TecnologiaVídeo

Testamos o Orange Pi 5 Max, uma alternativa ao Raspberry Pi

No mundo dos computadores de placa única (SBCs), o Raspberry Pi é, sem dúvida, o mais conhecido. No entanto, há diversas alternativas que oferecem características únicas, e uma delas é o Orange Pi 5 Max, uma concorrente direta do Raspberry Pi 5, que se destaca por ser robusta e acessível.

Neste artigo, exploraremos as características dessa pequena e poderosa placa, que promete trazer um desempenho surpreendente para diversas aplicações. Vamos conferir mais de perto o que torna o Orange Pi 5 Max uma alternativa viável ao Raspberry Pi, especialmente em termos de especificações técnicas e suporte ao software.

Primeiro Contato com o Orange Pi 5 Max

O Orange Pi 5 Max é um dos modelos mais recentes da série Orange Pi, projetado para competir diretamente com o Raspberry Pi 5. Equipado com um processador octacore ARM Rockchip RK3588, uma GPU Mali G610 e uma NPU de seis TOPS (teraflops de operações por segundo), esta placa tem poder até para tarefas de inteligência artificial. Além disso, possui impressionantes 16 GB de memória RAM DDR5, algo raro em dispositivos desse tipo, o que a torna muito interessante para projetos que exigem mais memória.

Testamos o Orange Pi 5 Max, uma alternativa ao Raspberry Pi 1

Logo ao retirar o Orange Pi 5 Max da caixa, podemos notar algumas semelhanças com o Raspberry Pi. No entanto, há várias diferenças sutis, começando pelo conector M.2 na parte inferior da placa, que permite adicionar um SSD. Isso é uma grande vantagem para aqueles que desejam mais espaço de armazenamento e um melhor desempenho.

A placa vem acompanhada de uma fonte de alimentação com conector USB-C, que suporta 5.1V e 5A, garantindo energia suficiente para rodar de forma estável mesmo em usos mais exigentes.

Testamos o Orange Pi 5 Max, uma alternativa ao Raspberry Pi 2

Estrutura e Conexões

Visualmente, o Orange Pi 5 Max lembra bastante o Raspberry Pi. Contudo, há diferenças notáveis, especialmente nas portas e conexões:

  • Quatro portas USB, sendo duas 3.1 e duas 2.0;
  • Conexão Ethernet Gigabit, que proporciona alta velocidade de rede;
  • Duas saídas HDMI, permitindo conexão com múltiplos monitores;
  • Uma saída de áudio e um conector USB-C, que também serve para fornecer energia.

Essas saídas adicionais, como as duas portas HDMI, diferenciam o Orange Pi 5 Max de seu concorrente direto. Essas características tornam a placa uma ótima escolha para setups que exigem múltiplos displays ou até mesmo aplicações de mídia center.

Uma particularidade do design do Orange Pi é o conector USB-C na vertical e as duas saídas HDMI, o que dificulta o uso de cases tradicionais do Raspberry Pi. No entanto, não deve ser difícil encontrar alternativas que se adaptem a essas configurações específicas.

Além disso, o kit inclui alguns dissipadores de calor, que podem ser colocados nos principais chips para evitar superaquecimento, um detalhe importante para manter a estabilidade durante o uso prolongado. Embora o kit não inclua uma ventoinha (fan), há um conector na placa que permite adicionar uma, caso seja necessário manter as temperaturas sob controle durante tarefas mais intensivas.

Expansão e armazenamento

O nosso pacote do Orange Pi 5 Max também veio com uma surpresa adicional: um módulo de armazenamento eMMC de 256 GB, que pode ser conectado facilmente na parte inferior da placa. Esse módulo proporciona um armazenamento mais rápido e confiável, além de ser compacto. A instalação do módulo é bem simples e pode ser feita por meio dos pequenos slots localizados na parte inferior da placa.

Testamos o Orange Pi 5 Max, uma alternativa ao Raspberry Pi 3

Suporte a sistemas operacionais

Uma das grandes vantagens do Orange Pi 5 Max é a variedade de sistemas operacionais que ele suporta. Assim como o Raspberry Pi, ele possui um sistema operacional oficial, mas com algumas diferenças importantes. O Orange Pi OS é baseado no Arch Linux, em contraste com o Raspbian, baseado no Debian.

Além disso, há uma versão do Orange Pi OS Droid, baseada no Android, oferecendo uma experiência mais semelhante à de dispositivos móveis. Também existe uma versão voltada para ambientes multiterminais, que pode ser útil para configurações específicas em empresas ou laboratórios.

No entanto, a experiência com o Android no Orange Pi não foi exatamente tranquila. Em testes iniciais, a versão Android não conseguiu dar boot na placa, o que parece ser uma limitação comum relatada por outros usuários nos fóruns. Para tornar o cartão SD bootável com Android, é necessário utilizar uma ferramenta específica da Rockchip, que não possui suporte oficial para Linux, limitando o acesso para alguns usuários.Em contrapartida, o Orange Pi OS baseado em Linux funcionou, mesmo que de maneira um tanto instável, dando boot e exibindo uma interface bem fluida. Essa versão é pequena, com cerca de 1,4 GB, e traz o Gnome como ambiente de desktop. Em comparação com a experiência de rodar o Gnome no Raspberry Pi, o Orange Pi 5 Max apresentou um desempenho mais responsivo.

Testamos o Orange Pi 5 Max, uma alternativa ao Raspberry Pi 4

Comunidade e suporte

Assim como acontece com o Raspberry Pi, o Orange Pi também conta com uma comunidade ativa que desenvolve e compartilha imagens de diversos sistemas operacionais. Existem até projetos para rodar Windows no Orange Pi, o que é uma possibilidade bem interessante para aqueles que querem explorar o potencial completo dessa placa.

Imagens de sistemas como Debian, Ubuntu e Android feitos pela comunidade também estão disponíveis e há relatos de que eles funcionam melhor do que os sistemas operacionais oficiais.

Rodar um sistema operacional pela primeira vez no Orange Pi 5 Max foi uma experiência interessante. Mesmo com alguns problemas no boot, a versão Linux baseada no Arch rodou muito bem, exibindo o Calamares como instalador e oferecendo uma interface rápida e fluida.

O desempenho inicial parece promissor, especialmente considerando o poder de hardware da placa. A facilidade de uso do teclado e mouse sem fio Logitech com um único dongle foi outro ponto positivo, demonstrando compatibilidade com periféricos populares.

Testamos o Orange Pi 5 Max, uma alternativa ao Raspberry Pi 5

O Orange Pi 5 Max se destaca como uma alternativa robusta e acessível ao Raspberry Pi, especialmente para aqueles que procuram mais poder de processamento, mais memória e possibilidades de expansão, como o conector M.2 para SSD. Embora existam alguns desafios, mas o potencial dessa placa é inegável.

Para projetos que demandam maior desempenho gráfico ou processamento de inteligência artificial, o Orange Pi 5 Max pode ser uma boa escolha. A comunidade ativa e o suporte a múltiplos sistemas operacionais tornam essa placa uma opção bastante versátil para diversos tipos de uso, seja para aprendizado, automação ou desenvolvimento de soluções tecnológicas.

Você já utilizou alguma versão do Orange Pi? Conte para a gente pelos comentários e interaja com a comunidade do fórum Diolinux Plus!

Diolinux Ofertas - Aproveite os melhores descontos em diversos produtos!