O sistema de empacotamento Flatpak, finalmente chega a sua versão 1.0, considerada estável e um marco para o projeto. Já fizemos um artigo aqui no blog explicando a origem do Flatpak.
Um primeiro sinal desse amadurecimento do projeto, é a retirada da palavra Beta do site Flathub, a loja oficial onde ficam os aplicativos empacotados no formato.
Tanto que o desenvolvedor chefe do projeto, Alexander Larsson, deu a seguinte declaração:
“Muito trabalho foi dedicado ao Flatpak 1.0 e estamos confiantes de que ele está pronto para uso mais amplo. O Flatpak sempre teve como objetivo de revolucionar o ecossistema Linux e este é um passo importante para isso.”
O Flatpak tem uma integração muito boa com distros como Linux Mint, Fedora e Arch, trazendo aplicativos famosos ao repositório como GIMP, Spotify, Skype, LibreOffice, Firefox, Krita, Kdenlive e entre outros.
Agora nessa nova versão trouxe algumas novidades, como a possibilidade gerenciar as permissões dos aplicativos, assim como acontece nos aplicativos empacotados via Snap, e não na hora que você abre ele. Se o aplicativo precisar de permissões futuras, o Flatpak irá mandar uma notificação pedindo a sua permissão ou não para aquele aplicativo.
Nos resta esperar a integração com o Gnome Software. Outra novidade é a possibilidade de conceder permissão aos aplicativos via Flatpak acessarem dispositivos Bluetooth.
Outra gigante do mundo open source a se pronunciar sobre a chegada do Flatpak 1.0, foi a “The Document Foundation”, responsável pelo LibreOffice, o desenvolvedor Stephan Bergmann comentou:
“O Flatpak percorreu um longo caminho desde que começamos a usá-lo; hoje em dia podemos digitar um comando trivial para obter o último LibreOffice 6.1 construído e publicado no Flathub automaticamente. O que me impressiona é a abrangência e profundidade dos relatórios de erros que recebemos para a versão do LibreOffice Flatpak. Isso mostra que as pessoas estão usando em todos os tipos de cenários.”
Algumas outras novidades no Flatpak 1.0:
– Rapidez na instalação e atualização dos aplicativos;
– Apps agora podem ser marcados como “fim da vida”;
– Um novo portal agora permite que os aplicativos criem “sandboxes” e reiniciem depois de um update;
– Uma nova permissão para o X11 concede acesso ao o usuário em uma seção X11 em execução.
Para quem executa o Flatpak via linha de comando, três novos comandos foram incluídos:
– uninstall –unused – remove extensões não utilizadas do runtime;
– repair – escaneia apps com erros, quebrados e remove objetos inválidos;
– Novas opções do comando info que incluem agora os complementos –show-permissions e –file-access.
Para maiores detalhes das novidades, você pode acessar o Github do projeto ou o comunicado oficial deles.
Muito legal ver o projeto tomar “corpo” , pois isso mostra que a indústria está de olho nele e vê potencial para trazer mais aplicativos e jogos para o Linux.