GNOMEVídeo

Ele tem um canal sobre Windows, mas deu uma chance para o Linux com GNOME

O mundo Linux é um universo de possibilidades, onde cada distribuição e ambiente de desktop oferece uma experiência única. Para quem vem do Windows, como é o caso do Rafa – editor do canal e criador do Winchester, especializado em conteúdo Windows – essa transição pode ser cheia de descobertas, surpresas e alguns momentos de confusão.

Vamos acompanhar a primeira experiência do Rafa com o GNOME no Fedora, desde a instalação até as primeiras impressões, passando pelas dúvidas, dificuldades e descobertas que surgiram no caminho.

Um estranho no ninho

Rafa é um usuário de longa data do Windows, acostumado com seu fluxo de trabalho e particularidades. Como editor do canal, ele já teve contato com o Linux através dos vídeos que edita, mas nunca havia experimentado o sistema como usuário final. A proposta era simples: instalar o Fedora com GNOME puro e documentar todas as impressões.

Essa experiência é particularmente interessante porque o GNOME tem uma filosofia de uso bastante distinta do Windows, o que gerou vários momentos de estranhamento e aprendizado.

A instalação

O processo começou com a instalação do Fedora em uma máquina virtual configurada com 8 GB de RAM e 4 núcleos de processador – suficiente para uma experiência fluida. Logo de cara, algumas diferenças em relação ao Windows se tornaram evidentes.

Modo Live

Uma das primeiras coisas que chamou a atenção do Rafa foi o modo Live, que permite testar o sistema diretamente do pendrive de instalação, Por aqui, você pode ver se tudo funciona antes de instalar de verdade. No Windows não tem isso.

Enquanto navegava pelo sistema temporário, Rafa notou a fluidez das animações e o consumo moderado de recursos:

“As animações são bem suaves, mesmo rodando na máquina virtual. O consumo de memória parece bem otimizado.”

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Instalador Anaconda

Ao iniciar a instalação propriamente dita, o instalador Anaconda do Fedora apresentou algumas particularidades:

  • A opção de particionamento automático: Diferente do Windows, onde a tela de particionamento é uma etapa obrigatória;
  • Seleção de repositórios: A opção para habilitar repositórios de terceiros (como drivers e o RPM Fusion) é algo que pode ser confuso para quem não está habituado com Linux;
  • Configuração de usuário: Obrigatoriedade de definir uma senha.

Como disse o Dio,

“No Windows você pode criar usuário sem senha, o que é uma loucura de segurança. Aqui você é obrigado a criar uma senha, e isso faz sentido.”

Uma observação interessante foi sobre o processo de dual boot:

“A ordem de instalação é importante. Se instalar o Windows depois do Linux, ele sobrescreve o bootloader. O ideal é instalar cada sistema em um disco diferente.”

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Conhecendo o GNOME puro

Após a instalação, o momento mais esperado: a primeira inicialização no novo sistema. O Fedora apresenta um tour inicial que explica os conceitos básicos da interface GNOME.

O Tour de Boas-Vindas: Filosofia GNOME

O tour introduz conceitos como:

  • Visão Geral acessada com a tecla Super;
  • Pesquisa rápida para iniciar aplicativos;
  • Áreas de trabalho virtuais;
  • Gestão de janelas.
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As reações foram mistas:

“O tour é útil, mas poderia ser mais interativo. Curioso a tecla do Windows se chamar Super.”

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No teclado do Dio a tecla Super não é caracterizada pelo logo do Windows

A ausência do botão “minimizar”

Um dos primeiros choques culturais foi a falta do botão minimizar:

“Como assim não tem como minimizar? Isso é básico!”

No GNOME a filosofia é diferente – em vez de minimizar, você usa a Visão Geral para alternar entre aplicativos. Após alguns minutos de experimentação.

“É tipo como no celular, você não minimiza apps, só troca entre eles. Faz sentido, mas é estranho no começo.”

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Outro ponto crítico foi a falta de uma barra de tarefas. Para quem está acostumado com o Windows pode ser estranho ver um computador sem o recurso.

Vamos às customizações

Uma das grandes vantagens do GNOME é sua capacidade de personalização por meio de extensões. Para tornar a experiência mais familiar para Rafa, instalamos algumas modificações.

Habilitando o botão minimizar

Com o GNOME Tweaks, foi possível habilitar os botões minimizar e maximizar nas janelas:

“Agora sim! Já me sinto mais em casa.”

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Uma barra de aplicativos

A extensão Dash to Dock trouxe uma barra fixa com ícones de aplicativos e algo como um “menu iniciar”:

“Isso já ajuda muito. Fica mais intuitivo para quem vem do Windows.”

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System Tray

Rafa notou a ausência da área que reúne os aplicativos em segundo plano como no Windows:

“Onde ficam os ícones dos apps em segundo plano? No Windows eu sempre vejo o Discord, o antivírus…”

O GNOME até consegue indicar quando há flatpaks em segundo plano, mas para uma tray mais completa, é necessário utilizar extensões.

Gerenciamento de aplicativos

Uma diferença significativa em relação ao Windows é a centralização da instalação de software. Rafa explorou a Loja de Software do GNOME:

“No Windows as pessoas ainda tem o hábito de baixar os programas direto dos sites. Aqui a loja já vem com quase tudo que preciso.”

Ele instalou seu navegador preferido, o Vivaldi, diretamente pela loja:

“Foi tão simples quanto instalar um app no celular. Bem diferente de baixar um .exe e ficar clicando em ‘Avançar’.”

Engraçado que ao bater o olho rapidamente no menu de aplicativos, o Rafa chegou a pensar que o ícone do player de vídeo poderia ser o da loja, pela semelhança com o logotipo da Play Store do Android.

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Áreas de trabalho virtuais

O conceito de áreas dinâmicas (que se criam automaticamente quando você move janelas) foi confuso no início:

“No Windows, não é um recuso que realmente utilizo. Aqui a ideia é que elas façam parte do workflow.”

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Atualizações do Sistema

A experiência com atualizações foi outra surpresa positiva:

“No Windows, atualmente, as atualizações raramente interrompem o que estou fazendo, mas as atualizações de programas são completamente separadas do sistema. Aqui foi mais rápido e não precisei reiniciar imediatamente.”

Explicamos que o Fedora usa o DNF como gerenciador de pacotes, e Rafa ficou impressionado com a transparência do processo:

“Ele mostra exatamente o que vai atualizar e quanto espaço vai ocupar.”

O que funcionou melhor que no Windows

Nem tudo foi difícil. Alguns aspectos impressionaram positivamente:

Desempenho e fluidez

“As animações são bonitas e suaves, mesmo na máquina virtual.”

Centralização de atualizações

“Ter tudo atualizando num lugar só é muito mais prático.”

Segurança padrão

“Já vir com firewall ativo e exigir senha para tarefas administrativas é um aspecto positivo.”

Personalização

“Com algumas extensões, consegui deixar do jeito que gosto. No Windows isso exigiria programas de terceiros.”

CaracterísticaGNOME (Fedora)Windows 11
Filosofia de InterfaceFoco em produtividade via teclado/gestosFoco em mouse/toque
Gerenciamento de JanelasSem minimizar (por padrão)Botões padrão de minimizar/maximizar
Menu IniciarVisão Geral (Super) + PesquisaMenu Iniciar tradicional
AtualizaçõesCentralizadas, menos intrusivasDescentralizadas e obscuras
SegurançaPermissões granulares por padrãoConfigurações mais permissivas
PersonalizaçãoVia extensõesExige mais pesquisas e ferramentas externas

O veredito final

Após algum tempo de uso, Rafa chegou a algumas conclusões:

“O GNOME é diferente, mas não é ruim. Precisa de um tempo para se acostumar, principalmente vindo do Windows.”

“A falta de algumas coisas que considero básicas (como minimizar) é estranha, mas as extensões resolvem isso.”

“O desempenho e organização são pontos muito positivos. Me surpreendi.”

E o futuro? Rafa demonstrou interesse em testar o KDE Plasma:

“Dizem que o KDE é mais parecido com o Windows. Quero ver como é a experiência.”

A experiência do Rafa com o GNOME no Fedora foi, no geral, positiva. Os primeiros momentos de estranhamento deram lugar a uma apreciação pelas escolhas de design e funcionalidades oferecidas. A capacidade de personalização via extensões permitiu criar uma experiência mais próxima do que ele estava acostumado, sem perder as vantagens do ambiente GNOME.

“Não sei se vou migrar definitivamente, mas com certeza vou continuar explorando. O Linux evoluiu muito desde a última vez que testei.”

E você, já experimentou o GNOME? Qual foi sua experiência? Compartilhe nos comentários e interaja com a comunidade do fórum Diolinux Plus!

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