O GIMP 3.2, está a caminho com tantas novidades que até o Wilber, o simpático mascote do projeto, deve estar com os olhos arregalados. Se você achava que edição de imagens open-source não poderia ficar melhor, prepare-se para ser surpreendido.
Um novo modo de pintura: “Overwrite”
Quem nunca começou a pintar em uma camada e, de repente, percebeu que a transparência estava deixando tudo menos previsível? Pois é, o GIMP 3.2 traz um novo modo de pintura chamado Overwrite, que permite substituir pixels diretamente, sem misturinhas indesejadas.
Ideal para pixel art e para quem gosta de decisões radicais (tipo apagar um arquivo sem mandar para a lixeira primeiro), esse modo é especialmente útil com a ferramenta Lápis. Claro, se você preferir continuar com os blends suaves, os outros modos ainda estarão lá.
Suporte a padrões do Photoshop
Sim, você leu certo. O GIMP 3.2 finalmente permitirá importar padrões (.pat) do Photoshop. Isso significa que, se você tem uma coleção de texturas ou padrões guardados no formato do concorrente, agora poderá usá-los sem precisar de truques mirabolantes.
E antes que alguém pergunte: não, isso não significa que o GIMP está se tornando o Photoshop. Apenas estamos sendo bons samaritanos digitais, facilitando a vida de quem precisa migrar entre os dois programas.
Exportação de arquivos PSB
Se você trabalha com imagens tão grandes que fazem seu computador chorar, temos boas notícias. O GIMP 3.2 trará suporte inicial para exportação de arquivos PSB, o formato “grandão” do Photoshop. Enquanto um PSD comum suporta até 30.000 pixels em largura e altura, o PSB aguenta até 300.000 pixels, ajudando designers de outdoors, artistas digitais que adoram detalhes microscópicos ou apenas para quem gosta de ver a RAM do PC sofrer.
APNG, OpenEXR, JPEG 2000 e outros acrônimos engraçados
O suporte a formatos de imagem está mais robusto do que nunca. Entre as novidades:
- APNG: Agora é possível importar animações no formato APNG. Se você adora memes animados, essa é para você;
- OpenEXR: Suporte a imagens multi-camada, perfeito para quem trabalha com renderização 3D no Blender;
- JPEG 2000: Finalmente, exportação nativa! Porque às vezes você precisa de um formato que ninguém realmente entende;
- Playstation TIM: Sim, o GIMP agora pode lidar com texturas do PS1. Quem disse que nostalgia não combina com edição de imagens?
E, para os saudosistas, ainda temos suporte ao formato Nokia Over-the-Air Bitmap, porque alguém, em algum lugar, ainda deve usar um Nokia 3310.
Melhorias na interface
A equipe de UX do GIMP tem trabalhado para tornar a experiência mais fluida. Algumas das melhorias incluem:
- Paleta de cores agora seleciona automaticamente o próximo tom quando você deleta um, evitando aquela dança irritante de cliques;
- Bloqueio de pixels agora gera um passo no histórico de desfazer;
- Correções no algoritmo de seleção de primeiro plano.
Além disso, o GIMP agora pode automaticamente combinar com o tema do seu sistema operacional, seja Linux ou Windows. Se você gosta de dark mode, o GIMP está com você. Se prefere light mode, tudo bem também (mas nós te julgamos um pouco).
A lista de novidades é tão extensa que é até difícil enumerar. Entre outras coisas, temos:
- Suporte a presets de Curvas e Níveis do Photoshop;
- Importação de Jeff’s Image Format (.jif);
- Melhorias na edição não-destrutiva, incluindo filtros aplicáveis a canais.
Como testar o GIMP 3.2
Se você é do tipo aventureiro (ou apenas gosta de viver no limite), a versão de desenvolvimento, denominada GIMP 3.1.2 já está disponível para download. Lembre-se: ela pode conter bugs, travar ou fazer coisas inesperadas — afinal, é uma versão em desenvolvimento, não um produto final.
Mas se você encontrar algum problema, relate! A comunidade agradece, e o GIMP só melhora porque pessoas como você estão dispostas a testar e contribuir.
E se você ainda está perdido em meio a tantas novidades da série 3 do GIMP, confira a nossa review!
