ARM cresce intensamente no mercado de servidores
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ARM cresce intensamente no mercado de servidores

Os servidores baseados em ARM estão em alta, com um crescimento impressionante de 70% nas vendas em 2025. Mas calma lá, entusiastas da arquitetura: isso ainda não significa que o domínio da Intel e AMD está com os dias contados. Apesar do salto significativo, os chips ARM ainda representam apenas 21,1% do mercado global de servidores, bem longe da meta ambiciosa de 50% que a ARM havia estipulado.

Parece que o x86 ainda tem muito chão pela frente, mesmo com a onda de servidores “AI-capable” cheios de GPUs crescendo 46,7% este ano. Afinal, quando se trata de datacenters, velhos hábitos são difíceis de mudar. E o x86 ainda é o “padrão ouro” para muitas empresas.

Por que ARM está bombando?

A resposta está em duas letrinhas mágicas: IA. Sistemas como o Nvidia DGX GB200 NVL72, projetados para processamento pesado de inteligência artificial, estão impulsionando a adoção de servidores ARM. Grandes players de nuvem e hyperscalers estão abraçando a arquitetura, especialmente por sua eficiência energética e capacidade de escalar em ambientes de alto desempenho.

E não é só a Nvidia que está nessa. A SiPearl, por exemplo, já está desenvolvendo seu chip Rhea1, um ARM de alta especificação voltado para supercomputação. Até o Japão está apostando na arquitetura para seu sucessor do supercomputador Fugaku. Claramente, o ARM não é mais só coisa de celular: está conquistando seu espaço no mundo dos servidores.

x86 não está morto

Enquanto a ARM comemora seu crescimento, o x86 segue firme e forte, com projeção de um aumento de 39,9% em 2025, alcançando US$ 283,9 bilhões em vendas. Ou seja, ainda é o rei do pedaço.

E tem mais: os EUA continuam sendo o maior mercado, representando quase 62% da receita global de servidores. A China vem em segundo lugar, enquanto Europa, Oriente Médio, África (EMEA) e América Latina seguem em ritmo mais lento.

Kuba Stolarski, vice-presidente de pesquisa de infraestrutura da IDC, acredita que a demanda por poder de processamento só vai aumentar, especialmente com a evolução dos modelos de IA. “A transição de chatbots simples para modelos de raciocínio e IA agentiva exigirá ordens de magnitude a mais de capacidade computacional”, disse.

Ou seja, a briga entre ARM e x86 está longe de acabar. Enquanto a ARM avança com eficiência e escalabilidade, o x86 mantém sua base consolidada. Quem vai vencer? Por enquanto, a resposta é: os dois. O mercado está grande o suficiente para os dois coexistirem. Pelo menos até a próxima revolução tecnológica.

E se a ARM continuar nesse ritmo, talvez em alguns anos a gente realmente veja ela dominando metade do mercado. Mas, por enquanto, o x86 ainda pode dormir tranquilo. Bem, quase tranquilo.

Ainda com o crescimento do ARM no mundo dos servidores e a dominância absoluta entre smartphones, ele ainda engatinha no ambiente Desktop tradicional (exceto no cercadinho da Apple). Pelo menos conforme a nossa experiência.

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