Com o fim do suporte ao Windows 10 marcado para outubro de 2025, muitos usuários estão se perguntando qual o próximo passo. A Microsoft, em suas recentes orientações, tem uma resposta clara, porém talvez não tão agradável para todos: comprar um novo PC com Windows 11. A empresa afirma que o hardware e o software modernos são mais rápidos, seguros e poderosos, e que a melhor solução para quem ainda está no Windows 10 seria adquirir um dispositivo novo, que suporte o Windows 11.
Essa sugestão, no entanto, gera algumas questões importantes. Em muitos casos, PCs fabricados antes de 2017 não atendem aos requisitos de hardware do Windows 11, como a exigência do TPM 2.0, o que significa que um número considerável de máquinas, ainda em bom estado de funcionamento, não poderá fazer a atualização sem modificações de hardware. Isso obriga o consumidor a decidir entre gastar em novos equipamentos ou tentar forçar a instalação de uma versão do Windows 11 não oficialmente suportada, o que pode trazer desafios técnicos e falta de garantias de funcionamento.
Linux: a alternativa viável e acessível
Porém, a Microsoft não menciona uma alternativa viável, que não só pode poupar o consumidor de custos com novos dispositivos, como também oferece mais liberdade: migrar para o Linux. O Linux, ao contrário do que muitos ainda imaginam, evoluiu muito em termos de facilidade de uso, e atualmente existem distribuições (ou “distros”) que são altamente amigáveis para quem vem do Windows, como o Linux Mint e o Zorin OS.
O Linux Mint, por exemplo, é conhecido por sua interface intuitiva, que lembra bastante o ambiente do Windows, além de oferecer uma excelente estabilidade. Já Zorin OS, por outro lado, é uma distro voltada especialmente para novos usuários, com um design limpo e elegante, e vem com uma funcionalidade que permite personalizar sua interface de acordo com o estilo do Windows ou macOS.
Outro ponto que preocupa os usuários ao pensar em mudar de sistema operacional é a compatibilidade de softwares. Felizmente, os principais programas usados pela maioria das pessoas estão disponíveis no Linux ou possuem alternativas equivalentes. Para navegação na internet, o Google Chrome e o Firefox estão disponíveis. Softwares como LibreOffice e OnlyOffice substituem bem o Microsoft Office, com a vantagem de serem gratuitos, e é claro, existem alternativas online, como o Google Docs e o Microsoft 365. Além disso, para quem precisa de ferramentas específicas, como o Photoshop, é possível utilizar alternativas como o GIMP, ou até mesmo rodar programas e jogos do Windows via Wine ou Proton, tecnologias que tornam a compatibilidade de aplicativos muito mais acessível.
Segurança e facilidade
Além da economia em hardware, outro benefício significativo do Linux é a segurança. Como o sistema recebe atualizações constantes da comunidade de desenvolvedores e grandes empresas, os usuários ficam protegidos contra vulnerabilidades, sem precisar se preocupar com a obsolescência forçada do sistema. Distribuições Linux, ao contrário do Windows, não impõem prazos rígidos de fim de suporte ou obrigam o usuário a atualizar seu equipamento a cada nova versão do sistema.
Migrar para o Linux pode parecer uma mudança drástica à primeira vista, mas os benefícios são muitos. Para aqueles que não querem gastar em um novo PC, o Linux oferece uma forma eficiente de prolongar a vida útil do seu dispositivo atual. E, ao contrário do que alguns podem pensar, a curva de aprendizado não é tão acentuada, especialmente com distros voltadas para usuários que estão habituados ao Windows.
Se você está entre aqueles que ainda utilizam o Windows 10 e está se questionando sobre o futuro, considere o Linux como uma alternativa viável. Com uma abundância de distros disponíveis, você certamente encontrará uma que atenda às suas necessidades, proporcionando uma experiência de uso moderna, segura e econômica.