algumas das vantagens de sistemas que usam essa técnica.
Algumas características do Fedora CoreOS
O Fedora CoreOS é construído para ser um host seguro e confiável para os clusters de computação. Com as atualizações automáticas, não há a necessidade de manutenções periódicas no sistema. Atualizações de segurança, bugs de softwares são adquiridos automaticamente por padrão, além de possuir pacotes rpm-ostree (uma “mescla” entre pacotes RPM e a tecnologia de contêineres OSTree).
Outro aspecto interessante do Fedora CoreOS é sua telemetria. Através de um serviço denominado fedora-coreos-pinger, o sistema coleta dados para melhor experiência e desenvolvimento do sistema. A equipe do Fedora CoreOS informa que irão documentar tudo sobre essa telemetria, e informar como desativá-la. Essas informações não são dados pessoais, e sim informações que possam identificar a máquina.
Muitas outras tecnologias estão sendo desenvolvidas em torno do projeto, e mais características do SO estão disponíveis em seu comunicado oficial. Caso tenha interesse, acesse este link de introdução ao Fedora CoreOS.
Atualmente o Fedora CoreOS está em desenvolvimento, e alguns recursos planejados não estão disponíveis ou não vem habilitados por padrão. Esse é o caso da telemetria que não está ativa, várias plataformas de nuvem e virtualização ainda não estão disponíveis (só há suporte a x86_64 no momento), sua documentação está em desenvolvimento entre outros detalhes. Todas as informações necessárias podem ser obtidas por meio do link anteriormente disponibilizado.
Reforçando que o ciclo de vida do CoreOS Container Linux se finda após 6 meses quando o Fedora CoreOS for declarado estável, como o final da vida do atual Fedora Atomic Host 29 acabará junto ao suporte da versão 29. Assim é aconselhável a migração destes usuários para o novíssimo Fedora CoreOS, quando o mesmo estiver estável o suficiente.
O download do Fedora CoreOS pode ser feito por meio de sua página oficial.
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Curiosamente ontem estava assistindo o programa de tv “Container Wars” e hoje me deparo com o lançamento do Fedora CoreOS e seus contêineres, coincidência? Eu acho que não! (😁😁😁).
Até o próximo post, SISTEMATICAMENTE! 😎
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