É sempre bom comparar os desempenho entre Windows e Linux, neste caso o Ubuntu, para termos uma noção da diferença entre as plataformas e acompanharmos a evolução do Linux como uma opção para os gamers. Hoje vamos analisar mais um teste feito pela Phoronix envolvendo a plataforma da Microsoft e a da Canonical com os novos topos de linha da Nvidia.
Como já foi dito, para os testes foram utilizados o Ubuntu 16.04 LTS e o Windows 10, ambos de 64 bits, juntamente com os drivers Nvidia mais recentes para cada uma das placas, GTX 1070 e GTX 1080. O restante da configuração de hardware pode ser visto logo abaixo.
Vamos aos testes!
Os testes envolveram 4 games ao todo, Metro: Last Light Redux, Tomb Raider 2013, F1 2015 e Dota 2 e produziram resultados interessantes.
No gráfico acima nós podemos ver um comparativo entre os sistemas e placas, podemos ver que em geral o Ubuntu se saiu melhor no game “Metro: Last Light Redux”, com uma considerável diferença de praticamente 30 FPS a mais do que o Windows, porém, parece que este jogo é um caso especial, em outros comparativos o Ubuntu não se saiu tão bem, ainda que a taxa de FPS seja boa o suficiente para jogar qualquer game por jogadores menos exigentes.
Leia também: Windows 10 vs Ubuntu 16.04 LTS com placas AMD, OpenGL e Vulkan
No próximo teste, assim como anterior, foi usada a resolução 4k, só que desta vez com o game Tomb Raider com o preset de qualidade do jogo no “Low”, podemos observar que a disparidade, ainda que em ambos os casos os games fiquem acima de 100 FPS, é grande e favorável ao Windows 10.
No mesmo game, porém com o preset gráfico setado para “Ultra”, o desempenho continua favorável para o Windows, com uma diferença, curiosamente menor do que se fosse no “Low”, entretanto, algo que vale ressaltar aqui é que no Windows em ambas as placas os frames ficaram acima de 60 FPS, o que é algo que podemos considerar fluído, já que a maior parte dos monitores das pessoas tem 60 Hz, no Linux (Ubuntu) o desempenho ficou abaixo disso, em um padrão que podemos dizer que não é o ideal, mas é jogável. Ponto para o Windows.
No game “F1 2015” o resultado foi parecido:
Com a resolução um pouco mais baixa, a diferença do recém lançado para Linux “F1 2015” também foi favorável ao Windows com as novas placas da Nvidia, ficando muito acima em desempenho do que no Linux. Ainda que no Linux tenhamos mais uma vez um desempenho bom o suficiente para ter uma boa experiência com o game, no Windows a diferença varia entre 40 à 50 FPS praticamente.
Dota 2 com OpenGL e Vulkan
Dota 2 é um caso à parte aqui, todos os games anteriores foram testados usando DirectX e OpenGL, agora, temos um DX vs OpenGL e um comparativo usando o Vulkan como API gráfica em ambas as plataformas.
Aqui temos um fato curioso, na primeira imagem acima você vê os benchmarks envolvendo o OpenGL e o DirectX, na segunda (esta logo acima) você vê os testes utilizando a API gráfica Vullkan.
O que me chamou a atenção é que nestas condições o Vulkan se mostrou menos eficaz no Linux do que no Windows, ficando abaixo até mesmo dos testes com OpenGL, o que é um tanto quanto desanimador, entretanto, o que eu acredito que possa ter acontecido são duas coisas:
1- A implementação do Vulkan ainda é um beta no Dota 2 (apesar de funcionar muito bem no Windows) o que nos leva ao segundo fator…
2- Os drivers para Linux das GTX 10xx da Nvidia saíram há pouco tempo, enquanto os do Windows já foram lançados no DayOne das placas e tiveram um tempo para serem aprimorados, o que pode explicar essa diferença nos testes em geral, mas que estranhamente se inverte no “Metro: Last Light Redux”.
É bom podermos ver estas comparações para acompanharmos o nível de evolução do Linux como alternativa de plataforma para jogos, podemos ver que todos os games são jogáveis com boa qualidade no Linux, apenas o Tomb Raider não ficou acima dos 60 FPS com estas duas placas no preset “Ultra”. Isso permite que as pessoas que apenas se importam com o fato do game estar acima de 60 FPS possam jogar tranquilamente estes títulos no sistema, economizando os quase R$ 800,00 que se pagaria em uma licença do Windows.
Vamos acompanhar de perto essa evolução com toda a certeza! Fique ligado aqui no blog e até a próxima!