Brave permite rodar IA local no navegador
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Navegador Brave permite rodar IA local

O navegador Brave, conhecido por seu foco em privacidade e velocidade, deu um grande passo ao introduzir a funcionalidade “Bring Your Own Model” (BYOM), que permite rodar modelos de inteligência artificial localmente. Entenda como essa novidade oferece aos usuários maior controle sobre os dados.

IA local: mais controle e segurança

A principal vantagem dessa nova funcionalidade é a possibilidade de rodar modelos de IA de forma totalmente local, sem depender de servidores externos. Isso significa que todas as interações com a IA ficam no dispositivo, aumentando a segurança e a privacidade do usuário. Em um cenário em que muitos serviços de IA dependem da nuvem, onde dados são enviados para processamento remoto, o Brave oferece uma abordagem que pode proteger melhor a informação pessoal.

Utilizando ferramentas como o Ollama, é possível rodar modelos como o Llama3 no Brave. Após instalar o Ollama e baixar o modelo de IA, o usuário pode configurá-lo diretamente no navegador, adicionando o modelo nas configurações do Brave Leo, o assistente de IA do navegador.

Brave permite rodar IA local no navegador 1

Não é para todos

Embora o controle sobre a IA local seja um ponto positivo, essa abordagem traz alguns desafios importantes. Rodar modelos de IA no próprio dispositivo exige muito poder de processamento, o que pode resultar em desempenho lento, principalmente em tarefas mais complexas. Para usuários com equipamentos antigos ou menos potentes, a experiência pode ser frustrante, com respostas demoradas e menor eficiência. Modelos de IA, como o Llama3, exigem um hardware robusto para funcionar adequadamente, e dispositivos mais simples podem não suportar bem essa carga.

Outro ponto crítico é o consumo de energia. Processar IA localmente exige um uso intensivo da CPU ou GPU, aumentando o consumo de bateria em notebooks, por exemplo. Em ambientes onde a mobilidade e a autonomia da bateria são essenciais, essa pode ser uma desvantagem significativa. Enquanto modelos baseados em nuvem realizam o processamento em servidores remotos, poupando o dispositivo do usuário, a IA local coloca todo o peso do processamento no próprio equipamento.

Além disso, a configuração de modelos de IA locais pode ser complexa para usuários sem conhecimentos técnicos. Embora o Brave tenha simplificado o processo, nem todos estão familiarizados com as etapas necessárias para baixar, instalar e configurar modelos de IA, limitando a acessibilidade da funcionalidade. Para muitos usuários, soluções prontas na nuvem ainda podem ser mais práticas, mesmo que envolvam o envio de dados para servidores externos.

Uma escolha de controle e privacidade

A integração da IA local no Brave, sem depender de servidores de terceiros, representa um avanço importante para usuários que priorizam privacidade e autonomia. Em tempos em que a proteção de dados é uma preocupação crescente, essa funcionalidade oferece uma maneira prática de evitar que interações com IA sejam enviadas a serviços externos, proporcionando um nível de controle que poucos navegadores oferecem.

O Brave, com sua nova funcionalidade de IA local, oferece mais controle aos usuários, mas é importante estar ciente dos compromissos entre privacidade e desempenho. Fique por dentro das principais notícias da semana sobre Linux e tecnologia, assine nossa newsletter!

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