NVIDIA no Linux usará módulos abertos por padrão
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NVIDIA no Linux usará módulos abertos por padrão

Este parece que é o ano da NVIDIA no Linux. Após tanto tempo dando pouca atenção para usuários das placas de vídeo em sistemas do pinguim, a empresa está tirando o atraso de recursos que estava demorando para entregar. Ela já trabalha no suporte para Wayland e agora anunciou que a partir de uma próxima edição de seu driver, utilizará módulos abertos por padrão.

Problemas com NVIDIA no Linux deverão ser coisa do passado

Não podemos dizer a exata razão pela qual a NVIDIA está dando mais atenção aos usuários de Linux. Mas dá para especular que é no mínimo estranho a fabricante de maior destaque em hardware para rodar inteligência artificial oferecer suporte deficiente por tanto tempo para a principal família de sistemas operacionais no mundo das IA.

Até então, para aproveitar ao máximo os recursos das placas da fabricante no Linux, é necessário utilizar o driver e os módulos de código-fechado da empresa. Razão pela qual em muitas distros, a experiência pós-instalação em hardwares com NVIDIA não é a ideal, demandando configurações extra nem sempre intuitivas.

Mas anúncios recentes indicam uma mudança de postura pela companhia, como a contribuição que estão dedicando ao driver open source Noveau, assim como ao seu “irmão mais novo” orientado a hardwares mais recentes, NVK

Também há uma therad no GitHub indicando que estão produzindo um driver beta, enumerado como a série 555, onde começam a implementar o Explicit Sync, recurso que a comunidade Linux diagnosticou que resolveria o problema entre as placas da marca e o protocolo de comunicação gráfica Wayland. 

Agora, mais boas novas: sempre que possível, a NVIDIA no Linux usará módulos abertos por padrão a partir do lançamento da série de drivers 560. Ao instalar o driver pelo arquivo .run oficial, ele detectará qual GPU está sendo utilizada e, se for compatível, instalará prioritariamente os módulos abertos. Versões empacotadas especificamente para alguma distro poderão ter algum passo extra.

Caso o usuário prefira o módulo proprietário, poderá utilizar a seguinte opção em linha de comando: –kernel-module-type=proprietary. Contudo, eles pretendem, em futuras atualizações, suportar apenas módulos abertos.

Mas nem tudo são flores, sistemas operacionais 32-bit deixarão de ser suportados com o lançamento do driver 396 para placas antigas. De toda maneira, aplicações 32-bit continuarão funcionando em sistemas 64-bit. A partir desta nova versão do driver, placas com arquitetura Fermi não serão mais suportadas, incluindo certos modelos das séries 400, 500, 600, 700 e alguns poucos da 800.

O requerimento de versão do kernel também subirá com o lançamento do driver 560 para o Linux 4.15, algo razoável, considerando que atualmente dificilmente encontramos algum sistema rodando em versões anteriores à 5.15, presente na versão de lançamento do Ubuntu 22.04 e muitos dos seus derivados.

Enquanto a Beta da edição 555 do driver NVIDIA deve lançar ainda neste mês, não temos previsão para o driver 560.

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