Se você já mergulhou no mundo do Linux, provavelmente já se deparou com um debate que parece não ter fim: software livre versus software proprietário. É como uma batalha onde cada lado defende seu território com unhas e dentes. Mas, no fim das contas, quem está certo? Será que essa discussão ainda faz sentido?

Esse meme, tão verdadeiro quanto engraçado, resume a dualidade que muitos usuários de Linux enfrentam. Por um lado, há o ideal de usar apenas software livre, seguindo os princípios do GNU e da Free Software Foundation. Por outro, há a realidade de que, para muitas pessoas, abrir mão de certos softwares proprietários simplesmente não é viável.
Software proprietário no Linux
A verdade é que, desde o surgimento do GNU, nunca houve um momento em que usar apenas software livre fosse 100% viável para todas as pessoas. Mesmo os mais puristas acabam cedendo em algum ponto, seja para rodar jogos na Steam, instalar drivers de vídeo da NVIDIA ou usar codecs de áudio e vídeo que não são totalmente abertos.
E não é só isso. Muitos hardwares modernos simplesmente não funcionam sem firmwares proprietários. Mesmo drivers open source, como os da AMD, incluem blobs binários essenciais para o funcionamento do hardware. Ou seja, a menos que você esteja disposto a renunciar a muita coisa, é difícil ter um sistema Linux completamente livre de software proprietário.
Hipocrisia seletiva
Um dos pontos mais interessantes levantados nessa discussão é a chamada “hipocrisia seletiva”. Muitas pessoas criticam o uso de softwares proprietários como o Discord ou o Google Chrome, mas não pensam duas vezes antes de comprar dezenas de jogos na Steam — que, por sinal, também são proprietários.
No fim, cada um escolhe quais regras quer seguir e quais quer abrir mão em cada ocasião. E, no fim das contas, isso não é necessariamente ruim. Afinal, a liberdade de escolha é um dos pilares do Linux e do movimento de software livre. O problema começa quando essa escolha vira motivo de brigas e julgamentos.
O que realmente importa é a liberdade de escolher. Se você prefere usar apenas software livre, tudo bem. Se você não se importa em misturar softwares livres e proprietários, tudo bem também. O importante é que cada um faça suas escolhas com base no que faz sentido para sua realidade.
Você só pode controlar como você reage perante as coisas e aos outros. Se alguém prefere usar apenas software proprietário, isso não é motivo para brigas ou julgamentos. Cada um tem suas prioridades, e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra.
A dualidade entre software livre e proprietário no Linux é como aquela muralha medieval: ela existe, mas os portões podem ser abertos ou fechados conforme a necessidade. Não há certo ou errado, apenas escolhas. E, no fim das contas, já é bem legal que você esteja usando o Linux — seja com software livre, proprietário ou uma mistura dos dois. Mas se não for o caso e você está satisfeito, mais uma vez, bem legal!
Este conteúdo é um corte do Diocast! Assista ao episódio completo, onde exploramos o lado bem-humorado da tecnologia. Reviramos os confins da internet para encontrar os melhores memes do Linux e de tecnologia em geral para darmos muitas risadas juntos!