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KDE vs GNOME: qual tem o melhor gerenciador de arquivos?

Se tem um debate que sempre esquenta entre os usuários de Linux, é a eterna rivalidade entre KDE Plasma e GNOME. E dentro dessa disputa, temos o polêmico tópico da comparação entre seus gerenciadores de arquivos: Dolphin vs. Nautilus.

Para quem não está familiarizado, o Dolphin é o gerenciador de arquivos padrão do KDE Plasma, enquanto o Nautilus (também conhecido como “Files”) é o do GNOME. E é comum ver os usuários do KDE dizerem que o Dolphin “dá uma surra de toalha molhada” no Nautilus. Será que isso é verdade? Vamos explorar.

Por que o Dolphin é tão poderoso?

O Dolphin é frequentemente elogiado por sua flexibilidade e personalização, mas seu verdadeiro trunfo está na produtividade. Enquanto o Nautilus segue uma filosofia minimalista, o Dolphin abraça a complexidade sem medo, oferecendo recursos que podem transformar a maneira como interagimos com arquivos.

Personalização extrema

No GNOME, se você quiser adicionar funcionalidades ao Nautilus, provavelmente precisará instalar extensões ou recorrer a soluções externas. Já o Dolphin já vem com tudo que você precisa. Quer abrir um terminal embutido? Basta apertar F4. Quer dividir a tela em painéis duplos? Ctrl+Shift+L resolve. E se você gosta de atalhos personalizados, pode configurar cada botão do mouse para executar ações diferentes.

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Scripts personalizados no botão direito

Uma das coisas mais impressionantes no Dolphin é a capacidade de adicionar scripts personalizados que aparecem diretamente no menu de contexto (aquele que abre quando clicamos com o botão direito). Isso significa que, se você trabalha com conversão de arquivos (como transformar PDF em JPEG ou PNG em WebP), pode criar um script que faz isso sem sair do gerenciador de arquivos.

No Nautilus, há algo parecido, mas com menos funcionalidades nativas.

Abas e navegação fluida

O Dolphin permite múltiplas abas e painéis divididos, algo que usuários de ferramentas como Midnight Commander ou Total Commander vão adorar. 

O Nautilus também tem abas, mas a experiência é mais limitada. Se você já usou os dois, sabe que o Dolphin parece feito para quem realmente trabalha com a manipulação de arquivos, enquanto o Nautilus parece feito para quem só quer navegar até a pasta certa.

Mas o Nautilus tem seus pontos fortes

Claro, nem tudo são flores no mundo do Dolphin. O Nautilus tem algumas vantagens que fazem falta quando migramos para o KDE.

Busca instantânea

No GNOME, basta abrir o Nautilus e começar a digitar – a busca recursiva é instantânea. No Dolphin, você precisa ativar a busca manualmente (seja clicando na lupa ou usando um atalho). Para quem está acostumado com a fluidez do Nautilus, isso pode ser frustrante.

Preview rápido

Uma das funcionalidades mais amadas do GNOME é o GNOME Sushi, que permite visualizar arquivos (imagens, vídeos, PDFs) apenas pressionando a barra de espaço. O Dolphin tem um painel de informações que mostra metadados e até permite visualizar arquivos, mas não é tão rápido e bem integrado quanto o do GNOME.

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Dá para contornar isso configurando algum botão para abrir um visualizador externo, mas ainda assim, não é a mesma coisa.

3. Integração com o GNOME (Mas Isso é Óbvio)

Se você usa GNOME, o Nautilus se integra perfeitamente com o resto do ambiente. Já o Dolphin, mesmo funcionando em outras distros (inclusive via Flatpak), pode parecer um peixe fora d’água em ambientes não-KDE.

Você pode usar o Dolphin no GNOME

Aqui está uma curiosidade interessante: o Dolphin está disponível no Flathub, o que significa que você pode instalá-lo em qualquer distribuição, mesmo sem usar KDE.

Isso é ótimo para quem quer experimentar o Dolphin sem migrar para o Plasma, mas também levanta uma questão: será que os gerenciadores de arquivos deveriam ser mais independentes dos ambientes desktop?

O COSMIC, a nova interface da System76, está seguindo essa linha, desacoplando componentes para permitir maior liberdade de escolha. Será que GNOME e KDE deveriam fazer o mesmo?

Do que você precisa?

No fim das contas, a escolha entre Dolphin e Nautilus depende do seu fluxo de trabalho:

  • Se você precisa de poder para manipular arquivos pelo gerenciador e gosta de personalização, o Dolphin é imbatível;
  • Se você valoriza simplicidade e integração, o Nautilus pode ser suficiente.

E se nenhum dos dois te satisfazer, sempre resta a opção de usar o terminal.

Este conteúdo é um corte do Diocast. Assista na íntegra ao episódio onde tivemos uma conversa divertida e cheia de informação sobre os ambientes gráficos que usamos no Linux. E para deixar o papo mais interessante, usamos uma mecânica inspirada no clássico jogo batalha naval! Cada participante revelou suas preferências, manias, e até críticas sobre o ambiente gráfico que utiliza.

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Redator, além de estudante de engenharia e computação.
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