Asahi Linux perde um líder e ganha 7
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Asahi Linux perde um líder e ganha 7

O mundo do software livre nunca para de surpreender. E quando se trata do Asahi Linux, um projeto que trouxe o Linux para os modernos dispositivos Apple com chips M1, M2 e além, as novidades são sempre emocionantes. Mas, como em qualquer boa história, há reviravoltas. Neste mês, o fundador e desenvolvedor principal, Hector Martin, anunciou sua saída do projeto. E agora? Bem, os integrantes do Asahi Linux decidiram abraçar uma abordagem inovadora: uma liderança coletiva.

A saída de Hector Martin

Foi Hector Martin quem iniciou o projeto Asahi Linux no início da década, quando a Apple lançou seus primeiros chips M1. A ideia de trazer o Linux para as novas máquinas Apple parecia um sonho distante, mas Martin e sua equipe transformaram isso em realidade.

No entanto, como em qualquer relacionamento longo, houve altos e baixos. Num post em seu blog pessoal, Martin citou “batalhas e desentendimentos de longa data com desenvolvedores do kernel” como uma das razões para sua saída. A notícia foi recebida com tristeza pela comunidade, mas também com gratidão pelo trabalho que ele dedicou ao projeto.

A equipe do Asahi Linux deixou claro que, embora Martin vá fazer falta, o projeto continuará firme e forte. E aqui entra a parte interessante: sete desenvolvedores assumirão o papel de liderança, compartilhando responsabilidades e mantendo o projeto vivo.

Sete cabeças pensam melhor que uma?

A ideia de uma liderança coletiva pode parecer incomum, mas no mundo do software livre, onde a colaboração é rei, faz todo o sentido. A equipe anunciou que os sete líderes terão poder igualitário, e o desenvolvimento seguirá o modelo de “consenso preguiçoso”. Traduzindo: o trabalho acontece quando as pessoas fazem.

Quem são esses sete desenvolvedores? A lista inclui nomes como Alyssa Rosenzweig (especialista em gráficos), Davide Cavalca e Neal Gompa (desenvolvedores do Fedora), James Calligeros (mantenedor do sistema de áudio), Janne Grunau, Sven Peter e chaos_princess (todos especialistas em kernel).

Apesar da mudança, a equipe manteve o tom profissional e respeitoso. Neal Gompa, um dos novos líderes, comentou: “A saída de Hector Martin é lamentável, mas compreensível. Ele detalhou sua decisão em seu blog, e não tenho mais nada a acrescentar.”

Com a nova liderança, o Asahi Linux tem desafios pela frente. Um dos principais é a sustentabilidade do projeto. Como a maioria das distribuições Linux, o Asahi depende principalmente de contribuições voluntárias. Para garantir um fluxo de financiamento mais estável, o projeto estabeleceu uma conta na Open Collective, uma plataforma que permite doações monetárias.

Outro desafio é a constante necessidade de atualização. O kernel Linux avança rapidamente, e o Asahi precisa se manter atualizado com as mudanças upstream. Isso significa rebaseamentos constantes, resolução de conflitos de merge e testes intensivos. Falando em testes, a equipe está trabalhando para automatizar o processo, garantindo que cada recurso funcione em todos os dispositivos suportados.

E o que esperar do Asahi Linux em 2025? Além de continuar suportando os chips M3 e M4 da Apple, o projeto planeja lançar o modo DA alt, necessário para monitores externos via USB-C em laptops sem porta HDMI. Também estão na lista melhorias no driver Vulkan, que permitirão suporte a DirectX 12, e a usabilidade do microfone interno.

Somente o tempo dirá sobre o sucesso da iniciativa de liderança coletiva para o projeto. Se você está curiosos sobre como funciona o Asahi Linux em computadores com chip Apple Silicon, confira nossos testes de quando a distro ainda estava num estágio mais inicial!

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