O Open Source Lab está em apuros
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O Open Source Lab está em apuros

O cenário é preocupante: o Open Source Lab (OSL) da Universidade Estadual de Oregon, uma instituição que há mais de duas décadas sustenta projetos essenciais do mundo do software livre, está à beira do fechamento. A menos que consiga levantar US$ 250 mil até meados de maio, esse pilar da inovação aberta pode desaparecer — e levar consigo parte da infraestrutura que mantém distribuições como Debian, Fedora e Gentoo funcionando.

Um hub histórico em risco

Desde sua fundação, há 22 anos, o OSL tem sido muito mais do que um simples laboratório universitário. Foi lá que o Firefox 1.0 encontrou hospedagem para seu lançamento, e onde gigantes como Apache Software Foundation, Linux Foundation e Kernel.org se apoiaram em momentos cruciais. Hoje, o laboratório segue oferecendo serviços vitais, como espelhamento de repositórios, máquinas virtuais para testes automatizados e hospedagem de projetos como Inkscape, OpenID e Drupal.

Além disso, o OSL já formou mais de 130 estudantes, muitos dos quais hoje ocupam posições de destaque no ecossistema de tecnologia. Seu papel, portanto, vai muito além de servidores e conexões de rede — é um centro de formação e inovação que alimenta toda a comunidade open source.

Nos últimos anos, o OSL vem enfrentando uma queda constante em doações corporativas, deixando suas contas no vermelho. A universidade tem ajudado a cobrir parte do rombo, mas mudanças recentes no orçamento interno tornaram esse apoio insustentável. Agora, o laboratório precisa de US$ 250 mil em compromissos de financiamento para continuar operando — e o prazo é curto: até 14 de maio de 2025, o diretor Lance Albertson precisa apresentar uma solução viável à administração da universidade.

Desse total, US$ 150 mil seriam destinados a salários de funcionários, US$ 65 mil para bolsas de estudantes (que correspondem atualmente a oito pessoas) e US$ 35 mil cobririam despesas, como hardware, viagens e serviços de infraestrutura.

A notícia do possível fechamento ecoa pela comunidade. Projetos como Gentoo e Debian publicaram apelos em seus sites oficiais, pedindo que empresas e colaboradores ajudem a salvar o OSL. Afinal, sem a infraestrutura oferecida pelo laboratório, atualizações críticas e novos pacotes poderiam demorar muito mais para chegar aos usuários finais.

Ainda há esperança

Para quem quer contribuir, existem caminhos. Doações diretas podem ser feitas através do site oficial do OSL. Empresas interessadas em patrocínios maiores podem entrar em contato diretamente pelo e-mail [email protected].

E, claro, espalhar a notícia também é uma forma de ajudar. US$ 250 mil pode parecer muito, mas para gigantes como Google, Red Hat ou IBM — que se beneficiam diariamente do trabalho do OSL —, seria um investimento modesto para manter vivo um dos principais motores da inovação aberta.

Um exemplo de projeto que sofreu com riscos recentes de infraestrutura e superou com sucesso é o Alpine Linux.

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