Já falamos diversas vezes por aqui sobre o WordPress, o maior gerenciador de conteúdos do mercado. Apesar de ter surgido como uma plataforma para criação de blogs, ele cresceu absurdamente e hoje em dia, faz muito mais do que isso. O que pode ser um ponto negativo para quem deseja criar um simples blog e é aí que o Ghost entra.
O Ghost nasceu de uma ideia de John O’Nolan, que fazia parte da equipe de Interface do Usuário do WordPress, e não estava contente com a forma com que o WordPress se comportava para pessoas que queriam simplesmente um blog.

Pouco tempo depois, em 2013, foi criado um projeto no Kickstarter com a premissa de ser “apenas uma plataforma de blogs”, prometendo ter uma interface simples e amigável para os criadores de conteúdo. Claramente o projeto foi um sucesso!
Hoje em dia já existem mais de 2 milhões de blogs utilizando o Ghost como gerenciador de conteúdos, e alguns deles, bem famosos como o blog da Digital Ocean, do DuckDuckGo e até o do Tinder.
Tecnologias utilizadas
O Ghost é desenvolvido em Javascript utilizando NodeJS, o que torna o código mais atual e leve. Para desenvolver um tema para o Ghost, é utilizado o Handlebars, uma linguagem de modelo gera o arquivo HTML de maneira dinâmica, retirando informações de outros arquivos Javascript.
Existe também, uma ferramenta chamada GScan que procura por erros e problemas de compatibilidade no tema, garantindo que o código esteja na melhor qualidade possível.
A própria equipe que desenvolve o Ghost disponibiliza alguns temas de maneira gratuita e open source em seu marketplace.

Ghost vs WordPress
Algumas das vantagens do Ghost quando comparado ao WordPress são:
- O código é muito mais limpo, já que todo o projeto é focado em uma única funcionalidade: publicar conteúdos;
- SEO nativo: não há a necessidade de instalar plugins para configurar metadados para redes sociais, criar sitemaps e adicionar suporte para dados estruturados;
- O Ghost conta com uma funcionalidade de newsletter nativa, tornando mais prático e barato criar uma estratégia de e-mail marketing;
- Também existe uma funcionalidade de paywall nativa, sendo possível disponibilizar conteúdos premium sem necessitar de serviços de terceiros, além de não precisar pagar nenhuma taxa por isso;
Apesar de possuir suas vantagens, o Ghost pode não ser a melhor opção nas seguintes situações:
- Utilização de integrações: O Ghost se integra com diversas aplicações, mas nem se compara com a quantidade de opções disponíveis no WordPress;
- Funcionalidades além de publicação de conteúdos: se você precisar de ferramentas mais complexas, como é o caso de um e-commerce, o Ghost não é a opção mais indicada para você.
Aplicativos
Se você é daquelas pessoas que prefere utilizar apps nativos ao invés de separar o trabalho nas abas do navegador, saiba que o Ghost conta com aplicativos para Windows, MacOS e Linux. No sistema do pinguim, ele está disponível apenas para distribuições baseadas em Debian.
Antigamente o Ghost também contava com aplicativos para Android e iOS, porém os mesmos foram descontinuados.
Como hospedar
O Ghost conta com uma hospedagem própria chamada Ghost(Pro) com preços iniciando em U$29 (dólares) mensais. É um preço bem salgado, mas levando em consideração as funcionalidades nativas de newsletter, CDN e membros, pode acabar compensando. Esta hospedagem é o que contribui com o desenvolvimento do serviço.
Por se tratar de um software open source, é possível utilizar qualquer serviço de hospedagem que tenha suporte à NodeJS para hospedar seu blog em Ghost. Todas as funções do Ghost(Pro) estão disponíveis na versão para hospedagem própria, como o paywall e suporte para newsletters. Desde que sejam feitas as configurações necessárias.
Todos os detalhes estão disponíveis na documentação.
Você já conhecia o Ghost? O que acha da proposta da plataforma? Deixe nos comentários!
Até a próxima!