Sistemas operacionaisZorin OS

Zorin OS: Não foi dessa vez – Sexta do Hopping

Com uma infinidade de distribuições ao alcance de nossos pen drives, várias pessoas que chegam ao mundo Linux (e até mesmo as que estão a mais tempo), ficam um tanto quanto confusas ao tentar escolher sua distribuição principal.

Dando continuidade a uma série criada inicialmente pelo Dio para o Youtube e remodelada para o formato do blog, chegamos hoje a segunda edição da Sexta do Hopping, com um novo hardware, uma nova distro e o mesmo “apresentador”.

Durante a minha ilustre saga de encontrar o sistema operacional perfeito e quem sabe abandonar de vez a vida de um Saltador de Distribuições Anônimas, decidi me desafiar a utilizar um sistema operacional por 30 dias e dar um feedback sobre minha experiência com ele.

No mês de janeiro, eu utilizei o KDE Neon e caso você queira saber o como foi, basta ler o artigo da edição passada. Preparado para descobrir a distribuição deste mês? Então sente-se confortavelmente, prepare sua bebida favorita, seu pen drive e vamos formatar a máquina!

Mudanças no hardware

Antes de qualquer coisa precisamos falar de pequenas mudanças que ocorreram no setup, já que isso irá impactar o resultado final de minha experiência. A principal mudança que ocorreu foi o hardware, onde abandonei meu notebook Positivo e estou utilizando um desktop com as seguintes configurações:

  • Placa mãe: ASUS A55BM-E BR;
  • Processador: AMD A4-5300 (Socket FM2+);
  • Memória RAM: 12 GB (Dual Channel 8+4);
  • Placa de vídeo: AMD R7 360 2GB (Versão XFX);
  • SSD Sandisk 120 GB;
  • HD Seagate 500GB;
  • Fonte One Power 600W;
  • TV AOC 32” ;
  • Placa de Wi-fi D-Link;

Caso você se lembre das especificações do notebook Positivo, saberá que houve uma mudança “da água para o vinho”.

O sistema escolhido foi o…

Se você chutou Zorin OS, você acertou! Passei alguns dias utilizando o Zorin OS Ultimate (versão paga) e alguns com o Zorin OS Core (gratuito) para ver se tinham grandes diferenças no sistema.

Após realizar o download da ISO no site oficial do sistema, utilizei o Etcher para criar o pendrive bootável e iniciei o processo de instalação.

O processo de instalação

O processo de instalação é bastante simples e fácil, já que ele utiliza o instalador Ubiquity que vem sendo o padrão do Ubuntu (ao menos até outubro deste ano). Lembre-se de realizar um backup de seus arquivos antes de formatar a máquina.

Pós instalação com direito a script

Uma das decisões que eu tomei no mês de janeiro (talvez uma das mais sensatas) foi preparar um script de instalação para utilizar após minhas formatações, já que eu nunca lembrava tudo que tinha que instalar na máquina.

Ele foi desenvolvido pelo próprio Dio para seu pós-instalação do Linux Mint 19 e tem um vídeo onde é mostrado o processo de criação.

O script foi otimizado pelo Matheus Muller e modificado por mim para o meu uso, trazendo a instalação dos programas que servem para o meu workflow, mas nada impede de modificá-lo para seu uso. O download do script pode ser realizado abaixo:

download button

Modificações na interface

Após a instalação dos programas com meu script, eu senti uma certa necessidade de customizar o sistema que não estava me agradando visualmente. Decidi então realizar algumas pequenas configurações como:

Mudança no tema

O Zorin OS é um sistema bem atraente, porém seu visual padrão não me agrada tanto, principalmente quando o assunto é dark mode. Eu tenho a sensação que as pastas ficam com uma cor estranha quando o dark mode é ativado.

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Para resolver esse pequeno “problema”, eu troquei o tema GTK para o Matcha-dark-blue e o tema de ícones para o Luna Icons. Após a mudança, temos um visual bem mais atraente (ao menos para mim).

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Instalando o Arc Menu

O Zorin Menu é uma extensão bastante interessante, porém, algo me incomodava: ele não era alto o suficiente e como estava utilizando a resolução Full HD, isso passou a me deixar desconfortável.

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Embora o Arc Menu esteja descontinuado, ele ainda funciona no Zorin OS 15 que utiliza uma versão antiga do GNOME (vamos falar sobre isso mais tarde). Após a instalação e configuração da extensão, obtive um resultado satisfatório.

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Vale lembrar que ao instalar o Arc Menu, é necessário desativar a extensão Zorin Menu através do Gnome Tweaks.

Minha experiência com o Zorin OS

Para ficar um pouco mais completo, vou dividir esse tópico em duas partes, já que utilizei tanto a versão Ultimate quanto a Core.

Vale lembrar que essa foi a minha experiência e ela pode não se aplicar para você, sendo assim, caso você se interesse pelo sistema, vale testar na sua máquina.

Zorin OS Ultimate

O Zorin OS Ultimate é uma versão paga do sistema operacional que vem com alguns “mimos” para seus usuários, como programas instalados e layouts do GNOME, além de possuir suporte pela equipe do Zorin.

Eu realizei a instalação completa e achei as aplicações instaladas um tanto quanto interessantes, porém, realizei um “debloating” em alguns aplicativos pré-instalados por estarem um tanto quanto desatualizados (já que o sistema utiliza a base do Ubuntu 18.04).

Zorin OS Core

O Zorin OS Core não é tão diferente da versão Ultimate do sistema, tirando o fato de não possuir suporte oficial da equipe, não possuir tantos aplicativos pré-instalados e não custar alguns dólares.

Uma das coisas interessantes, ao menos para mim, foi a falta dos aplicativos que vêm pré-instalados na versão Ultimate que me poupou um certo tempo no “debloating”. Não senti tanta diferença ao migrar da versão Ultimate para ela, até porque, não utilizava metade das funções ou aplicações oferecidas.

A usabilidade no geral

O sistema é bastante agradável e funcional e eu o recomendo para vários usuários, mas a minha experiência nele não foi tão boa quanto poderia ser. Por utilizar várias distribuições ao longo dos anos, eu senti que ele não me atendia em alguns pontos, como otimização da interface e escala fracionada.

Certo que essas são coisas que nem sempre afetam a todos os usuários, porém como eu disse acima, a minha experiência não deve ser considerada como opinião final.

Os “problemas” do Zorin OS

Como nem tudo na vida é perfeito, existem alguns pequenos problemas que afetaram a minha usabilidade ao longo dos dias, fazendo com que eu desejasse o fim do teste desesperadamente.

Uma base antiga

Isso não necessariamente é um problema, visto que por se basear na versão 18.04, o Zorin OS se mostrou muito estável. Porém eu tive alguns problemas com pacotes específicos que ficavam travados em uma versão antiga (nada que não fosse contornável com pacotes snap ou flatpak).

Uma versão antiga do GNOME

Provavelmente esse foi o maior “problema” que eu encontrei durante a utilização do sistema, já que estava acostumado a utilizar sempre a última versão do GNOME (que era a 3.38). Voltar à versão 3.28 foi um regresso gigante e impactou consideravelmente meu workflow.

A mudança que mais ficou estampada para mim foi a falta de otimização, já que desde a versão 18.10 do Ubuntu, o GNOME e a Canonical estavam otimizando e trabalhando em pequenos detalhes na interface.

A área de trabalho ativa

Caso você não se lembre, o Ubuntu 18.04 utilizava a versão 3.28 do GNOME, porém, manteve o Nautilus em sua versão 3.26 para obter uma área de trabalho ativa.

Embora na época isso parecia uma ótima opção, as extensões de área de trabalho disponíveis atualmente para o GNOME possuem bastante funções e ao meu ver são bem mais completas que a área de trabalho do Nautilus.

Escolhendo meu próximo sistema

O Zorin OS foi a distribuição escolhida pela equipe do Blog Diolinux para o mês de Fevereiro e durante o mês de março (que já possui um sistema pré-definido), estarei coletando as sugestões da comunidade Diolinux para meu próximo mês com 30 dias em um sistema.

Deixe um comentário com sua sugestão de distro e ao final do mês teremos uma votação com os sistemas mais pedidos para a próxima edição da Sexta do Hopping.

Caso você deseje conferir os bastidores dessa pequena saga, sempre saem alguns spoilers no meu Instagram, então, não deixe de seguir para saber as novidades!

Considerações finais

O Zorin OS continua sendo uma opção muito interessante para vários usuários iniciantes ou não do mundo Linux e certamente continuará sendo uma das minhas opções de recomendação para novos usuários.

Mesmo não tendo uma boa experiência com o sistema, ele se mostrou um tanto quanto estável e prático e provavelmente seria o sistema de uma máquina secundária, como um notebook de viagem por exemplo.

O que você achou do Zorin OS? Você o usaria? Deixe nos comentários e até o próximo artigo!

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Sobre o autor
Olá pessoas, me chamo Carlos Augusto e desde meus 6 anos sou apaixonado por tecnologia, principalmente por computação. Além de tentar ser um projeto de redator, no tempo livre gosto de fazer algumas manutenções e gambiarras!
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