Sistemas operacionais

DuZeru 2.2, veja o que há de novo na distribuição Linux brasileira

Aos poucos a distribuição Linux brasileira DuZeru vem ganhando adeptos; esse fenômeno se deve as novas e interessantes funcionalidades que foram implementadas na versão 2.2 da distro, que saiu recentemente, confira agora as principais mudanças e destaques do sistema.

Fixa técnica:

Fixa técnica DuZeru GNUU/Linux

Vamos começar a falar sobre a nova versão do DuZeru GNU/Linux 2.2. Uma distribuição Linux brasileira com base no Debian Stable, que usa o ambiente gráfico XFCE na versão 4.12.

Não é a primeira vez que nós falamos do DuZeru por aqui. Aliás, se você está curioso para saber mais detalhes sobre o desenvolvimento do sistema, conhecer os desenvolvedores e os ideais do projeto eu recomendo que você veja a entrevista que nós fizemos com o criador da Distribuição, ainda quando ela estava em sua versão 2, e um outro vídeo mais recente, que na verdade foi um VideoCast, onde nós falamos desta versão aqui, A lobo guará, adicionalmente você pode querer ver também a review da versão passada para entender tudo o que mudou de uma versão para outra com maior clareza.

Quem esperava poucas mudanças no projeto da versão 2 para a 2.2 recebeu a ISO, que tem cerca de 1,3 GB em sua versão de 64 bits, esta que é objeto da nossa review, com muita surpresa, pois muitas coisas novas foram adicionadas.

Abastecida pelo Kernel Linux 3.16 compilado pela equipe do DuZeru, a distro agora possui um repositório próprio de programas e uma série de aplicações que visam facilitar a vida do usuário comum.

O DuZeru 2.2 Lobo Guará, agora conta com um gestor de Kernel em modo gráfico, algo que na base Debian, somente o Linux Mint possuía até então, este gerenciador é na verdade uma maneira simples de interagir com scripts contidos no sistema que automatizam o processo. 

Levemente inspirado no gestor de Kernels do Manjaro Linux, distro que você já viu uma review aqui, o gestor do DuZeru facilita a vida de quem quer mudar a versão do Kernel do sistema, ainda que nem todo o processo aconteça numa tela gráfica.

Um dos pontos interessantes da nova versão do DuZeru 2.2, é a integração com o gerenciador de janelas Kwin do projeto KDE. Os desenvolvedores conseguiram uma mistura muito interessante e que por incrível que pareça não aparenta gerar problemas.

O sistema usa a interface XFCE, com o compositor do KDE e com o gerenciador de arquivos Nautilus, do Gnome. 

Outro detalhe que foi alterado na aparência foram os ícones, os desenvolvedores desenharam e modificaram algumas centenas de ícones para que todas as aplicações, ou a maior parte delas pelo menos, tivessem o mesmo padrão visual. 

Se você está preocupado com drivers, isso não deve ser um grande problema. 

Manipular novo drivers proprietários do sistema não é uma tarefa muito difícil com “Device Driver Manager”, com ele você consegue instalar, modificar e remover os drivers contidos no seu computador.

O conjunto de aplicações segue o mesmo padrão da versão antiga e do XFCE, porém, além dos recursos que já foram comentados, temos mais alguns interessantes que vale a pena destacar. 

O DuZeru possui uma aplicação chamada “Welcome”, ou simplesmente “Bem-vindo”, em português, nele você encontra todas as informações básicas para começar a usar o sistema e conhecer o projeto mais à fundo.

Há também uma aplicação chamada Catalogo de comandos, algo realmente útil que concentra praticamente todos os comandos que a distribuição suporta ordenados de A à Z, explicando qual é a função de cada um deles.

Outra aplicação produzida pelo DuZeru é o congelador de painéis, que permite que o usuário congele a edição do painel inferior do XFCE, algo que pode ser muito útil em um computador público, onde muitas pessoas utilizam e compartilham um mesmo computador, assim você evita que algum desavisado faça bagunça e desconfigure o a interface  do sistema.

Outros programas importantes que a distro traz incluem: A suíte Office LibreOffice na versão 5.1, GIMP, Inkscape, Navegador Firefox, Steam, editor de vídeos KDEnlive e o VLC, como player padrão,tanto para músicas, quanto para vídeo.

Se você precisar de mais programas, você pode usar a Central de Programas do DuZeru. O Java da Oracle, o Spotify e até mesmo o projeto Photogimp do Diolinux estão por lá, e o mais interessante é que se você quiser algum programa que não está no repositório é possível fazer a solicitação diretamente com os desenvolvedores.

O DuZeru é muito leve, a combinação de Debian com XFCE sempre gera bons frutos. 

Como os desenvolvedores prestaram atenção para colocar apenas serviços essenciais ao iniciar o sistema, ele dá boot com cerca de 250 MB de RAM utilizados apenas, algo realmente fantástico!

Não presenciei nenhum travento ou bug pontual, gostos visuais à parte, eu achei ele “dark demais”, e não acho necessário ícones tão coloridos, os sistemas atuais buscam uma interface mais clean, quando o padrão atual do DuZeru parece que respeita mais o padrão visual asiático. Ele parece ser uma boa opção para usuários novatos e básicos de computador.

Você pode baixar o DuZeru através do site oficial.

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