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Fedora 42 conturbado, tecla Copilot no Ubuntu e não precisa agradecer

O ecossistema Linux passou por uma das semanas mais movimentadas do ano, com lançamentos importantes e reviravoltas inesperadas. Enquanto algumas distribuições apresentam evoluções significativas, outras nos lembram que até os sistemas mais robustos podem dar seus escorregões. No Diolinux News de hoje, vamos mergulhar fundo nessa sopa de novidades tecnológicas.

Driver NVIDIA 575 beta

A NVIDIA lançou recentemente a versão beta do driver 575, e além de trazer algumas boas notícias para os gamers de Linux, este driver também traz uma série de melhorias para quem está utilizando NVIDIA com Wayland.

Para quem é fã do Marvel Rivals, foi corrigido um bug onde o jogo poderia crashar na inicialização ou durante o carregamento de fases. Já para quem prefere Minecraft, o driver também ganhou uma correção de bug! Quem rodava o jogo via XWayland, sofria com um encerramento repentino do jogo. Nesta versão do driver, isso não deve acontecer mais.

No Wayland, também vimos uma série de melhorias. O driver ganhou suporte ao GLX Front Buffer Rendering no XWayland, com isso a compatibilidade com aplicações mais antigas que ainda dependem do Xorg foi melhorada.

Para quem tinha problema de travamentos utilizando o modo noturno do GNOME, isso também não deve acontecer mais. Hoje em dia já é um pouco mais raro de se ver isso, mas os usuários que têm duas placas da NVIDIA no mesmo computador, agora conseguem utilizar o modo render offload sem problemas.

Essa versão do driver também traz suporte para o NVIDIA Smooth Motion, uma tecnologia que promete movimentos mais suaves em monitores compatíveis. Lembrando que o driver NVIDIA 575 ainda está em estágio beta, e o ideal é esperar lançar a versão estável para utilizar no seu computador por aí.

Ubuntu 25.04 “Plucky Puffin”

A mais nova versão do Ubuntu chega trazendo consigo o peso da tradição e os ventos da modernidade. O “Plucky Puffin” (algo como “Papagaio-do-mar Corajoso”) mantém a característica de versão não-LTS, com apenas nove meses de suporte, apresentando melhorias relevantes para seu ciclo de vida.

GNOME 48: refinamento e controvérsias

A adoção do GNOME 48 representa um salto qualitativo na experiência do usuário. As notificações agora seguem um sistema de agrupamento inteligente, reduzindo significativamente a poluição visual na área de trabalho. A nova seção de bem-estar digital, embora possa ser vista por alguns como paternalista, reflete uma tendência crescente no mundo tecnológico de conscientização sobre o uso saudável dos dispositivos.

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O desempenho recebeu atenção especial nesta versão, com otimizações que tornam a navegação entre aplicativos mais fluida. No entanto, a equipe do Ubuntu manteve sua identidade visual ao preservar a tradicional fonte Ubuntu, ignorando a nova tipografia padrão do GNOME 48 – uma decisão que divide opiniões entre puristas e conservadores.

Kernel 6.14 e suporte a hardware emergente

A base do sistema foi atualizada para o kernel Linux 6.14, trazendo consigo uma série de capacidades importantes para usuários de hardware moderno. O suporte a NPUs nos processadores Ryzen AI coloca o Ubuntu em posição privilegiada para a próxima geração de aplicações de inteligência artificial local. A implementação do NTSYNC promete melhorar consideravelmente o desempenho de jogos executados através do Wine.

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Para os usuários de notebooks com tecla Copilot dedicada, o Ubuntu 25.04 oferece suporte nativo. Os drivers gráficos também receberam atenção, com a NVIDIA na versão 570 e o Mesa para Intel/AMD atualizado para a versão 25.

A Questão dos Snaps: Progresso e Resistência

A estratégia de empacotamento da Canonical continua sendo um ponto de discórdia na comunidade. A Snap Store agora permite a instalação de pacotes .deb, numa tentativa de apaziguar os críticos. No entanto, questões fundamentais como desempenho inferior em relação aos pacotes tradicionais, atualizações automáticas inflexíveis e a predominância de versões empacotadas por terceiros em vez dos desenvolvedores originais mantêm o debate acalorado.

Fedora 42 e o equilíbrio entre inovação e pressa

O mais recente lançamento do Fedora serviu como um alerta sobre os riscos de mudanças precipitadas em sistemas amplamente utilizados.

A decisão de remover subitamente o suporte ao Xorg no GDM (gerenciador de login do GNOME) pegou muitos usuários de surpresa. A migração forçada para o Wayland revelou-se problemática para diversos casos de uso específicos, desde aplicações corporativas até setups personalizados. A reação da comunidade foi tão intensa que a Red Hat se viu obrigada a reverter a mudança temporariamente, prometendo uma transição mais gradual no Fedora 43.

O incidente das impressoras fantasmas

Um bug peculiar fez com que o pacote hplip (destinado a impressoras HP) instalasse automaticamente sua interface gráfica em todas as máquinas atualizadas, independentemente da presença de qualquer hardware compatível.

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Manjaro 25 “Zetar”: evolução sem alarde

Enquanto as distribuições mais populares ocupavam os holofotes, o Manjaro apresentou sua versão 25 com mudanças sutis, porém significativas.

Ambientes de trabalho atualizados

A edição com KDE Plasma recebeu a versão 6.3.4, trazendo melhorias visíveis no tratamento de monitores com alta densidade de pixels e refinamentos no modo noturno. O GNOME 48 segue o mesmo padrão visto em outras distribuições, enquanto o Xfce 4.20 introduz funcionalidades há muito esperadas, como a capacidade de personalização avançada do gerenciador de arquivos Thunar.

Opção pelo kernel LTS

A decisão de utilizar o kernel 6.12 LTS em vez da versão mais recente prioriza estabilidade sobre novidades imediatas. Essa abordagem conservadora pode ser particularmente atraente para usuários que valorizam a previsibilidade em seus sistemas.

Diocast

Essa semana a gente teve um episódio mais do que especial do Diocast. Isso porque o blog Diolinux recentemente completou 14 anos!

O blog, que já é um adolescente, em todo esse período teve mais de 7800 artigos publicados, e evoluiu de um simples site para uma porta de entrada para o universo open source para muitas pessoas.

Para comemorar, o Eddie e o Dio prepararam um episódio incrível do Diocast contando vários detalhes por trás das câmeras.

Não precisa agradecer!

Ser educado com a IA pode sair uma brincadeira bem cara. Ao menos é o que diz o Sam Altman, CEO da OpenAI. Na semana passada, um usuário se questionou no Twitter quanto dinheiro a OpenAI estaria perdendo em custo de eletricidade com as mensagens das pessoas falando “por favor” e “obrigado” para os modelos de IA.

Curiosamente, o Sam Altman respondeu esse usuário, e informou que está na casa das dezenas de milhões de dólares. Quem diria que ser educado sairia caro.

Jogo em promoção da semana

A recomendação dessa semana é um joguo muito diferente de tudo o que você já jogou na sua vida.

Em Stray, você vai controlar um gato de rua que se perdeu da sua família, e agora está sozinho e precisa desvendar um mistério ancestral pra fugir de uma cibercidade esquecida e encontrar o caminho de volta pra sua casa.

Esse jogo está com 40% de desconto lá no Steam, e está saindo por 48 reais. Ele roda no Linux através do Proton, a camada de compatibilidade da Valve, e está com um ranking Platina lá no ProtonDB. É só baixar e jogar.

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